31 agosto, 2024

Marcelo Campos - Autor de: O ARQUÉTIPO DO JARDIM DO ÉDEN

É pai de quatro filhos, avô de quatro netos, marido, empresário, produtor de arte, roteirista e ex-executivo de tecnologia. Há cinco anos largou sua bem-sucedida carreira no mundo corporativo, passando à dedicação integral na produção de arte. Como ele próprio descreve esse momento de sua jornada: “Caminhei em direção à luz!”. Com uma visão peculiar de fatos científicos amplamente conhecidos, reagrupa as informações comumente disponíveis nos meios de comunicação para sugerir uma nova interpretação da realidade. Consequentemente, vem a sugestão de novas prioridades para a agenda global vigente no início do século XXI. Segundo suas próprias palavras no prefácio, este livro busca a elevação do nível de consciência das pessoas, o famoso passo para trás, a fim de se perceber o cenário geral com maior clareza. Alguns de seus amigos mencionam que sua missão é tirar a Humanidade do transe no qual se encontra. Ufanismos à parte, esta primeira incursão de Marcelo no universo literário vem carregada com uma forte dose de questionamentos ao que se considera amplamente comum. A forma instigante da escrita fará você ler este livro do início ao fim, provavelmente com poucos intervalos.

O arquétipo do Jardim do Éden

Uma reflexão objetiva sobre as prioridades da humanidade como espécie dentro do século XXI. Com as informações científicas obtidas através da geologia, paleontologia, astronomia, climatologia e biologia, temos certeza de que o foco da atual agenda mundial na proteção aos ecossistemas existentes no planeta é o caminho para perpetuar nossa espécie? A resposta é não. É um equívoco acreditar que o planeta Terra sempre foi o Jardim do Éden descrito no livro de Gênesis. Com isso, realizamos esforços vultosos para preservar um ambiente cuja regra é se modificar intensamente há 4,5 bilhões de anos sem qualquer interferência humana, gerando um cenário pouco útil frente aos imensos desafios impostos pela Natureza à vida de forma geral. A preservação dos atuais ecossistemas é importante. Por outro lado, é fundamental adotar-se uma agenda mais estratégica e empreendedora, transformando as informações científicas disponíveis em legado de real valor para blindar as gerações futuras. Precisamos de uma nova priorização da agenda mundial agora, reorientando investimentos para garantirmos a sobrevivência de nossos tataratataratataranetos.

Entrevista

Olá Marcelo. É um prazer contar com a sua participação na Revista do Livro da Scortecci
 
Do que trata o seu Livro?
Filosofia científica. A matéria prima do livro: ciência. Geologia, paleontologia, astronomia, climatologia, biologia e genética, com extração de fontes fidedignas. Por outro lado, o livro é muito instigante. Instigante e baseado em informações conhecidas? Sim, porque desmancho o quebra-cabeças aceito e monto o mosaico novamente. As mesmas peças em encaixes diferentes, geram um mosaico novo, em geral invisível. Quebrou as amarras de tempo nas quais parte dos cientistas insistem em nos prender: 150 anos para trás e 50 para frente. Prisão que nos impede de enxergar a idade deste planeta: aproximadamente 4,5 bilhões de anos! Dentro dos quais o Homo sapiens existe há 0,007% do tempo e não sobreviveria pelas condições hostis da biosfera em 99,96% do tempo. A Natureza é realmente mãe ou é uma madrasta má? Nos últimos 542 milhões de anos,
você sabe como evoluiu o nível de CO2 na atmosfera de nosso planeta? Você já ouviu falar do tardígrado? São apenas 3 das muitas perguntas instigantes que você responderá ao ler.
 
Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Sempre fui aficionado em documentários científicos. Aquela ciência diletante, distribuidora de informações sem maiores rigores de comprovação. Por outro lado, sempre tive muito cuidado na separação do joio e do trigo. Certo dia ouvi a informação que foi o gatilho para escrever o livro: a maior era do gela que este planeta já teve durou 300 milhões de anos. 300 milhões!!! Gente, nós aqui preocupados na variação de 1, 2 ou 3 graus em 100 anos e o planeta já foi uma bola de gelo por 300 milhões de anos! A descoberta de como nossa análise cotidiana é míope fez com que eu iniciasse um amplo processo de pesquisa sobre fontes confiáveis e aqui está o livro.
 
Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Meu objetivo é fomentar discussões de ordem filosófica sobre o que é realmente importante para preservarmos nosso futuro como espécie. No limite, as novas perspectivas apresentadas pelo conteúdo dos meus livros passam a fazer parte de debates, discussões, argumentações, enfim, de toda sorte de interações que moldem nossas atitudes para um futuro mais seguro para nossos “tatara-lá-na-frente-netos
 
O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Eu tenho uma concepção de propósito que é escrever, compartilhar minhas ideias. Se um leitor ou um milhão de leitores vão ler meu conteúdo, não importa. Eu simplesmente preciso escrever. Adicionalmente, recuso-me a ser vencido pela mediocridade intelectual epidêmica que se alastra pelo país. Preciso fazer minha parte contra isso: gerar alternativa de leitura de valor e interessante para os potenciais leitores.
 
Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Estou com a Scortecci desde meu primeiro livro. Quem fez a ponte foi meu amigo Cesar Baues, que também publica com vocês e, como eu, está satisfeito.
 
O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Claro que sim! Porque demonstra uma forma diferente e importante de interpretar o Universo a nossa volta, aumentando as chances de sobrevivência de nossa espécie. Do ponto de vista coletivo, poucos temas podem ser mais nobres do que este.
 
Obrigado pela sua participação.

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