29 julho, 2024

Jô Drumond - Autora de: OFERENDAS INÚTEIS

Jô Drumond

Josina (Jô) Nunes Drumond, nascida no sertão de Minas, é professora universitária aposentada, pesquisadora, tradutora juramentada, poeta e artista plástica. É PhD em Literatura Comparada e Doutora em Semiótica. Trabalhou com a temática sertaneja comparando as obras primas de três cânones da Literatura brasileira: Euclides da Cunha, Graciliano Ramos e Guimarães Rosa. É membro de 3 Academias de Letras em MG e no ES, do IHGES. Tem 26 livros publicados (ensaios, contos, crônicas poemas, literatura infantil) e diversas publicações em antologias, jornais, revistas científicas, anais de congressos nacionais e internacionais.
 
As crônicas de Oferendas Inúteis nos envolvem em experiências vividas pela autora, com mostras da sábia natureza no reino animal, em “Morte gerando vida”. No texto “Somos apenas passantes”, a autora faz reflexões sobre o tempo vivido, sobre a finitude da existência humana e sobre a imortalidade literária. Tais reflexões se somam em “Santa Cena”, à analogia da arte efêmera e da impermanência das coisas. Ao contemplar a escultura em tamanho natural da Santa Ceia, em areia, na Praia de Camburi, a autora compara a efemeridade da arte à da passagem humana pela vida; na crônica “Oferendas inúteis”, menciona o inusitado oferecimento de bens materiais aos mortos e às divindades; na instigante visita a São Thomé das Letras descreve o misticismo que envolve o local; no Velho Mundo, percorre vinhedos franceses e aborda em “O Paradoxo francês”, provável relação do consumo de vinho com a longevidade dos franceses. O final é reservado para reflexões sobre um tema atual, a guerra, com reflexões sobre o instinto beligerante do ser humano no tempo e no espaço.
 
Entrevista

Olá Jô. É um prazer contar, novamente, com a sua participação na Revista do Livro da Scortecci

Do que trata o seu Livro?
Meu livro de crônicas, Oferendas inúteis, registra acontecimentos da vida cotidiana. Trata-se de textos curtos, com linguagem simples e coloquial, sendo alguns de cunho reflexivo e outros com visão crítica ou humorística de fatos e do comportamento humano.
 
Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Minhas crônicas se destinam a todo tipo de público adulto. Elas brotam da observação do dia a dia. Eventualmente surgem acontecimentos inusitados ou fatos banais que me instigam a relatá-los, evidentemente, com minha visão pessoal.
Se diversos cronistas se propuserem a escrever sobre um mesmo tema ou uma mesma cena, certamente o resultado será diverso. Cada um cunhará sua experiência colateral e sua visão de mundo.

 
Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Esse sonho mencionado nada mais é que a ânsia de imortalidade inerente a todo ser humano. Como nada podemos fazer contra a finitude da vida, insistimos em deixar nossos traços por meio do plantio de árvores (que se multiplicarão), da descendência genética e da palavra escrita.
Enquanto vida tiver, manterei o prazeroso labor literário.
Em breve chegarei ao trigésimo livro. Espero conseguir chegar ao quinquagésimo, se Chronos (Deus do tempo) me permitir.

 
O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Acho lamentável. A leitura deveria ser mais valorizada. Ela enriquece e amplia os horizontes do leitor.
 
Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Fiquei conhecendo a excelência do trabalho editorial da Scortecci quando fiz o doutorado em São Paulo, no início do milênio.
 
O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Espero que sim. O texto muda de figura diante de cada receptor. Ele passa a ter vida própria e mutante, diante dos olhos do leitor. Cada leitura é única e intransferível.
 
Obrigada pela sua participação.
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19 julho, 2024

Douglas Rossetto - Autor de: PEQUENO MANUAL CIENTÍFICO

Douglas Rossetto

O professor Douglas Rossetto é matemático, físico, filósofo, pedagogo, pesquisador e escritor. Pós-graduado em Matemática Avançada e Astronomia, licenciado em: Ciências, Matemática, Física, Filosofia e Pedagogia. Atua como professor há 30 anos. Autor de várias obras nas áreas das Ciências, em especial, Matemática, Física e História das Ciências.
Divulgador científico, o professor Douglas é Editor-chefe da Revista Científica “Queen of the Sciences Magazine”.


Pequeno manual científico

O avanço das tecnologias da informação e de geração de energia, entre outras, faz com que a formação de cientistas e engenheiros demande, em escala crescente, de amplitude das capacidades e habilidades teóricas e experimentais. Assim, as equipes de desenvolvimento científico devem ser ecléticas quanto ao domínio das diversas teorias científicas, bem como dos processos empíricos para além da formação específica do pesquisador. O público-alvo deste trabalho está compreendido entre estudantes do ensino técnico e científico, graduandos e pós-graduandos em ciências exatas, econômicas, sociais, entre outras, bem como os cursos de iniciação científica. Então, a presente obra foi elaborada com o intuito de envolver as disciplinas necessárias à consulta de lastro técnico para os estudos, a análise e a elaboração de trabalhos científicos. A obra é composta por textos e métodos pertinentes à Matemática Elementar, Estatística Básica e Avançada, Física Clássica, Mecânica Quântica, Relatividade, Cálculo Diferencial e Integral Básico e Avançado, Cálculo Variacional e Equações Diferenciais.

Entrevista

Olá Douglas. É um prazer contar, novamente, com a sua participação na Revista do Livro da Scortecci
 
Do que trata o seu Livro?
O “Pequeno Manual Científico” é um livro que aborda diversos métodos científicos, os quais são aplicados em várias ciências. Envolve tabelas e cálculos elementares, bem como cálculo avançado em inúmeras questões científicas, como, por exemplo, Estatística; Física Nuclear; Física Quântica e Cálculo Diferencial e Integral Avançado. É um livro que foi elaborado ao longo dos anos, em função de minha experiência no Ensino Superior, sendo este trabalho destinado aos estudantes de graduação e pós-graduação em iniciação científica.
 
Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
O “Pequeno Manual Científico” é um livro que aborda diversos métodos científicos, os quais são aplicados em várias ciências. Envolve tabelas e cálculos elementares, bem como cálculo avançado em inúmeras questões científicas, como, por exemplo, Estatística; Física Nuclear; Física Quântica e Cálculo Diferencial e Integral Avançado. É um livro que foi elaborado ao longo dos anos, em função de minha experiência no Ensino Superior, sendo este trabalho destinado aos estudantes de graduação e pós-graduação em iniciação científica.
 
Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Sou natural de São Paulo e atuo na Educação há mais de trinta anos. O “Pequeno Manual Científico” é o meu nono trabalho publicado. Atualmente trabalho com pesquisa em Astrofísica e Astrobiologia. Meus trabalhos publicados estão direcionados à Física, Matemática e Divulgação Científica, sou fundador e editor-chefe da revista científica “Queen of the Sciences” Magazine.
 
O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
A vida de escritor no Brasil é um desafio. A cultura da leitura ainda é tênue na Sociedade Brasileira e, certamente, serão necessários vários anos de militância na Educação e na Cultura para a reversão do Status Qvo!
 
Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Conheço e trabalho com a Editora há mais de uma década. Ela foi indica por amigos.
 
O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
O “Pequeno Manual Científico” é um livro que foi elaborado com o objetivo de cobrir lacunas das publicações científicas no Brasil. É uma obra que serve aos estudantes de diversas áreas, seja em Física, Economia, Engenharia, Matemática, Biologia, Psicologia, entre outras. Meu trabalho merece ser lido pois envolve temas essenciais aos estudos e aperfeiçoamento de habilidades de pesquisa. Espero que meus leitores apreciem este trabalho tanto quanto eu apreciei escrevê-lo.
 
Obrigado pela sua participação.
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Josina Nunes Drumond (Jô Drumond) - Autora de: TRILHAS DO SERTÃO

Josina Nunes Drumond (Jô Drumond)

Nascida na fazenda da Charneca, no sertão de Minas, está radicada em Vitória (ES) desde 1989. É professora universitária aposentada, pesquisadora, tradutora juramentada, poeta e artista plástica. É PhD em Literatura Comparada, Doutora em Semiótica (subárea Literatura e Artes Plásticas), Mestre em Literatura, pós-graduada lato sensu em Literatura e em Arte Barroca, graduada em Letras, Artes Plásticas e Langue, Civilisation et Littérature Françaises (França). Ganhou quatro bolsas de estudos na França, sendo uma na Universidade de Sorbonne, em Paris, e três no Centro de Linguística Aplicada da Universidade de Franche-Comté, em Besançon. É membro efetivo da Academia Feminina Mineira de Letras, vice-presidente da Academia Espírito-Santense de Letras e da Academia Feminina Espírito-Santense de Letras. É membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e do Conselho Estadual de Cultura. Tem 26 livros publicados (ensaios, contos, crônicas, poemas, literatura infantil) e diversas publicações em antologias, jornais, revistas científicas, anais de congressos nacionais e internacionais.

O livro Trilhas do sertão insere o leitor no “Brasil profundo” por meio de causos colhidos na simplicidade do falar caipira. Os contos não são marcados pelo ficcional: são reais. O leitor é conduzido pelos caminhos das Gerais e se encanta com histórias carregadas de sabedoria, mansa rebeldia e matreirice sapeca, contadas na linguagem espontânea do sertanejo. Vale ressaltar a adequação da linguagem ao cenário, aos personagens, e também a singularidade estética da escrita, marcada pela simplicidade, o que aproxima o leitor do contador de histórias. Vale ressaltar também que a autora é oriunda do sertão de Minas, descendente dos Guimarães e especialista na obra de Guimarães Rosa.
Com memória lacunar, ressuscito tempos idos, bons fragmentos vividos, na fazenda da Charneca. Nos bons ares campesinos, pela primeira vez, meus pulmões se inflaram; nas bucólicas paragens, a luz dos tempos tocou minhas intactas retinas; naquele paraíso, plantado no coração do Brasil, meus pequeninos pés começaram a palmilhar a vastidão do mundo. Foi aí que nasci, cresci e vi filharada em mutirão, todos juntos, reunidos na colheita do algodão. Oh! Como me lembro do engenho de cana, da doçura da caiana, dos bois de canga atrelados girando sem destino, sem cessar, e da garapa jorrando, adoçando meu olhar. Na casinha do tear, ao lado do paiol, minha mãe tecia colchas, mantas e sonhos a nós nunca revelados. Coloridos ou não, seus sonhos se esvaeceram no vão da vida e do tempo. Meu pai não sonhava, suava. No cabo da enxada, no fio da foice, no fio das horas foi-se uma vida renhida. Não existe mais fazenda, não existe mais engenho nem carda, roca, tear. De minha mãe restam velhas fotos encardidas e as colchas coloridas que aquecem meus invernos. De meu pai restam a força do labor, a voz de trovão e a cor do silêncio. De ambos, uma grande saudade.

Entrevista

Olá Josina. É um prazer contar com a sua participação na Revista do Livro da Scortecci
 
Do que trata o seu Livro?
O livro Trilhas do sertão: caminhos e descaminhos têm como ambientação o sertão mineiro, arraiais e periferia de centros urbanos para onde normalmente os sertanejos migram. Trata-se de contos baseados em fatos, que resgatam usos, valores e costumes de meados do século passado. Seus protagonistas são pessoas comuns da região, envolvidas em aventuras e desventuras cotidianas.
 
Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Dizem que todo mineiro é fabulista por natureza. Nasci no sertão das “Gerais” e cresci ouvindo os “causos” de minha terra. Além disso, tenho parentesco, pelo lado materno, com o grande escritor Guimarães Rosa, que retratou tão bem o Brasil profundo. Não posso negar a raça.
É destinado a todo e qualquer público adulto.

 
Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Comecei a publicar meus livros tardiamente, depois de aposentada como professora. Escrevi 28 livros em menos de duas décadas. Meu 28º livro é um romance, também ambientado no sertão de Minas, e já está sendo editorado pela Scortecci.
Meu doutoramento, pela Puc/SP teve como objeto de estudo o neobarroco em Grande Sertão:veredas, de Guimarães Rosa. Minha tese foi publicada em formato de livro, intitulado As dobras do sertão: palavra e imagem. Em meu Pós-doutorado, na UFMG, abordei três ícones da Literatura brasileira que tiveram suas obras primas com minha temática preferida: Os sertões, de Euclides da Cunha, Vidas secas, de Graciliano Ramos e Grande sertão:veredas de Guimarães Rosa. Minha pesquisa também foi publicada em formato de livro, com o título Ecos do sertão: sertões – vozes do árido, do semiárido e das veredas. Nesse estudo comparativo, analisei a adequação da linguagem e do estilo dos 3 escritores com relação ao que é narrado ou retratado.

 
O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Às vezes me imagino nadando contra a correnteza, sobretudo nessa época virtual, em que as redes sociais propiciam leituras rápidas e atraentes. Mesmo assim vou continuar nas trilhas literárias pelo prazer da leitura e da escrita.
 
Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Quando estudei na Puc de São Paulo fiquei conhecendo o trabalho de vocês e na época publiquei, salvo engano, dois livros pela Scortecci. Um deles, de ensaios literários, intitulado Solimultidão, em 2010.
 
O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
A meu ver, todo livro merece ser lido assim como todo filme e toda peça teatral merecem ser assistidos. Mesmo que não seja de nosso agrado, pode-se extrair sempre algo de proveitoso nas obras literárias, teatrais e cinematográficas.
 
Obrigada pela sua participação.
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13 julho, 2024

Aras Oger - Autora de: APRENDENDO A SER LOUCO

Aras Oger

Sara Rêgo dos Santos, pseudônimo Aras Oger é Contabilista, Bacharel em Administração, especialista com MBA em Gestão de pessoas e atualmente está licenciando em Matemática.
Escreve desde os seus dezoito anos de idade. É autora dos livros: Albertina (publicado) e obras inéditas, tais como: Olhos Crespos (poesias); Volúvel; O Conspirador e a Idealista: Distribuidora Além do Tempo e Alma Gêmea Virtual (romances), livros que podem ser apreciados pela plataforma Wattpad.

Aprendendo a ser louco

Edna (Edi), afrodescendente, babalorixá, esposa do implacável e agnóstico Norberto (Conrado), gerente de catering da Marinha, gera por seis anos consecutivos seis bebês, os quais falecem de causa desconhecida. Na sétima gestação nasce Sinval (Val), que é criado com rigorosos padrões de conduta e privado da própria infância.
Após Sinval completar um ano de idade, Edna (Edi) gera mais cinco filhas: Ednalva (Diná), prestativa e carismática que luta pela união da família; Telmira (Tetê), geniosa e destemida que não aceita as demandas do rigoroso pai; Arlete (Lelé), especial e tímida; Mirian (Mirinha), justiceira e escandalosa que desafia a todos e Alda (Alvina), sofisticada e generosa que acalenta o sonho de ser artista e viajar por toda a Europa.
Casado com Loreta (Loura), a menina mais bela do bairro da Liberdade, Sinval (Val) passa a morar com a sogra Alberta (Albejera), mulher preconceituosa, racista e mesquinha, que tripudia e inferniza a vida do casal.
Sem nenhum apoio por parte da mãe, Loreta engravida anualmente gerando onze filhos: o primogênito Edson, que vem a óbito com um ano de idade; Sebastian (Necão), inteligente, honesto e responsável, fascinado por livros; Simão (Deaca), astuto, aventureiro e bem-humorado que levanta o astral de todos na família; Samantha (Dadá), carismática e companheira que cuida de seus irmãos como se fossem seus próprios filhos; Samira (Fitoca), frágil e pequenina que acometida por uma doença infantil torna-se autodidata e geniosa; Suelen (Lili) liberal e complicada que odeia o pai tornando-se a ovelha negra da família; Samiro (Vumvum), tímido e pessimista; Sâmara (Lêa), menina frágil e debilitada; Sandroco (Vavai), alto astral que sonha em ser cantor de rep; Samuel, que falece com seis meses de idade e Suzete (Susi), bondosa e amável que é protegida por todos da família e criada pela malvada Suelen.
Sendo autodidata Sinval (Val) é condecorado como especialista na sua profissão e como prêmio adquire uma casa em um conjunto residencial militar. Na popular rua residem doze famílias que mudará de vez o pacato mundo do simples casal.
Todos os filhos crescem e seus destinos são definidos, construindo uma relação entre a derrota e a vitória, mas tendo por certo que somente uma poderá prevalecer. A trajetória de alegrias e tristezas, altos e baixos da conturbada vizinhança, conflitos familiares e aprendizados, cuja marca o tempo não consegue apagar. Baseada em fatos verídicos, essa obra engloba temas atuais referente ao cotidiano, tais como: traição; alcoolismo, drogas, preconceitos; doenças; religião e violência.

Entrevista

Olá Sara. É um prazer contar a sua participação na Revista do Livro da Scortecci

Do que trata o seu Livro?
O livro é baseado em alguns fatos verídicos sobre a trajetória de vida do meu pai, um homem negro que foi criado com rígidos padrões de conduta, sofrendo preconceitos, sem apoio da família, tornando-se um alcoólatra e lutando para criar seus nove filhos com o fruto de seu trabalho. Em Aprendendo a ser Louco! o leitor vai encontrar temas atuais como traição, alcoolismo, drogas, preconceito, religião e violência.
 
Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Surgiu da ideia de eternizar as memórias que foram registradas na minha mente desde criança, lembranças das irreverentes histórias que meu pai contava de sua juventude, como também para resgatar os valores que aprendi com ele: honestidade, solidariedade, força, coragem, fé e resiliência.
Meu livro não se destina a um público adulto específico, mas deve tocar especialmente aqueles que não tiveram a oportunidade de conhecer verdadeiramente seus próprios pais em vida ou de se despedirem deles antes da morte.
 
Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Escrevo desde os 18 anos de idade. Sempre fui fascinada por romances. Tenho mais cinco obras não publicadas. Meu sonho é ser reconhecida como escritora e ver meu livro se tornar uma novela, já que se trata da história do meu pai. Isso me trará orgulho, embora tenha muitas partes tristes, mas acredito que tenha muito a ver com o cotidiano cultural brasileiro.
Meu primeiro livro, Albertina, foi publicado em 2022, faz um trajeto entre os anos de 1913 à 1987, retratando o anarquismo, as lutas de classes, as ideologias da época, o preconceito contra a mulher, focando na família, na política e na sociedade.
 
O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Eu acho que precisamos de projetos de incentivo destinados a elevar escritores inéditos e que os possibilitem mostrar a sua obra e compartilhá-la com o mundo. Não acredito que a leitura seja pouco valorizada, somente acho que as pessoas leem pouco, haja visto também o dinamismo da internet com a enxurrada de informações disponibilizadas, que deixam as pessoas acomodadas.
 
Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Pesquisei pela internet e tive boas referências de amigos. Solicitei um orçamento e fui muito bem tratada. Editei meu primeiro livro e as pessoas me trataram com respeito, de forma ética, profissional e com muita atenção. O meu primeiro livro publicado saiu da forma que eu queria e, assim, me tornei cliente recorrente.
 
O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Acredito que o meu livro transmite boas mensagens de força, esperança e fé, principalmente para as pessoas que possuem familiares que sofrem com alcoolismo e preconceitos, ao mesmo tempo que trata dessas questões de uma forma bem-humorada e emotiva. Eu gostaria que os leitores me dessem a oportunidade de tornar o meu trabalho conhecido, enquanto compartilho com eles as minhas memórias.
 
Obrigada pela sua participação.
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