Nasci em Belo Horizonte (MG), no dia 3 de maio de 1929. Sou filho de Manoel Dias dos Santos e Laurentina Rodrigues dos Santos.
Sou o mais velho de três filhos de uma família pobre do interior de Minas Gerais. Comecei a aprender a ler e escrever apenas aos sete anos de idade. Estudei em escolas públicas de Belo Horizonte. Gosto muito de ler, principalmente poesia. Ela é o meu ato de fé e a prova de meu amor pela vida. Procura, pesquisa, busca na palavra a mais perfeita forma de louvação do que é belo, do que o seu entendimento possa perceber. Apesar de meus quase 95 anos de vida, continuo como um operário da palavra: Saio sempre ao mundo, amando a poesia. Nela vivo toda a minha inocência. Tenho uma expressa atração pelas coisas simples da vida. Amo a palavra e a defino: Caravela de pluma/onde o vento/sua amarra urde/ como ninfas / nos pomos. Tenho dezoito livros publicados. Ganhei muitos prêmios literários, inclusive o do Instituto Nacional do Livro, com Rio dos Signos, com 3 edições, José Olímpio Editora.
Publiquei os seguintes livros: Poemas (Cuiabá: Igrejinha, 1955), Monchão-Coroado (Belo Horizonte: Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1973), Armas do Tempo (Cuiabá: Edições Universidade Federal de Mato Grosso ? UFMT, 1975), Crepúsculo para a Paz (São Paulo: Editora do Escritor, 1977), Proclama aos Incautos (São Paulo: Editora do Escritor, 1979; Menção Especial no Concurso Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos, Goiânia/GO), Olhos, Peixes Navegantes (São Paulo: Editora do Escritor, 1983), Rio dos Signos (Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1986; Prêmio Literário Nacional do Instituto Nacional do Livro ? INL), Três Mundos: o Poeta (Goiânia: Cerne, 1987; Prêmio Bolsa de Publicações José Décio Filho), Argonauta (Prêmio Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos, 1987, pela Prefeitura de Goiânia; Prêmio Eugênio Coimbra Júnior, pelo Conselho Municipal de Recife/PE, e primeiro lugar em Goiânia/GO, 1988), Lento Exílio (Goiânia: Bolsa de Publicações Cora Coralina, 1988; prêmio regional, categoria poesia, da Fundação Cultural de Mato Grosso, 1988; e prêmio nacional; publicado no centenário de nascimento de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, que passou para a história de Goiás e do Brasil como Cora Coralina, mulher de coragem, sempre estimulando seu coração de fogo, de paixão, de amor e de poesia), Algamar (publicação aprovada pelo Conselho Editorial do Instituto Goiano do Livro ? IGL, 1999), Os cavalos e outros poemas (São Paulo: Scortecci Editora, 2016), Fontes do vento (São Paulo: Scortecci Editora, 2017), Os horizontes abertos (São Paulo: Scortecci Editora, 2018), A poesia gritando em minha vida (São Paulo: Scortecci Editora, 2019), Voando fora das asas (São Paulo: Scortecci Editora, 2020) e Silêncio das horas (São Paulo: Scortecci Editora, 2021)
Poemas com diversos temas. Linguagem simples. O meu estilo procura a concisão e a precisão para conseguir economia de palavras.
Tanto céu e tanto mar
manhã de domingo
e um pássaro que canta
porque tem uma linda canção
ela faz o meu pensamento viajar
em uma dimensão tão profunda
que emociona até a minha alma.
Na imensidão do universo
onde o silêncio se faz eco
a minha alma se liberta
e entoa uma canção perfeita.
Ao longe se pode ouvir
a melodia que canta e encanta
Quem poderia
ter notas tão precisas?
Que faz o corpo
sentir através da alma?
Um sopro de vida, uma canção que cura.
Entrevista
Olá Sr Geraldo. É um prazer contar, novamente, com a sua participação na Revista do Livro da Scortecci.
Do que trata o seu Livro?De poesia que eu gosto sinceramente de lutar com as palavras das coisas simples da vida. A poesia me encanta, porque acalenta o meu coração, provoca felicidade e não me abandona. Acho que todos os poetas tem as benções de Deus.Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?Descobrindo o nascer e pôr do sol, ouvindo o canto dos pássaros, ao amanhecer. Sentindo o cheiro da chuva da terra molhada, e o barulho da chuva no telhado. Um céu estrelado e as fases da lua. O barulho das ondas do mar.Do olhar e sorriso de uma criança. Todos que amam a poesia.Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?Sempre tive um belo convívio com os livros. Li muito e escrevo desde a minha infância.O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?Não é fácil. O Brasil é realmente te um país de poucos leitores.Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?O meu primeiro livro Os cavalos e outros poemas foram publicado em 2016. Publiquei: Fontes do vento, 2017; Os horizontes abertos, 2018; Poesia gritando em minha vida, 2019; Voando fora das asas, 2021; Silêncio das horas, 2021; Sonhos de primavera, 2022; Alegria de viver, 2023 e Canções da alma. Todos pela Scortecci Editora.O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?Acho que sim. O meu trabalho é de concisão e precisão de estilo. Procuro fazer economia de palavras.
Obrigado pela sua participação
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