Nome literário de Luiz Eustaquio de Castro.
É mineiro e autor das obras editadas pela Scortecci: ZERADO (novela), AS INTRODUÇÕES DO PÊNIS, OSSOS DAS FLORES (romance), O MUSEU DA MENOPAUSA (peça teatral), O HOTEL DO PARTO, O NU DA RECORDAÇÃO (poemas).
Novela fictícia cujo personagem de base inspiradora, o “sing writer” Bob Dylan motivou-me dar espaço as palavras e suas variedade na história. O personagem é quem motiva o escritor para narrar.
Inicio esta conversa desta maneira: “Hey, Mr. Dylan, may I have, please, your attention? Here is the ball 161”. Ao escrever esta novela, de cara questionei certos ângulos acerca da arqueologia lírico-literária de Bob Dylan. Ele realmente vendeu a alma? Foi um tido “salesman” quando fazia pelo mundo seus giros musicais? Caso sim, isso não afeta o mérito do seu “Nobel Prize” nem da medalha “Freedom”, recebida das mãos do ex-presidente Barack Obama, e muito menos seu lado humanista e o caráter autêntico de sempre ter sido ele próprio o sangue do seu “track”, inspiradamente extraído para capitalizar as negociações musicais no mundo das estrelas dolarizadas. Nem isso faz desmerecer seu grande potencial para chegar onde chegou. Portanto, ele não vendeu sua alma.
Entrevista
Olá Luiz. É um prazer contar, novamente, com a sua participação na Revista do Livro da Scortecci
Do que trata o seu Livro?A base do livro 161( Bob Dylan entre palavras, portal e portas) é o “song writer” americano, do discutido prêmio Nobel da literatura e ainda ex da Suze Rotolo. Trata-se de uma novela inspirada na Porta Residencial do número 161 localizado na West 4th Street em Manhattan, New York. Foi escrita “morosamente” respeitando o processo normal da sua inspiração, foi guardada na gaveta, despertada e redespertada com a maturidade das ideias e o tempo disponível entre o meu tempo laboral de sobrevivência na “cidade de vidro” com o "coração do dólar.” Tocou-me profundamente (não anedoticamente) o livro de crônicas do poeta Bob Dylan e que através da sua obra detectei que mesmo ele levava tempo cozinhando as suas autenticas ideias. O que hoje em dia torna-se desafio escrever dada a informática onde um livro é produzido em um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito e nove dias dando a impressão de coisa encomendada, fabricada por grupos por detrás do autor para atirá-lo ao market devorador e transformar o “autor programado” num tão somente “bank pig.” E isso dá-me a impressão de que o escritor, nos dias atuais, dada a este exemplo deixou de ser escritor para ser um “hacker.”Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?As minhas ideias sempre surgiram originais de mim mesmo dando tempo ao tempo e não as desesperando nas minhas inspirações como “coisas de louco” ao serem trabalhadas na composição do livro, e não “montadas” o que seria pra mim um absurdo literário e ao público destinado em recebê-las. O escritor tem sempre que dar prioridade ao leitor e não ao market que o forca a comprar. Aliás eu penso que um livro escrito nunca deveria ser posto à venda e sim dado de graça para valorizar melhor o público e a leitura em contrapartida.Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?O meu projeto é continuar inspirado para escrever dentro de um mundo cada vez mais conflitivo em todos os aspectos e tão necessitado do escritor em sua defesa e não para tirar vantagens econômicas sobre as suas obras. Esse e o meu sétimo livro publicado. Nunca vou parar de escrever e isso está escrito nas minhas veias e no meu estômago.O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?Um caos literário. Aliás, o país carece “urgentemente de um simpósio especial e editorial” onde possa discutir esses pontos. Os rumos do escritor brasileiro frente ao grande desafio da dominância dos tidos fechados grandes grupos editoriais com os seus “links” com os também tidos “grandes” grupos editoriais estrangeiros. 2) os tais livros de encomendas, aqueles fabricados com grupos de montagem por detrás do autor e que, visam certas vantagens além das vendas forçadas de atendimento ao market e as tais feiras internacionais do livro usando ser objetivo de intercambio estrangeiro de literatura. O que no fundo e o “banco” que visam e não a arte de escrever. Isso para mim e “bullshit.” Da para ver a verdadeira ocasião na qual se vende livros no nosso país e talvez a única delas em que no país se lê e vende o livro fabricado. Como escritor independente e que me orgulho em ser porque sou despido de certas vaidades devo assim dizer que somente um simpósio editorial poderia nele então fazer valer e reconhecer a arte natural de escrever, o esforço dos escritores, profissionais ou independentes, pois ambos pertencem ao ciclo normal das inspirações e do tempo para desenvolvê-las, dando tempo ao tempo.Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?Creio que tomei conhecimento da existência da editora Scortecci através de uma amiga jornalista que já durante anos trabalha num grupo da televisão em New York sem ter ainda tido a chance de estar atuando nos grandes gruposO seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?Penso que todo livro deve ser lido, não somente o meu, e pelo público que dele afeiçoar-se. Uma questão de cultura pessoal. É isso aí!
Obrigado pela sua participação.
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