É brasileira, nascida em São Paulo. É pedagoga, escritora e poeta. Também é editora da Voo Livre Revista Literária. Gosta de dizer que escreve desde que se reconhece por gente e é daquelas que anda com um bloquinho para não perder nenhuma ideia... Com 11 anos, ganhou o primeiro concurso de poesia, o que a incentivou a trilhar o caminho das letras. Depois de se tornar professora, passou a escrever mais; escrevia para os alunos. Um poeminha aqui, uma história ali... E uma dessas histórias se transformou em seu primeiro livro, que só foi publicado em 2014, com o título O mágico que veio de longe. Ela entende que histórias podem demorar para virar livro, mas a verdade é que, depois de publicar o primeiro, não parou mais de escrever. Para o público infantil fez também A menina que sonhava e Uma viagem pelas copas do mundo, além do Almanaque de parlendas e trava-línguas, um livro de colorir. Mas Marina não escreve só para crianças. Desde que começou a participar de coletâneas, publicou poemas, contos e crônicas voltados para a temática feminina, posicionando-se neste lugar de fala, afinal é mulher, mãe, avó, professora, escritora e tem muito o que dizer em nome desses grupos. Foi por essa razão que, em 2019, juntamente com mais duas autoras, publicou o livro Divas, mulheres que se superaram, em que contou algumas experiências transformadoras que teve na vida. Hoje Marina faz parte de dois coletivos que promovem a literatura contemporânea do feminino, o Projeto Enluaradas e o Elas & as Letras, contribuindo com sua poética de desconstrução de crenças na busca da própria essência.
Tantas histórias permaneceram escondidas da humanidade, como as deste livro. Histórias que, mesmo tristes e revoltantes, precisam ser contadas. Com essa leitura, você vai saber que houve um tempo em que as mulheres tinham liberdade, autonomia e viviam em harmonia consigo mesmas, com os outros e com o mundo natural. Porém, um acontecimento inesperado mudou essa condição para sempre. Desde então, as histórias protagonizadas por mulheres passaram a ser cheias de dor, tristeza, violência e preconceito até os dias de hoje... Nossas protagonistas vivenciaram juntas aquele momento terrível e, após éons de separação, têm agora a oportunidade, através dos laços invisíveis da existência, de se reencontrarem e de se reconhecerem. Tudo o que foi vivido por elas, no correr do tempo, será revelado neste livro, que conduz o leitor à trilha da ancestralidade feminina, esta que ecoa pelas linhas e entrelinhas costuradas pela autora.
Entrevista
Ola Marina. É um prazer contar, novamente, com sua participação na Revista do Livros da Scortecci.
Do que trata o seu Livro?
Tudo Foi Vivido é um livro que fala sobre as vivências das mulheres nessa Terra, ao longo da história da humanidade. Através das cinco personagens, espalhadas pelos quatro cantos do mundo, procuro abordar as anomalias vividas por elas. E foram tantas, neste ir e vir de vidas sem fim que marcam nossa existência sobre o planeta. Talvez para alguns possa parecer uma trama de ficção, mas garanto que a dura realidade de viver num corpo de mulher, transparece em cada capítulo. Porém, o livro vai além das histórias tristes, de dor, violência ou preconceito. Ele conta como escapar dessas algemas, através da trilha da ancestralidade.
Tudo Foi Vivido é um livro que fala sobre as vivências das mulheres nessa Terra, ao longo da história da humanidade. Através das cinco personagens, espalhadas pelos quatro cantos do mundo, procuro abordar as anomalias vividas por elas. E foram tantas, neste ir e vir de vidas sem fim que marcam nossa existência sobre o planeta. Talvez para alguns possa parecer uma trama de ficção, mas garanto que a dura realidade de viver num corpo de mulher, transparece em cada capítulo. Porém, o livro vai além das histórias tristes, de dor, violência ou preconceito. Ele conta como escapar dessas algemas, através da trilha da ancestralidade.
Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Vivemos um momento de revelação. Crenças e paradigmas são quebrados em todas as áreas da vida. Mentiras e injustiças sendo escancaradas para quem quiser ver. Sendo assim, senti que era chegada a hora de escrever essa história que precisava ser escrita. A ideia surgiu de meu próprio processo de desconstrução pessoal, onde tive a oportunidade de perceber o quanto nosso mundo é dominado pelo masculino, que abusa e subjuga mulheres, desde tempos imemoriais. Despertar outras mulheres para tudo o que foi vivido por nós e oferecer a elas como mudar essa realidade, adquirindo a consciência de quem realmente somos é meu grande objetivo.
