Jô Drumond
Josina (Jô) Nunes Drumond, nascida no sertão de Minas, é professora universitária aposentada, pesquisadora, tradutora juramentada, poeta e artista plástica. É PhD em Literatura Comparada e Doutora em Semiótica. Trabalhou com a temática sertaneja comparando as obras primas de três cânones da Literatura brasileira: Euclides da Cunha, Graciliano Ramos e Guimarães Rosa. É membro de 3 Academias de Letras em MG e no ES, do IHGES. Tem 26 livros publicados (ensaios, contos, crônicas poemas, literatura infantil) e diversas publicações em antologias, jornais, revistas científicas, anais de congressos nacionais e internacionais.
Josina (Jô) Nunes Drumond, nascida no sertão de Minas, é professora universitária aposentada, pesquisadora, tradutora juramentada, poeta e artista plástica. É PhD em Literatura Comparada e Doutora em Semiótica. Trabalhou com a temática sertaneja comparando as obras primas de três cânones da Literatura brasileira: Euclides da Cunha, Graciliano Ramos e Guimarães Rosa. É membro de 3 Academias de Letras em MG e no ES, do IHGES. Tem 26 livros publicados (ensaios, contos, crônicas poemas, literatura infantil) e diversas publicações em antologias, jornais, revistas científicas, anais de congressos nacionais e internacionais.
As crônicas de Oferendas Inúteis nos envolvem em experiências vividas pela autora, com mostras da sábia natureza no reino animal, em “Morte gerando vida”. No texto “Somos apenas passantes”, a autora faz reflexões sobre o tempo vivido, sobre a finitude da existência humana e sobre a imortalidade literária. Tais reflexões se somam em “Santa Cena”, à analogia da arte efêmera e da impermanência das coisas. Ao contemplar a escultura em tamanho natural da Santa Ceia, em areia, na Praia de Camburi, a autora compara a efemeridade da arte à da passagem humana pela vida; na crônica “Oferendas inúteis”, menciona o inusitado oferecimento de bens materiais aos mortos e às divindades; na instigante visita a São Thomé das Letras descreve o misticismo que envolve o local; no Velho Mundo, percorre vinhedos franceses e aborda em “O Paradoxo francês”, provável relação do consumo de vinho com a longevidade dos franceses. O final é reservado para reflexões sobre um tema atual, a guerra, com reflexões sobre o instinto beligerante do ser humano no tempo e no espaço.
Entrevista
Olá Jô. É um prazer contar, novamente, com a sua participação na Revista do Livro da Scortecci
Do que trata o seu Livro?
Meu livro de crônicas, Oferendas inúteis, registra acontecimentos da vida cotidiana. Trata-se de textos curtos, com linguagem simples e coloquial, sendo alguns de cunho reflexivo e outros com visão crítica ou humorística de fatos e do comportamento humano.
Meu livro de crônicas, Oferendas inúteis, registra acontecimentos da vida cotidiana. Trata-se de textos curtos, com linguagem simples e coloquial, sendo alguns de cunho reflexivo e outros com visão crítica ou humorística de fatos e do comportamento humano.
Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Minhas crônicas se destinam a todo tipo de público adulto. Elas brotam da observação do dia a dia. Eventualmente surgem acontecimentos inusitados ou fatos banais que me instigam a relatá-los, evidentemente, com minha visão pessoal.
Se diversos cronistas se propuserem a escrever sobre um mesmo tema ou uma mesma cena, certamente o resultado será diverso. Cada um cunhará sua experiência colateral e sua visão de mundo.
Minhas crônicas se destinam a todo tipo de público adulto. Elas brotam da observação do dia a dia. Eventualmente surgem acontecimentos inusitados ou fatos banais que me instigam a relatá-los, evidentemente, com minha visão pessoal.
Se diversos cronistas se propuserem a escrever sobre um mesmo tema ou uma mesma cena, certamente o resultado será diverso. Cada um cunhará sua experiência colateral e sua visão de mundo.
Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Esse sonho mencionado nada mais é que a ânsia de imortalidade inerente a todo ser humano. Como nada podemos fazer contra a finitude da vida, insistimos em deixar nossos traços por meio do plantio de árvores (que se multiplicarão), da descendência genética e da palavra escrita.
Enquanto vida tiver, manterei o prazeroso labor literário.
Em breve chegarei ao trigésimo livro. Espero conseguir chegar ao quinquagésimo, se Chronos (Deus do tempo) me permitir.
Esse sonho mencionado nada mais é que a ânsia de imortalidade inerente a todo ser humano. Como nada podemos fazer contra a finitude da vida, insistimos em deixar nossos traços por meio do plantio de árvores (que se multiplicarão), da descendência genética e da palavra escrita.
Enquanto vida tiver, manterei o prazeroso labor literário.
Em breve chegarei ao trigésimo livro. Espero conseguir chegar ao quinquagésimo, se Chronos (Deus do tempo) me permitir.
O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Acho lamentável. A leitura deveria ser mais valorizada. Ela enriquece e amplia os horizontes do leitor.
Acho lamentável. A leitura deveria ser mais valorizada. Ela enriquece e amplia os horizontes do leitor.
Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Fiquei conhecendo a excelência do trabalho editorial da Scortecci quando fiz o doutorado em São Paulo, no início do milênio.
Fiquei conhecendo a excelência do trabalho editorial da Scortecci quando fiz o doutorado em São Paulo, no início do milênio.
O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Espero que sim. O texto muda de figura diante de cada receptor. Ele passa a ter vida própria e mutante, diante dos olhos do leitor. Cada leitura é única e intransferível.
Espero que sim. O texto muda de figura diante de cada receptor. Ele passa a ter vida própria e mutante, diante dos olhos do leitor. Cada leitura é única e intransferível.
Obrigada pela sua participação.