16 agosto, 2024

Gabriel Lima - Autor de: ONDE TE ENCONTRO?

Gabriel Lima
É natural da cidade de Petrópolis, é um jovem de 17 anos que escolheu a arte como forma de dar vida aos sentimentos a que todo ser é suscetível. Inspira-se em autores brasileiros e, em especial, em Carlos Drummond de Andrade, que o ensina a não parar diante das pedras em seu caminho. Começando sua trajetória com poesias, em 2021, escreveu “Por você, por nós”, obra ainda não publicada, mas que inaugura seu ato de amor para com a literatura.
Como uma metáfora de seu cotidiano, Lima tem preferência pela escrita em primeira pessoa para que o leitor sinta-se pertencente, afinal, entende como a leitura tem capacidade de salvação e acolhimento. Como um autor que não se amedronta diante de obstáculos e, tendo como inegociáveis os conceitos de liberdade e gratidão, em 2023, escreve – e publica – seu livro em homenagem à Universidade Católica de Petrópolis, que afirma ser como sua segunda casa, uma vez que é aluno do Colégio de Aplicação desde o Ensino Fundamental I, lugar no qual cresceu. A obra intitulada “Seus Lindos Olhos que Eu nem sei a Cor”, publicada com o auxílio financeiro do público, mostra não só a lealdade do autor com suas amizades, mas seu ato de ver o mundo colorido através da escrita, quando não pode fazê-lo biologicamente. Portador de daltonismo acromático, Gabriel experimenta suas coragens e deixa claro que não se importa de andar na corda bamba se isso for levá-lo até o fim do caminho: promover a fé na arte.
 
Onde te Encontro?

Tocante, emocionante e reflexivo são as palavras que definem "Onde te Encontro?", o mais novo livro de Gabriel Lima.
Na obra, são abordadas as 5 fases do luto: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Este enfoque se dá através da história de dois irmãos que precisam enfrentar a considerada maior e mais dolorosa perda que um ser humano pode viver: o falecimento de sua mãe.
Imergindo com maestria nos sentimentos humanos, Lima consegue mais uma vez fazer com que o leitor sinta cada um dos estágios deste processo tão doloroso vivido pelos irmãos, ainda que o autor não o tenha vivido em sua trajetória.
Este exemplar é, inegavelmente, uma análise profunda do psicológico humano e como as nossas emoções podem interferir neste, além de discorrer sobre a forma como cada um lida com a morte e as consequências que ela pode trazer para as nossas vidas.

Entrevista

Olá Gabriel. É um prazer contar a sua participação na Revista do Livro da Scortecci

Do que trata o seu Livro?
"Onde te Encontro?" é um livro de ficção e aborda temas como: as diferentes maneiras de lidar com o luto e os sentimentos pós perda.

Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
A ideia para escrever essa obra surgiu a partir de uma dor no olho, sim, de uma dor no olho. Eu estava andando na rua, saindo da escola e quando olhei para o céu senti uma forte dor no olho, logo em seguida me vieram ideias de três livros, sendo esse um deles. Junto disso, eu gosto de escrever sobre a relação entre as pessoas, explorar as relações sociais - propriamente ditas - e construir algo trágico ao redor disso. Meu público alvo são os mais jovens, pessoal da minha idade e mais velhos, quero trazer de volta e ressaltar a importância do hábito de leitura, mas sei que isso se dá aos poucos, e por isso prefiro, de início, inserir livros com menor quantidade de páginas, para que os leitores não se assustem de cara.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Me chamo Gabriel Lima, tenho 17 anos. Sou natural da cidade de Petrópolis - RJ e no momento estou terminando a escola. Comecei a escrever com 13 anos algumas poesias e a partir disso não parei mais. Com 14 anos escrevi meu primeiro livro: Por Você, Por Nós (ainda não publicado), e desde então tenho escrito livros e livros sem parar. Apenas no ano de 2024 pude realizar o sonho de ter meu primeiro livro em mãos com o lançamento na UCP. Já no mês de maio, participei da Flipetrópolis, onde conquistei o prêmio de primeiro lugar em redação na minha categoria e fiz, no mesmo dia, o lançamento de outro livro: "A Sós entre o Amor e a Solidão". Tenho certa facilidade para escrever, costumo escrever livros de mais de cem páginas em uma média de dez dias. Meu objetivo nessa carreira é seguir sendo inspiração para outros jovens, seguir escrevendo outros livros e publicando os já escritos para que, no fim, eu conquiste uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, meu grande sonho.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Sendo sincero, a vida no escritor no Brasil é muito difícil. Existe, principalmente, a desvalorização da literatura brasileira, e, quando há aceitação, apenas certos estereótipos predominam fazendo com que novos escritores dificilmente se encaixem no mercado. O país ainda precisa melhorar muito com relação ao incentivo à leitura, mas vejo a melhora perto com novas leis de incentivo à cultura, capazes de abrir portas para novos autores e autores como eu, menores de idade que muita das vezes são até mal vistos por "não ter o que representar em sua escrita"; sendo assim, na maioria das vezes, nenhuma chance nos é dada para chegarmos e dizermos: "Olha, eu sou sim capaz".

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Conheci a Scortecci no ano de 2021, através de um professor de história e amigo, Leandro Ricon, que publica seus livros com a Editora. Pedi ajuda a ele para que me indicasse alguma editora e ele logo me apresentou a Scortecci. Eu, ainda bem jovem, me encantei de cara, mas não estava pronto. Alguns anos se passaram, fui conquistando meu espaço e hoje, 2024, consigo publicar com a Editora. É de fato uma realização!

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Meu livro fala sobre o inevitável, a morte, e por isso é importante sua leitura. Escrevo de maneira simples a vida de dois irmãos que logo no início do livro perdem uma pessoa importante para eles e os dois precisarão aprender a lidar com esse peso. Cada ser é único, singular, e por isso precisa de sua devida atenção sendo prestada. No livro vemos os dois lados de uma mesma moeda, afinal, como pode dois irmãos que viveram toda a vida juntos terem pensamentos e sentimentos acerca de um mesmo assunto tão diferentes?

Obrigado pela sua participação.

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