13 agosto, 2024

Marco Cotrim - Autor de: O BEIJO ETERNO

Tem 72 anos, foi médico sanitarista e auditor. Aposentado, atualmente é aprendiz de escritor. Mora em Taubaté – SP, é casado, pai e avô. As irmãs mais velhas foram professoras e despertaram seu interesse pela leitura e escrita desde muito jovem. Guardou muitos escritos pela vida e aos 71 anos, resolveu organizá-los, publicá-los e transformar algumas memórias e observações no romance O Repórter (Editora Telha). A vida continuou e ele apresenta, agora, o romance O Beijo Eterno – Uma história de amor e violência (inscrito na Flipoços-Poços de Caldas-2024, o romance está entre os finalistas do prêmio).
 
O Beijo Eterno

O “O Beijo Eterno – Uma história de amor e violência", de Marco Cotrim, narra a história de Beny, menino apaixonado pelos circos, cuja juventude se passa durante o regime ditatorial no seu reino. Quase sem perceber, o leitor é transportado ao mundo fantástico do garoto encantado pelas histórias ouvidas nas rodas de conversa dos adultos da sua vila.
Ao mesmo tempo que se aprofundam os desmandos de uma sucessão de reis, sua família, de origem simples, se vê impelida a mudar para a cidade grande. O garoto incorpora os novos hábitos da cidade, em meio a surtos de desorientação no tempo e no espaço. Recupera-se e frequenta uma tradicional escola de Direito. Além da trajetória de Beny, outros cinco personagens encantam os leitores e os conduzem pelas reviravoltas da realidade complexa, quase inacreditável daqueles tempos surpreendentes.
A determinada altura, em meio ao caos político, o universitário vê os relógios andarem para trás e é levado ao passado. Quanto mais ouve sobre os horrores dos desgovernos tirânicos, mais se aprofunda em depressão e dúvida. Diante das dificuldades do mercado, Beny opta pela estabilidade burocrática de um emprego público e abandona a perspectiva de promissora carreira jurídica em escritórios privados. Mesmo assim seus ponteiros continuam desajustados, para a frente e para trás, até chegam a parar.
Decide buscar sua paz em viagem de férias pelos locais das suas lembranças, retorna às suas origens e revisita os espaços da infância. Restabelece seu ânimo e retoma a amizade com um amigo da faculdade apaixonado pela dramaturgia; sente reviver a magia da infância em sua alma. Que carreira seguir? Conseguirá Beny se desvencilhar dos laços formais que o angustiam? Como convencer a família pequeno-burguesa da sua necessidade de perseguir os sonhos e deixar a promessa da carreira jurídica? Os pais não entenderão, a esposa também não; e as preocupações com os dois filhos falam alto. Seguirá seu coração de criança ou deixará morrer o sonho?
 
Entrevista
 
Olá Marco. É um prazer contar com a sua participação na Revista do Livro da Scortecci

Do que trata o seu Livro?
A história narra a vida do menino Beny que cresceu durante a ditadura militar e era apaixonado pelos circos. É narrada em primeira pessoa, por seis personagens, e permeada pelo real maravilhoso que acompanha o menino cada vez que o tempo o surpreende, deixa de ser linear e passa a andar para a frente e para trás, conforme as circunstâncias.
 
Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Eu quis contar a história da ditadura de forma diferente, de seis formas diferentes, cada personagem com sua própria visão. A história narra a forma pela qual as ditaduras subjugam as populações, mesmo que a maioria não perceba com clareza seus mecanismos e a crueldades subjacente à tirania.
 
Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Sou aprendiz de escritor e escrevo atualmente o meu quarto livro. Pretendo continuar escrevendo por algum tempo.
O projeto é escrever um livro por ano e abrir as portas de escolas para conversar com os jovens. Além de escrever, estudo muito e pretendo continuar.

 
O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Há dois motivos que me impedem de falar sobre a vida de escritor. O primeiro é que sou “aprendiz de escritor” e o segundo é que sou aposentado e comecei a publicar recentemente, portanto, não tive vida de escritor.
 
Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Conheço a Scortecci há muitos... muitos anos; mas só agora comecei a publicar meus escritos e pretendo manter a parceria em todos os meus futuros escritos.
 
O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Como sou suspeito para falar isso em uma entrevista, transcrevo a quarta capa do livro: Neste livro — O Beijo Eterno — Marco Cotrim faz arte com a palavra escrita, nos transporta, sem solavancos, de uma cela prisional de tortura a uma inocente brincadeira de criança. Sua escrita vibrante, dotada de ritmo e melodia, viaja com naturalidade entre o falar duro do agreste nordestino e o pensamento fantástico do menino Beny.
 
Obrigado pela sua participação.

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