Nasceu em 6 de novembro de 1954, na cidade de Araraquara - SP, onde estudou desde o curso primário até a graduação em Letras, na FFCLA. Entre 1978 e 1991, atuou como professora de língua portuguesa e literatura na rede pública estadual de ensino e concluiu mestrado e doutorado em Educação na Universidade Estadual de Campinas. Em 1991, ingressou como docente e pesquisadora na Unesp – Universidade Estadual Paulista - campus de Presidente Prudente. Atualmente é professora titular na Unesp - campus de Marília. Além de contribuir para a formação de milhares de professores e dezenas de pesquisadores, é autora de livros, capítulos e artigos científicos sobre história da educação, alfabetização e ensino de língua e literatura e recebeu o 54º Prêmio Jabuti – Educação, em 2012. É também autora de textos literários publicados em revistas e antologias, no blog Literatura & Educação e nos livros: Breviário amoroso de Sóror Beatriz – poemas (2019), pela Editora Patuá; e, pela Scortecci Editora, Mulher emudecida – contos (2021); Mulher umedecida – poemas (2020, 2.ed. 2021); Amor a quatro mãos – poemas (2022).
Este é um livro-presente de segundo aniversário de Arthur. Aqui estão registradas em palavras e imagens algumas cenas mais marcantes da relação afetiva entre a avó e o neto. Começa com o anúncio num sonho de primavera, quatro meses antes de seu nascimento, durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19, e se encerra com o menino falando “Vovó”, duas primaveras depois daquele anúncio.
É o primeiro livro de Arthur, mas não é um livro infantil. É um livro de gente para gente, grande ou pequena. Nele, está meu melhor legado – até agora – para meu neto, bisnetos e tataranetos. Nossa história continua e ainda temos muito a contar e a registrar para celebrar a vida.
Espero e desejo que Arthur e cada leitor e leitora gostem de lê-lo tanto quanto gostei de escrever. Certamente cada um poderá, a seu modo e gosto, vivenciar e usufruir a beleza e a delícia da relação afetiva tão especial entre avó e neto contada e imortalizada no livro que nos une.
Entrevista
Olá Maria. É um prazer contar, novamente, com sua participação na Revista do Livro da Scortecci
Do que trata o seu Livro?Em O primeiro livro de Arthur, estão registradas em palavras e imagens algumas cenas mais marcantes da relação afetiva entre a avó e o neto. Começa com o anúncio num sonho de primavera, quatro meses antes de seu nascimento, durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19, e se encerra com o menino falando “Vovó”, duas primaveras depois daquele anúncio. Nele, está meu melhor legado – até agora – para meu neto, bisnetos e tataranetos. Nossa história continua e ainda temos muito a contar e a registrar para celebrar a vida.Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?O livro começou com uma ideia durante uma das muitas viagens para encontrar Arthur e foi concluído para presenteá-lo em seu segundo aniversário. É o primeiro livro de Arthur, mas não é um livro infantil. É um livro com histórias, travessuras e gostosuras de e para gente grande ou pequena, que ama a vida.Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?Há mais de quatro décadas, venho realizando projetos como escritora e poeta, e muitos ainda desejo realizar. Até o momento, publiquei 14 livros (além de dezenas de artigos e ensaios e outros dois livro em fase de publicação) sobre assuntos acadêmico-científicos, resultantes de minhas pesquisas como professora universitária na Unesp - Universidade Estadual Paulista, campus de Marília.Também há mais de quatro décadas escrevo textos literários, muitos ainda inéditos e alguns publicados em revistas, antologias e no meu Blog Literatura & Educação (www.mariamortatti.com.br). Mais recentemente, comecei a publicar livros literários. Até o momento, são estes: Breviário amoroso de Sóror Beatriz – poemas (Patuá, 2019); e, pela Scortecci Editora: a trilogia Essa Mulher, composta dos títulos: Mulher emudecida – contos (2021), Mulher umedecida – poemas (2020, 2.ed. ver. e ampliada, 2021) e Mulher enlouquecida – poemas (2023); Amor a quatro mãos – poemas (2022); O primeiro livro de Arthur – crônicas (2022).O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?Exceto em casos excepcionais, não se consegue mesmo viver exclusivamente de recursos de direito autoral ou atividades afins à atividade do escritor. Os resultados das pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (Instituto Pró-Livro/Itaú Cultural), por exemplo, não são muito animadores em relação ao aumento do número de leitores – aqueles que leram, no todo ou partes, pelo menos um livro nos últimos três meses antes da pesquisa – embora indiquem que é relevante o número dos que leem literatura em diferentes gêneros e modalidades de textos. Mas ainda é baixo o número de leitores, e a leitura ainda é pouco valorizada na vida cotidiana dos brasileiros. Os avanços dependem de melhorias nas condições sociais, econômicas, culturais e educacionais do País. Dependem principalmente de políticas públicas para formação de leitores baseadas na bibliodiversidade, envolvendo autores, editores, gráficos, livreiros, professores, bibliotecários, mediadores de leitura entre tantos outros agentes da cadeia criativa, produtiva e distributiva do livro.Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?Conheço há muito tempo a Scortecci, seja por meio da leitura dos livros que edita seja por meio das pesquisas sobre leitura e literatura que realizo como professora universitária. A experiência, a qualidade editorial e gráfica e o profissionalismo de toda a equipe da editora foram fatores importantes para eu decidir apresentar as propostas de publicação, que foram acolhidas pelo editor. Acompanhando todo o processo de produção, distribuição e divulgação do livro, pude confirmar, com satisfação, o excelente trabalho realizado pela editora.O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?Como todos os textos que escrevo e publico, O primeiro livro de Arthur também foi movido pela paixão pela vida. Espero e desejo que gostem de lê-lo tanto quanto gostei de escrever. Certamente cada leitor poderá, a seu modo e gosto, vivenciar e usufruir a beleza e a delícia da relação afetiva tão especial entre avó e neto contada e imortalizada no livro que nos une.
Obrigado pela sua participação.
Li o livro lentamente. Me emocionei em vários episódios, ao lembrar o quanto sofri longe de minha primeira neta Letícia, que também nasceu longe de mim, no pior momento da pandemia do Covid 19. Assim como a escritora, eu enviava áudio todas as noites para Letícia declamando um poema ou cantando uma canção de ninar para que ela pudesse, de alguma maneira, sentir o meu carinho. Muito obrigada Professora Mortatti por nos presentear com essa belíssima obra que é puro afeto!!!
ResponderExcluirHoje estou trabalhando num empreendimento sobre "A leitura de literatura com bebês na creche". Minha intenção é tornar evidente a importância e a potência da literatura na formação do sujeito. Esta obra é a representação viva daquilo que vou defender na teoria.
Um grande abraço,
Ana Cristina Ayres Motta
Professora universitária, Diretora escolar, Doutoranda em Educação pela Faculdade de Educação da Unicamp, mãe e avó de Letícia, Tomás e Ana Helena