Vivemos um momento de revelação. Crenças e paradigmas são quebrados em todas as áreas da vida. Mentiras e injustiças sendo escancaradas para quem quiser ver. Sendo assim, senti que era chegada a hora de escrever essa história que precisava ser escrita. A ideia surgiu de meu próprio processo de desconstrução pessoal, onde tive a oportunidade de perceber o quanto nosso mundo é dominado pelo masculino, que abusa e subjuga mulheres, desde tempos imemoriais. Despertar outras mulheres para tudo o que foi vivido por nós e oferecer a elas como mudar essa realidade, adquirindo a consciência de quem realmente somos é meu grande objetivo.
Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. O primeiro de muitos ou um sonho realizado?
A literatura passou a ser meu propósito de vida a partir de 2013. Nesse caminho participei de antologias, coletâneas, publiquei livros infantis e já são três livros com a temática do feminino: Divas, mulheres que se superaram; Tudo foi vivido e Desconstrução. O próximo projeto já está em fase de reescrita. Eu me desafiei a escrever um romance e pretendo lança-lo no final desse ano. Se livros são filhos, posso dizer que já tenho uma ninhada..
A literatura passou a ser meu propósito de vida a partir de 2013. Nesse caminho participei de antologias, coletâneas, publiquei livros infantis e já são três livros com a temática do feminino: Divas, mulheres que se superaram; Tudo foi vivido e Desconstrução. O próximo projeto já está em fase de reescrita. Eu me desafiei a escrever um romance e pretendo lança-lo no final desse ano. Se livros são filhos, posso dizer que já tenho uma ninhada..
O que você acha da vida de escritor no Brasil: um país de poucos leitores e onde a leitura não é valorizada?
Tudo na vida tem dois lados neste mundo dual em que vivemos e a vida de escritor não é diferente. Se por um lado temos que ficar à margem de um mercado exclusivista, fechado, que se abre apenas para poucos; por outro vivemos momentos de conexão incrível com nossos leitores e com os amigos das letras. Recentemente escrevi no editorial da Revista Voo Livre 45: “Parece que os livros nos conectam através de fios invisíveis, despertando uma identificação tão profunda, que nos sentimos compelidos a compartilhar nossas experiências e reflexões sobre eles com os outros.” São essas conexões que nos inspiram a continuidade do trabalho.
Tudo na vida tem dois lados neste mundo dual em que vivemos e a vida de escritor não é diferente. Se por um lado temos que ficar à margem de um mercado exclusivista, fechado, que se abre apenas para poucos; por outro vivemos momentos de conexão incrível com nossos leitores e com os amigos das letras. Recentemente escrevi no editorial da Revista Voo Livre 45: “Parece que os livros nos conectam através de fios invisíveis, despertando uma identificação tão profunda, que nos sentimos compelidos a compartilhar nossas experiências e reflexões sobre eles com os outros.” São essas conexões que nos inspiram a continuidade do trabalho.
O seu livro merece ser lido? O que ele tem de especial capaz de encantar leitores?
Se meu livro merece ser lido? Todo livro merece... No caso de Tudo foi vivido, o leitor encontra ali uma mão estendida, convidando-o a voar ao seu lugar de origem, “de onde nunca se moveu, apenas esqueceu”, como digo no poema final. Então não é uma questão de merecimento, já que somos todos merecedores, é questão de ponto de vista. Que esse livro seja lido por aqueles que, sejam homens ou mulheres, desejam ver a vida sob outro ângulo, uma nova perspectiva e busquem sua libertação.
Se meu livro merece ser lido? Todo livro merece... No caso de Tudo foi vivido, o leitor encontra ali uma mão estendida, convidando-o a voar ao seu lugar de origem, “de onde nunca se moveu, apenas esqueceu”, como digo no poema final. Então não é uma questão de merecimento, já que somos todos merecedores, é questão de ponto de vista. Que esse livro seja lido por aqueles que, sejam homens ou mulheres, desejam ver a vida sob outro ângulo, uma nova perspectiva e busquem sua libertação.
Obrigada pela sua participação.
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