José Roberto de Oliveira
Escritor e palestrante, nasceu no distrito de Anutiba, município de Alegre (ES). Consultor do Tesouro Estadual (ES) e Professor de Graduação e Pós-graduação aposentado. Mestre em Gestão Empresarial pela FGV-Fundação Getúlio Vargas (RJ); Pós-graduado lato sensu em Gestão Pública pela UFES-Universidade Federal do Espírito Santo; Graduado em Direito, Administração e Ciências Contábeis. Pertence ao Instituo Histórico e Geográfico do Espírito Santo e é Membro efetivo da Academia de Letras de Vila Velha (ES), onde ocupa a Cadeira Nº 17. É Autor: Livro e e-book Amar... um constante (des)equilíbrio.” (Scortecci Editora - SP – 2022), lançamento na 26º Bienal Internacional do Livro de São Paulo (SP) concorreu ao 65º Prêmio Jabuti - 2023; Livro e e-book Plano de carreira versus crescimento do indivíduo e eficácia das organizações – O caso Instituto Batista de Educação de Vitória (ES). (Scortecci Editora - SP – 2022); Livro e e-book Poesias e crônicas poéticas...um viés existencial (Scortecci Editora - SP - 2021); Livro Registros multiformes do sentir (Editora Maré Vitória (ES) - 2019); Blog Lítero-Cultural https://joserobertodeoliveira.blogspot.com
Participa ainda de diversas antologias. Autor de vários artigos, inclusive técnico-científicos, nas áreas de sua formação acadêmica.
É um conjunto de 55 ensaios entrelaçados, um convite para um mergulho profundo na complexidade do nosso mundo interno.
Divagações sobre o amor factual, ao talante de minha idiossincrasia escritural esparsa, que nem sorrateiramente me abandona e nem tampouco me explicita se sou protagonista ou coadjuvante numa sucessão de acontecimentos ou se é um entrecho de uma produção literária. Uma oportunidade de exploração do nosso íntimo de forma incentivadora, nos convidando a percorrer um caminho que transcende as palavras impressas.
Enfim, os ensaios a serem lidos aqui, revelam traços íntimos que muitas vezes permanecem despercebidos em meio à rotina, transcendendo, assim, o mundo meramente exterior, e nos impelindo ao conhecimento um pouquinho mais de nós mesmos, no dia a dia nos quais gravitamos.
Entrevista
Olá José Roberto. É um prazer contar com a sua participação na Revista do Livro da Scortecci
Do que trata o seu Livro?
"Penumbras do Pensar", um conjunto de 55 ensaios entrelaçados, é um convite para um mergulho profundo na complexidade do nosso mundo interno.
Esta obra não é apenas uma coletânea de ensaios, e sim uma oportunidade de exploração do nosso íntimo de forma enriquecedora, nos convidando a percorrer um caminho que transcende as palavras impressas
Os ensaios a serem lidos aqui, revelam traços íntimos que muitas vezes permanecem despercebidos em meio à rotina, transcendendo, assim, o mundo meramente exterior, e nos impelindo ao conhecimento de nós mesmos.
Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Este não se trata de meu primeiro livro, portanto, dentro da linha existencialista, a qual tento percorrer, quatro desses trabalhos transitam em registrar as questões existenciais, principalmente do sentimento chamado amor e amizade, nunca deixando de exaltá-los, porém fazendo questão de mostrar que estes são, na realidade, eternos até que acabem. Sempre penso no público de maneira macro, mas quase sempre atrai os leitores de tendência apreciativa existencialista, qual seja, a discussão eterna do “ser ou não ser”.
Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Prefiro começar pelo final da indagação, por ser “Penumbras do pensar” meu quinto livro, quatro deles editados pelo Grupo Editorial Scortecci. Sonho mesmo, pensava em ficar só no primeiro, que é um ajuntamento de poesias, diálogos, monólogos, ensaios, amealhados ao longo do tempo, antes de minha aposentadoria. Não havia o sonho de virar ou ser escritor carreira solo, entretanto, a partir deste, passei a gostar de estar escritor, participar de diversas feiras e festas literárias, eventos de lançamentos de livros, notadamente no meu querido estado do Espírito Santo e também em outros estados do país, como neste bienal, na qual participo já pela segunda edição..
O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Neste meu trabalho, eu cito que infelizmente no Brasil não se lê porque não se compra livros, não se compra livros porque não se lê. Um círculo vicioso que, em alguns segmentos, as desculpas recaem no preço do livro, noutros, não se fundamenta. Numa festa literária, fiz questão de colocar no meu banner promocional que meus livros eram mais baratos do que um hamburguer X-tudo. Resultado: não sei se pela qualidade dos meus livros, ou se o hamburguer era mais interessante, quase nada foi vendido. Penso que as raízes deste problema são profundas, e são raízes culturais onde, somente, desde o Brasil colônia, as oligarquias exercitavam este poder construidor e benfazejo que a leitura oportuniza. Com relação às classes menos favorecidas, tenho plena consciência que algumas, de fato, por questões orçamentárias e familiares não têm, de fato, condição de ofertar esta oportunidade aos seus membros, mas uma parte do segmento familiar não tão abastado, pelo simples olhar na sociedade, percebe-se que principalmente a juventude, que ainda não se consolidou no mercado de trabalho, porta smartphones dos mais diferentes matizes, cujos preços de compra e manutenção estão muito acima dos valores da maioria dos livros ofertados no Brasil.
Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Tomei conhecimento via internet, quando buscava uma nova opção de editora após ter lançado meu primeiro livro.
O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Sim, merece. Como delineado acima, o caminho existencial é um constante diálogo do ser, ou da alma, como queiram, verdades ou idiossincrasias, falsidades, traições, mesmice, etc., gravita a todo momento no nosso mundo real, que repercute, indubitavelmente, no nosso interior que esses leitores, assim se identificando, ou mesmo ficando perplexos, no apontar escancarado dessas circunstâncias, no mínimo os impulsionam a conferir essas ocorrências em suas vidas ou possibilitar resiliência no convívio com alguém que por circunstâncias dessas façam incursões.
Obrigado pela sua participação.