É gaúcho de Caxias do Sul. Formou-se em Filosofia pela Universidade de Caxias do Sul e tem mestrado em Linguística/Semiótica pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). É analista acadêmico da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e professor de Filosofia da rede pública do estado de São Paulo. Publicou o livro de dramaturgia Fiuuinn, o Último Aviso à Terra, pela Editora Giostri, em 2021.
O estilo fácil dos “Contos dos Campos de Cima da Serra" remete, na enunciação de suas estórias, a algo telúrico, original, e orgânico, sem deixar de ensejar o lado curioso, obscuro, que mereceriam atenção especial. Por isso, sua narrativa discricional ocupa uma importância maior que as próprias relações intersubjetivas entre os personagens. Por exemplo, quando ao realçar o “susto” em Rosa Ana, os “milésimos de segundos” em Carlitos, o “canibalismo” numa crônica degustativa, o repetido “pesadelo sem fim” em Cáspio, o “túnel psíquico” como um binóculo invertido da mente, o “ódio somatizado” no músculo torcido, o grafite que se desprega da parede, a nudez através das roupas, as aranhas perseguidoras entre outros, tudo tende a sair do lugar comum das explicações, deixando o leitor banhar-se no caldo do impossível e inusitado destas relações rotineiras experienciadas pelo autor.
Entrevista
Ola Sady Carlos. É um prazer contar com a sua participação na Revista do Livro da Scortecci
Do que trata o seu Livro?
É um livro de 17 contos inauditos tendo como base a minha terá natal que fica numa região chamada “Campos de Cima da Serra” no Rio Grande do Sul. Uma homenagem à Caxias do Sul/RS.
É um livro de 17 contos inauditos tendo como base a minha terá natal que fica numa região chamada “Campos de Cima da Serra” no Rio Grande do Sul. Uma homenagem à Caxias do Sul/RS.
Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
A ideia de escrevê-lo foi reunir em narrativas de ficção, alguns elementos vivenciados no nordeste gaúcho, e também em compensar um outro livro de contos que escrevi, num ano anterior - 2022, sobre contos da cidade de Itanhaém chamado “Contos de Areia de Itanhaém”, que publiquei por essa mesma editora Scortecci, de forma a compensar a importância da convivência pessoal com alguns personagens peculiares que deram vazão a nossa imaginação, e imortalizá-los nestas crônicas pessoais.
O público a que destina-se os meus contos é generalizado, qualquer leitor poderá apreciar, à sua maneira, estes diversos contos atualizados no livro. Também pretendi conservar o mesmo desenhista do livro anterior, Gerson França. Acredito que a ilustração também pode trazer motivação à leitura. Então cada conto recebeu uma ilustração!
A ideia de escrevê-lo foi reunir em narrativas de ficção, alguns elementos vivenciados no nordeste gaúcho, e também em compensar um outro livro de contos que escrevi, num ano anterior - 2022, sobre contos da cidade de Itanhaém chamado “Contos de Areia de Itanhaém”, que publiquei por essa mesma editora Scortecci, de forma a compensar a importância da convivência pessoal com alguns personagens peculiares que deram vazão a nossa imaginação, e imortalizá-los nestas crônicas pessoais.
O público a que destina-se os meus contos é generalizado, qualquer leitor poderá apreciar, à sua maneira, estes diversos contos atualizados no livro. Também pretendi conservar o mesmo desenhista do livro anterior, Gerson França. Acredito que a ilustração também pode trazer motivação à leitura. Então cada conto recebeu uma ilustração!
Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Acredito que para escrever um livro é necessário gostar de ler, um alimenta o outro, sendo indispensável, quando possível, materializar nosso pensamento em palavras num livro, como o fazemos na fala do dia a dia.
É o meu 6º livro, mas sempre tem um sabor de fruto de um trabalho de criação realizado.
O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Acredito que ultimamente com o uso do celular nós estamos lendo até um pouco mais nas redes sociais, entretanto não se tem dado a devida importância à literatura oficial, como deveríamos. Para mim o escritor, em vista disso, deve saber aproveitar as novas tecnologias e também desenvolver conteúdos que possam estar acompanhando os leitores, sem descartar a importância dos clássicos, e a eles fazer referência. Eu também preciso me melhorar muito neste aspecto.
Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Eu já conhecia a editora Scortecci pois sou professor do ensino médio e pude aproveitar vários livros desta editora. E devo agradecer a editora seus prestimosos serviços bem como sua trajetória, eficácia e participação ativa nos meios literários e na educação brasileira. É uma das editoras tradicionais que desde sempre tem uma ótima avaliação no mercado. A publicação de livros é uma forma importante de participação cultural na vida dos brasileiros.
O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Os meus livros tratam do cotidiano e os mistérios que nele se encerram. Temos muito que descobrirmos nas áreas de humanas (e do psiquismo). Temos que nos redescobrirmos!!! O livro abre esta porta, investe neste conteúdo. Desperta a sensação de um possível ilusionismo cultural, mas que tende a passar despercebido em nosso cotidiano. Há muitos elementos que ainda não foram tão bem absorvidos pela psicologia ortodoxa ou outra qualquer ciência formal. Cabe olharmos novamente o mundo que sempre descobriremos algo.
Obrigado pela sua participação.
A sua participacão é valiosíssima nesse meio literário, estarei acompanhando seu sucesso
ResponderExcluirParabéns!