É observadora meticulosa dos acontecimentos cotidianos, é professora e psicóloga educacional. Filha de imigrantes, sempre carregou consigo quatro grandes paixões: crianças, flores, livros e viagens. No entanto, foi somente quando a pandemia forçou um recolhimento, que sua habilidade latente para a escrita se tornou realidade. As palavras guardadas fluíram como um rio represado, trazendo emoções e narrativas que há muito aninhavam-se dentro dela. Após a publicação deste livro, podemos acrescentar mais uma grande paixão à sua vida: a escrita.
É uma obra onde narrativas e fantasias se entrelaçam com a ficção. A condição de filha de imigrantes infunde em algumas histórias, memórias impregnadas de imagens ancestrais dos que aqui reconstruíram suas vidas. Em alguns relatos, o livro envereda pela obra de outros autores, extraindo de lá novas histórias. Inspirados em experiências de viagens, outros contos descrevem personagens vivenciando situações inusitadas. Assim, de página a página, esta obra nos conduz num labirinto de situações e épocas diversas. Os sentimentos humanos estão todos ali retratados, aguardando o leitor para se juntar aos personagens nessa aventura.
Entrevista
Olá Nadja. É um prazer contar com a sua participação na Revista do Livro da Scortecci
Do que trata o seu Livro?São contos fictícios. Alguns são inspirados em memórias afetivas, enquanto outros se baseiam em histórias de meus antepassados. Esta obra, com sua prosa poética e referências a trabalhos de outros autores, além de relatos de viagens, pinta um retrato dos sentimentos humanos através de personagens com almas inquietas.Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?Contos arquivados há muito tempo, com outros que emergiram durante a pandemia, começaram a se moldar na forma de um livro, graças à minha participação em oficinas e clubes de leitura. As personagens que criei estavam ansiosas para compartilhar suas histórias e eu, uma humilde escritora, senti o dever de publicá-las.Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?Sim, este é o meu primeiro livro. Porém, se considerarmos o sonho de plantar uma árvore e ter um filho, posso afirmar que já plantei mais de uma centena de árvores e sou mãe de quatro filhos, portanto esse não será, com certeza, meu único livro.O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?Acredito que a carreira de escritor não é simples em qualquer parte do mundo, com exceção, talvez, para os que já são amplamente reconhecidos e renomados. A quantidade de leitores no Brasil, apesar de sua vasta população, não é expressiva. No entanto, noto um crescente interesse pela leitura por meio dos Clubes de Leitura, que emergiram durante a pandemia e parecem ter vindo para ficar. Além disso, novas editoras nas redes sociais estão incentivando os jovens a se envolverem com a arte de ler. Os livros digitais, mais acessíveis, também contribuem para esse movimento. Ademais, a escola permanece com uma importância inegável, cultivando o amor pelos livros entre as crianças desde cedo.Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?Conheci a Scortecci Editora através de amigos do meio literário..O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?A resposta é sim, o meu livro definitivamente merece a sua atenção. Dediquei-me a ele com empenho e zelo durante um período considerável de tempo, frequentemente acordando durante a noite para anotar as ideias que vinham à mente. As personagens do meu livro foram minhas companheiras constantes, mesmo durante as viagens. Mantive diálogos com elas, discordei e debati em voz alta, atraindo olhares curiosos. As pessoas se perguntavam: com quem essa mulher está conversando? Considerando toda esta jornada, sim, convido a todos para se envolverem em meus contos. E fiquem atentos, pois novas histórias estão a caminho!
Obrigado pela sua participação
Parabéns querida Nadja! Que seja o primeiro de muitos! Um grande beijo
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