15 junho, 2024

Adriana Santiago - Autora de: O GRITO

Adriana Santiago

Nasceu em Carangola (MG). É jornalista (UNI-BH/1992), bacharel em História (PUC-MINAS/2003), poeta e escritora. Participou de várias antologias poéticas, com poesias e contos. Publicou cinco livros: Mar Revolto — Poesias e Crônicas (2017), Flores e Borboletas em Meio Século de Poesia (2019), O Sapo Jererê e suas Aventuras (2019), As Dores do Mundo (2021) e Vozes de Minas — História e Encantos Gerais (2022), todos pela Scortecci Editora. Adriana Santiago é integrante do grupo literário Mulherio das Letras, da Associação Internacional de Literatura Brasileira (AILB) — Focus Brasil e da União Brasileira de Escritores (UBE-SP). É colunista da Revista Literária Voo Livre (digital).
 
O Grito

A poesia salva. A poesia não diz somente palavras belas. A poesia desperta, alerta, sacode e grita. Assim nasce O Grito. Do desejo de expressar a indignação ao ver a dor do outro. Do desejo profundo de chamar a atenção, alertar para o buraco em que a humanidade está se metendo ao ignorar o grito de socorro da Natureza, do nosso planeta Terra. O grito pela urgência de se mudar de atitudes antes que seja mais tarde do que já é. O grito pelos que sofrem por não se enquadrarem em um padrão social rígido, em uma sociedade implacável, que cobra beleza, corpos esculturais, juventude eterna, status social elevado e formas de existir padronizadas, conforme um ideal que, de tão perfeito, se mostra inatingível. A busca incessante e frustrada desse ideal de perfeição, exigindo das pessoas um esforço sobre-humano, torna a sociedade doente, um poço de ansiedade, depressão, estresse, agressividade. A humanidade e o planeta — partes distintas, mas integrantes de uma só natureza — estão doentes. Precisamos de cuidados, de remédios. São eles: mudança de comportamento em pequenas e grandes ações do dia a dia, em respeito ao nosso ambiente, planeta onde vivemos (se quisermos garantir nossa sobrevivência, temos que mudar nossas atitudes); respeito ao outro — respeito incondicional à forma do outro de existir no mundo, mesmo que seja diferente da sua. E terceiro e não menos importante remédio: a poesia. Para isso, O Grito, que há de ecoar distante e bonito, na esperança de espantar as coisas tristes do nosso tempo.

Entrevista


Olá Adriana. É um prazer contar, novamente, com a sua participação na Revista do Livro da Scortecci
 
Do que trata o seu Livro?
Poemas de cunho social e em defesa do meio ambiente, e contra preconceitos de toda ordem.
 
Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Surgiu de um desejo de "gritar" para o mundo as coisas tristes desse tempo como: preconceito, desrespeito com relação a povos de diversas etnias, homofobia e toda sorte de coisas desrespeitosas ao ser humano, ao outro, à vida e às diferenças.
 
Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Já é o sexto projeto de muitos que ainda virão. Ou seja, este é o sexto livro que público. Todos pela editora Scortecci, essa verdadeira família que formamos, eu, junto à equipe Scortecci e autores dessa editora.
Muitos livros ainda virão, inclusive já estou trabalhando em um projeto de poesias para crianças, que deverá sair no próximo ano.
 
O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Não sei bem se são tão poucos leitores assim. Mas, de qualquer forma, é preciso estimular a leitura, principalmente entre os pequenos para que cresçam com esse bom hábito da leitura. No meu caso, por escrever poemas, sinto que é um público realmente restrito. Não é muita gente que gosta de poesia. Mas, vou trabalhando sempre para aumentar o meu público. E posso dizer que, do primeiro livro para este, já aumentou bastante. Meu público é formado, principalmente, por pessoas da faixa etária de 30 a mais, homens e mulheres, mas mais de mulheres.
 
Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Em 2017 fiz um curso para autores iniciantes na Scortecci. Foi assim que conheci o trabalho da editora e gráfica.
 
O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Muito! Ele carrega consigo a poesia, a reflexão, emoções, além das sementes da esperança e do amor. Por tudo isso e mais ele merece muito ser lido.

Obrigada pela sua participação.

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