31 agosto, 2024

Adriana London - Autora de: ORQUÍDEA ESFACELADA NÃO TEM GOSTO DE NADA

Adriana London

É escritora, poetisa e artista plástica. Mestra em Estética e História da Arte pela Universidade de São Paulo - USP (2006), tendo defendido a tese "Filmando Música", pesquisa original em que analisa as linguagens musical, pictórica e cinematográfica com o fim de produzir traduções intersemiótica, resultando na criação do conceito de "cartografia fílmica" e na produção de uma obra visual feita com computação gráfica - publicada na revista Casa Vogue Edição Especial Quartos, em 2012.
Adotou o nome artístico Adriana London por admirar o grande escritor norte-americano Jack London. A autora já foi entrevistada no Programa Nossa Língua Portuguesa - TV Cultura pelo renomado Prof. Pasquale Cipro Neto e também na Rádio Jovem Pan pelo grande poeta e crítico literário Álvaro Alvea de Faria.

Orquídea esfacelada não tem gosto de nada

Romance de Realismo Fantástico que conta em narrativa não linear e entremeada de prosa poética e poesias, a história de uma escritora e seu novo personagem. Cristina conta a história de Carlos e este, por sua vez, conta a história de Cristina - sendo que eu, a autora, conto a história dos dois! O romance apresenta plena coerência não apenas nos perfis psicológicos dos personagens, mas também em seus trechos de prosa poética que descrevem a vida onírica de Cristina em primeira pessoa, como um narrador-personagem; ao passo que, quando conta a história de Carlos, Cristina narra-a em terceira pessoa. A riqueza de detalhes nas descrições dos sonhos recorrentes da protagonista bem como de experiências vividas por ela proporciona ao leitor um retro autêntico de sua complexa personalidade.

Entrevista

Olá Adriana. É um prazer contar a sua participação na Revista do Livro da Scortecci
 
Do que trata o seu Livro?
Romance de Realismo Fantástico, de narrativa não-linear e recheado de prosa poética, poesias e imagens oníricas. Possui forte caráter psicológico e lida com o suspense e a surpresa em situações rotineiras da vida. Conta a história de Cristina, uma jovem solteira que está escrevendo um livro e cujo personagem principal, por sua vez, conta a história dela sendo que, eu – a autora – conto a história dos dois. É uma narrativa rica em detalhes cujos floreios literários são uma forma de descrição dos complexos perfis psicológicos dos personagens.
 
Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Todas as ideias de meus livros baseiam-se em inspirações encontradas na vida cotidiana e, é claro, em uma grande bagagem cultural e literária adquirida através de longos períodos de leituras de obras clássicas e contemporâneas. Entre os temas recorrentes encontram-se religiosidade, a Música e questões que envolvem crises de identidade e/ou existencial.
Portanto, são livros destinados a público adulto e que aprecia uma leitura mais densa com conteúdo psicológico forte.
 
Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Escrevo desde a tenra idade e publiquei meu primeiro livro aos dezoito anos de idade.
Muitas ideias bem como a estética ao expressá-las sempre foram por inspiração e posteriormente, busquei lapidar através dos estudos essa minha vocação que considero sagrada. Todas as minhas produções tanto como artista plástica quanto como escritora sempre foram pensadas para o público, nunca escrevi ou produzi um quadro por diversão ou por hobby – embora, jamais considerasse o trabalho artístico uma simples prestação de serviço ou livros e quadros como apenas artigos para venda. Não acredito que obras de arte e livros sejam mercadorias como quaisquer outras já que formam o patrimônio histórico-cultural e artístico de uma nação em seu conjunto. Por isso, sempre acompanho muito a parte de logística e comercialização de meus trabalhos e considero meus leitores e colecionadores de arte muito mais do que simples clientes.
Meu sonho é expresso no lema da minha Galeria de Arte:
A melhor forma de tornar o mundo melhor é através da Arte”.

 
O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Atualmente, eu não possuo todos os dados estatísticos para versar sobre o tema; mas, acredito que há uma geração emergente de leitores que avança com força total e que, com as alterações tecnológicas do formato dos livros e da divulgação dos mesmos, talvez não nos deixe enxergar com nitidez esse progresso. Sou otimista em relação ao fato de que, sempre existirão os leitores tradicionais – que consomem livros em papel e primam pela estética literária, bem como aqueles que leem vorazmente e-books baseados em séries de Netflix. Nada disso é impedimento para o avanço do hábito cultural do brasileiro, muito pelo contrário. O surgimento de novos autores que têm acesso a publicar suas obras – com as facilidades tecnológicas, também abre novos rumos e oportunidades ao surgimento de novos leitores.
 
Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Devido ao gosto pela leitura e intensa vida acadêmica, eu já era leitora da Scortecci há muitos anos e, portanto, ao escolher publicar meus livros com ela, estava consciente de que a equipe faria um trabalho sério desde a revisão do manuscrito até a logística de comercialização nas livrarias. Eu também queria uma editora séria para publicar meus trabalhos, pois eu já sabia que exigiriam uma atenção especial de todos os que estariam trabalhando em cada etapa.
 
O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Os diferenciais de minhas obras são o cuidado com a estética literária, a originalidade ao abordar temas novos e antigos e, sobretudo, a preocupação em fornecer conteúdo e forma de qualidade perene e não obras descartáveis ou para serem consumidas rapidamente. Os meus livros apresentam capas muito especiais: são obras de arte realizadas por mim (ver minha mini biografia) e não simples projetos gráficos voltados para comercialização do livro; essas obras de capa acompanham texto curatorial, ou seja, uma micro aula sobre a obra, em cada segunda orelha do volume.
A riqueza do conteúdo e da forma se dá em função dos meus estudos e práticas como artista plástica e cantora lírica.
Outro diferencial é que são livros para colecionar (há mais 2 títulos que seguem o mesmo padrão em relação às obras de arte de capa e aos textos curatoriais das mesmas nas orelhas do livro); não serão feitos em e-book; a qualidade do papel de capa e do miolo, bem como as fotos que aparecem na capa e orelhas são em alta definição, a textura e gramatura dos papéis são resistentes e não apresentam reflexo e são de cor branca, proporcionando clareza e nitidez na hora de ler.
Como jamais escrevi por hobby ou para me tornar celebridade, creio que a mensagem especial aos meus leitores é: Sempre, sempre escrevo pensando em vocês e para vocês. As obras literárias ganham vida somente quando encontram os leitores! E sou muito grata a eles por isso!
 
Obrigada pela sua participação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário