15 junho, 2024

Marcelo Campos - Autor de: A MOSCA NO ELEVADOR

É autor de 73 pequenas peças sobre as vidas de Leonardo da Vinci, Frida Kahlo, Mohandas Gandhi e Assis Chateaubriand, dentro das quais desenvolve o conceito de imersão interativa. De 2019 a 2024, foi produtor de 63 encontros com o público através dos quais mais de 2.900 pessoas puderam vivenciar as experiências do Onikronos, tanto em espaços físicos presenciais, quanto em eventos online.
No mundo corporativo, já estabeleceu parcerias de sucesso com grandes empresas, sendo seus principais parceiros dos últimos 3 anos: Sabesp, IE International Education, Metlife, Vídeo Ciências, Tegma, Horus, Sonda Tecnologia, IPL, Insper, Clube Pinheiros, Banco Bradesco, Cuca Mundi, Círculo Militar de São Paulo, Ericsson e lghisi gente.
Está estreando o projeto dramatúrgico Mais forte que nós!, pelo qual narra um encontro possível, porém fictício, entre Albert Einstein e Mahatma Gandhi no ano de 1947.
Lançou em abril-2023 seu primeiro livro, O Arquétipo do Jardim do Éden. Um ensaio para que as pessoas reflitam sobre as prioridades da nossa agenda global, buscando um efetivo comprometimento com as gerações futuras.
Em junho de 2024, lança seu segundo livro: A Mosca no Elevador. Não é uma continuação de seu primeiro livro, mas sim uma evolução em todas as dimensões: conteúdo, estrutura, reflexão e desafio. O ponto especial fica por conta do storytelling materializado no comparativo entre o Homo Sapiens no século XXI no planeta Terra e uma mosca parada dentro do elevador.
Por fim e não menos importante, no 1º semestre de 2024, Marcelo estreia sua 1ª minissérie: “Código de Valor”. Foi produtor e roteirista, aliando sua criatividade de dramaturgo com seus 27 anos de carreira como executivo no mundo corporativo. Esta minissérie mostra os desafios cotidianos de uma empresa de tecnologia para viver pragmaticamente sues valores frente aos obstáculos que naturalmente surgem na entrega de grandes projetos.
 
A Mosca No Elevador

Você consegue refletir sobre o que significa uma mosca pousada na parede do elevador... da perspectiva da mosca? É muito provável que logo depois de sua entrada, devido às condições do ambiente, o animal não detecte maiores problemas, até se sentindo confortável com a situação. Agora, você, o Ser Humano olhando para a mosca, entende que ela está em uma situação vulnerável. Dentro do elevador não há comida, não há água, enfim, não há como a mosca viver a longo prazo (principalmente se for um prazo de mosca). Adicionalmente, as hostilidades podem escalar muito rapidamente, caso alguém mais avesso a insetos entre no elevador. Neste livro, Marcelo Campos constrói a equivalência de comportamento entre o Homo Sapiens no século XXI e uma mosca pousada na parede de um elevador. Através de histórias comparativas, Marcelo transforma a mosca no alter ego do Homo Sapiens. Ambos se julgam em segurança dentro da conjuntura que vivem, dentro do contexto que conseguem construir. Ambos julgam ter tempo de sobra a seu favor dentro do cenário temporário e confortável no qual se encontram. Através de reflexões provocativas e instigantes, Marcelo busca fomentar a inquietação no leitor, questionando os hábitos da sociedade do século XXI sob a perspectiva de futuro de longo prazo.
 
Entrevista
 
Olá Marcelo. É um prazer contar, novamente, com a sua participação na Revista do Livro da Scortecci
 
Do que trata o seu Livro?
Alavancado em informações científicas amplamente conhecidas, o livro é um exercício de desafio filosófico: será que estamos fazendo a leitura certa de nossa posição no tabuleiro do jogo chamado Universo? Já adianto que não! Buscando manter o bom-humor mesmo com um tema potencialmente denso, criei a mosquinha Drosô que, pousada na parede de um elevador, é o alter ego do Homo sapiens do século XXI no Planeta Terra. Você vai se espantar como estes dois personagens entendem o Universo em seus respectivos entornos de forma muito semelhante!
 
Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
O primeiro estímulo partiu da aceitação maior do que o previsto para meu primeiro livro. A empolgação, aliada à quantidade imensa de temas ainda não abordados, me impulsionou para o segundo livro um ano depois do lançamento do primeiro.
O livro destina-se a pessoas questionadoras e curiosas, que gostam de filosofar e até especular sobre os limites da ciência. Pessoas bem-humoradas também vão se divertir com as aventuras de Drosô (a protagonista do storytelling). Por fim, pessoas que percebam a importância de criarmos alternativas a esta película de atmosfera ao redor de um minúsculo planeta rochoso. Que tenham a percepção de que, enquanto não gerarmos esta alternativa, estamos colocando todos os ovos em uma única cesta.

 
Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Como já mencionei, este é meu segundo livro. Meu objetivo é fomentar discussões de ordem filosófica sobre o que é realmente importante para preservarmos nosso futuro como espécie. No limite, as novas perspectivas apresentadas pelo conteúdo dos dois livros passam a fazer parte de debates, discussões, argumentações, enfim, de toda sorte de interações que moldem nossas atitudes para um futuro mais seguro para nossos “tatara-lá-na-frente-netos”.
 
O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Eu tenho uma concepção de propósito que é escrever, compartilhar minhas ideias. Se um leitor ou um milhão de leitores vão ler meu conteúdo, não importa. Eu simplesmente preciso escrever. Adicionalmente, recuso-me a ser vencido pela mediocridade intelectual epidêmica que se alastra pelo país. Preciso fazer minha parte contra isso: gerar alternativa de leitura de valor e interessante para os potenciais leitores.
 
Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Estou com a Scortecci desde meu primeiro livro. Quem fez a ponte foi meu amigo Cesar Baues, que também publica com vocês e, como eu, está satisfeito.
 
O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Claro que sim! Porque demonstra uma forma diferente e importante de interpretar o Universo a nossa volta, aumentando as chances de sobrevivência de nossa espécie. Do ponto de vista coletivo, poucos temas podem ser mais nobres do que este.
 
 Obrigado pela sua participação.

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