14 janeiro, 2024

Viviane Dallasta - Autora de: GABO E GIA NO MUSEU DAS SENSAÇÕES

Viviane Dallasta
Dedica-se à pesquisa dos impactos tecnos sociais da era tecnológica e aspectos éticos da inteligência artificial. Profissional com atuação em direitos humanos e populações vulnerabilizadas há mais de uma década. Possui diversos trabalhos acadêmicos nacionais e internacionais publicados na área jurídica e social, sendo que essa é a sua primeira obra ficcional em português, dedicada ao público infantil, fruto da sua participação na iniciativa "Twenty Forty: Utopias for a Digital Society. An Essay Competition", do Alexander Von Humboldt Institute of Internet and Society, de Berlim. A iniciativa foi premiada como uma das 100 melhores ideias para o futuro do sistema de educação, ciência e inovação na Alemanha. A obra coletiva e outros detalhes podem ser acessados no seguinte endereço: https://www.hiig.de/en/twentyforty. A obra transpõe uma tênue barreira entre fantasia e a realidade digital, mirando futuros digitais humanos e inclusivos.

Promover futuros digitais humanos. É disto que se trata a presente obra. O trabalho é composto por histórias entrelaçadas. A primeira retrata época posterior àquela em que os seres humanos se comportaram como simples máquinas e poderiam, em princípio, ser substituídos por robôs sem que nada de significativo fosse perdido na tradução. Esse alerta faz com que se crie um museu para que alguns valores sejam recuperados. Na sequência, a história dos anjos configura crítica com a tônica de que educar é diferente de vigiar.
As histórias promovem o sentido e a consciência de que a tecnologia não pode substituir o que é inerentemente humano. Os verdadeiros protagonistas são as crianças de verdade - Gabo e Gia - com características, valores, capacidades, virtudes e defeitos essencialmente humanos. Uma pauta estimulante para conversas em que as perguntas precisam continuar a ser feitas, o fim é apenas o início da reflexão. O mundo que ainda será uma vez já começou.

Entrevista

Olá Viviane. É um prazer contar com a sua participação na Revista do Livro da Scortecci.

Do que trata o seu Livro?
A proposta do livro consiste na reflexão sobre horizontes digitais humanos. O trabalho é composto por histórias entrelaçadas, iniciando pelo retrato de uma época posterior àquela em que os seres humanos se comportaram como simples máquinas e poderiam, em princípio, ser substituídos por robôs sem que nada de significativo fosse perdido na tradução. Esse alerta faz com que se crie um museu para que alguns valores sejam recuperados. Na sequência, a história seguinte configura crítica com a tônica de que educar é diferente de vigiar. As histórias promovem o sentido e a consciência de que a tecnologia não pode substituir o que é inerentemente humano. Os verdadeiros protagonistas são as crianças de verdade - Gabo e Gia - com características, valores, capacidades, virtudes e defeitos essencialmente humanos. Uma pauta estimulante para conversas em que as perguntas precisam continuar a ser feitas, o fim é apenas o início da reflexão, com a tônica de que o mundo que ainda será uma vez já começou.

Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Livros de ficção científica sempre me encantaram e comecei a sentir falta de ficções assim para crianças, com uma tônica utópica ao invés das distopias tão comuns nesse gênero. Queria alertar, mas com esperança, sem desespero. Por ser uma pesquisadora do tema da ética e das novas tecnologias, também percebi uma carência de pautas para conversar nas famílias, para que algumas tecnologias e algumas posturas de vida sejam vistas com mais cuidado, por exemplo.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
A última história do livro já é uma pista para essa resposta... A pauta exige que a conversa continue.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
O que falta no Brasil é incentivo, inclusive e especialmente, público. Em um país com tantas carências, o acesso aos livros deveria ser mais facilitado e popularizado. É um poderoso instrumento para transcendência de contextos e para apresentar realidades alternativas para a população. Ser escritor é resistir e acreditar.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Cheguei até a Scortecci por recomendação de amigos que trabalham com ilustração e publicação.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
O livro merece ser saboreado com o olhar da criança que habita em todos nós. Entregar-se e divagar com as questões propostas, divertir-se com as provocações e, sobretudo, refletir sobre o mundo em que queremos viver. É uma leitura para crianças e para adultos. Se expandir algum horizonte de reflexão ou, pelo menos, gerar alguma dúvida, ficarei muito feliz. Esse diálogo é muito enriquecedor.

Obrigado pela sua participação

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