Nasceu em José Bonifácio (SP) em 1949, filho de Sólon Fernandes, juiz de direito, e Sebastiana S. Naves, professora primária. Aos 5 anos, ele e a família fixaram residência na cidade de São Paulo. A poesia o acompanha desde o colegial, conhecido como Poeta, identidade que o acompanha na profissão de sociólogo. Participou ativamente da resistência democrática e da campanha pelas Diretas Já. Pertenceu ao grupo Poeco Só Poesia, tendo como patrono o parnasiano Raul de Leoni. Casado com Margarida Naves, tem dois filhos e dois netos. Agora vem com o seu sexto livro, Pomar de letras, colhendo o alimento para a nova linguagem da humanidade, a poesia. As palavras estão soltas e livres, aguardando o seu olhar. Vamos visitá-las.
Pomar de Letras
João Paulo Naves Fernandes lança agora seu sexto livro de poemas, Pomar de letras, pela Scortecci Editora, com quem mantém uma relação de amizade antiga.Em seu primeiro livro, Chão do mundo (1981), como operário metalúrgico, pôs à mostra as feridas sociais da ditadura através dos seus versos, misturados a chaminés, sirenes de fábrica e apitos de trens. Com a repressão, veio Banidos e profanos (1982), em que os sentimentos sentiam medo, e os pensamentos, fome. Dito pelo não dito (1988) dá uma resposta a um tempo de reclusão. Descobrir a linguagem dos olhos, as palavras não ditas, compreender, sobreviver. Já Gota serena (2010) reflete a nova era de democracia, quando se fez necessário saber construir, mais que confrontar. Em 2023 lança Amor de espera (2023), em que canta a vida, o amor, num ambiente marcado pela pandemia de covid. Agora nos apresenta o seu Pomar de letras, unindo conhecimento, experiências e tempos, olhando para a frente a vida como construção. É preciso romper o lacre do terceiro milênio, redescobrir as novas formas de prisão, estar atento, escrever. A resposta será sempre a afirmação do amor, caminho da vida verdadeira.
João Paulo Naves Fernandes lança agora seu sexto livro de poemas, Pomar de letras, pela Scortecci Editora, com quem mantém uma relação de amizade antiga.Em seu primeiro livro, Chão do mundo (1981), como operário metalúrgico, pôs à mostra as feridas sociais da ditadura através dos seus versos, misturados a chaminés, sirenes de fábrica e apitos de trens. Com a repressão, veio Banidos e profanos (1982), em que os sentimentos sentiam medo, e os pensamentos, fome. Dito pelo não dito (1988) dá uma resposta a um tempo de reclusão. Descobrir a linguagem dos olhos, as palavras não ditas, compreender, sobreviver. Já Gota serena (2010) reflete a nova era de democracia, quando se fez necessário saber construir, mais que confrontar. Em 2023 lança Amor de espera (2023), em que canta a vida, o amor, num ambiente marcado pela pandemia de covid. Agora nos apresenta o seu Pomar de letras, unindo conhecimento, experiências e tempos, olhando para a frente a vida como construção. É preciso romper o lacre do terceiro milênio, redescobrir as novas formas de prisão, estar atento, escrever. A resposta será sempre a afirmação do amor, caminho da vida verdadeira.
Entrevista
Ola João Paulo. É um prazer contar, novamente, com a sua participação na Revista do Livro da Scortecci.
Do que trata o seu livro?
O POMAR DE LETRAS é um livro de poemas que procura extrapolar a escrita de seus significados básicos, para uma linguagem que transborde a visão do indivíduo sobre ele próprio, e o mundo.
O POMAR DE LETRAS é um livro de poemas que procura extrapolar a escrita de seus significados básicos, para uma linguagem que transborde a visão do indivíduo sobre ele próprio, e o mundo.
Como surgiu a ideia de escrevê-lo, e a qual público se destina a sua obra?
Este livro veio de um surto poético de difícil explicação, profundamente indutivo, místico e revolucionário, destinado a todos os amantes, seja da verdade, seja em suas relações interpessoais.
Este livro veio de um surto poético de difícil explicação, profundamente indutivo, místico e revolucionário, destinado a todos os amantes, seja da verdade, seja em suas relações interpessoais.
Fale de você e de seus projetos no mundo das letras, é o primeiro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho, e escrever um livro?
Não tenho projetos nesta área, vivo o dia a dia, nem tenho pretensão alguma. Apenas o prazer de escrever. É o meu sexto livro, e já plantei e continuo plantando árvores, assim como já tive filhos.
Não tenho projetos nesta área, vivo o dia a dia, nem tenho pretensão alguma. Apenas o prazer de escrever. É o meu sexto livro, e já plantei e continuo plantando árvores, assim como já tive filhos.
O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores, e onde a leitura é pouco valorizada?
Acho um belo desafio, cabendo a nós a responsabilidade de despertar o povo de sua letargia superficial.
Acho um belo desafio, cabendo a nós a responsabilidade de despertar o povo de sua letargia superficial.
O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial a seus leitores?
Há uma transcendência que me ultrapassa e exige que saia de mim. Escrevo por deleite, e anseio que outros leiam. A meus leitores desejo que não leiam em ambientes dispersivos, a não ser que tenham grande capacidade de concentração. Também não leiam tudo de uma vez, mas aos goles. Se embebedarem, suspendam a leitura!
Há uma transcendência que me ultrapassa e exige que saia de mim. Escrevo por deleite, e anseio que outros leiam. A meus leitores desejo que não leiam em ambientes dispersivos, a não ser que tenham grande capacidade de concentração. Também não leiam tudo de uma vez, mas aos goles. Se embebedarem, suspendam a leitura!
Obrigado pela sua participação.
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