Nome literário de Vanessa da Silva Pereira Rosa.
Com a mente e o coração abraçados pela arte e pela educação, a paulistana Vanessa Rosa formou-se em Ciências Sociais, em 2009, pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), especializou-se em Psicologia Junguiana, em 2014, pela FACIS (Faculdade de Ciências da Saúde) e formou-se em Psicologia pela Universidade Paulista (UNIP) no ano de 2020. Foi docente do Programa de Ensino Integral, de 2015 a 2018 e é efetiva na disciplina de Sociologia na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, além de dedicar-se às suas atividades como poetisa. Em 2016 lançou o livro de poesias, contos e prosa poética intitulado “Nuances”. O livro contou com três bem sucedidos lançamentos: um na célebre Casa da Rosas da Avenida Paulista, em São Paulo, capital. Sua divulgação também foi feliz ao alcançar o extremo sul da cidade. No mesmo ano de 2016, a autora recebeu o Prêmio do 12º Concurso Literário Mario Quintana em Porto Alegre.
Com a mente e o coração abraçados pela arte e pela educação, a paulistana Vanessa Rosa formou-se em Ciências Sociais, em 2009, pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), especializou-se em Psicologia Junguiana, em 2014, pela FACIS (Faculdade de Ciências da Saúde) e formou-se em Psicologia pela Universidade Paulista (UNIP) no ano de 2020. Foi docente do Programa de Ensino Integral, de 2015 a 2018 e é efetiva na disciplina de Sociologia na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, além de dedicar-se às suas atividades como poetisa. Em 2016 lançou o livro de poesias, contos e prosa poética intitulado “Nuances”. O livro contou com três bem sucedidos lançamentos: um na célebre Casa da Rosas da Avenida Paulista, em São Paulo, capital. Sua divulgação também foi feliz ao alcançar o extremo sul da cidade. No mesmo ano de 2016, a autora recebeu o Prêmio do 12º Concurso Literário Mario Quintana em Porto Alegre.
Numa caminhada poética ora firme, ora leve, Insinuações é composto de sessenta poemas e quatro contos inspirados em momentos reais, de desejos e de sonhos, trazendo à tona sentimentos genuínos, em que fica explícito que a autora deseja dividir aquilo que se passa em seu âmago e na superfície da pele. Porém, num determinado momento, diz sem medo algum que “o poeta é um fingidor”, como escreveu Fernando Pessoa. Esta obra permite ao leitor não ficar indiferente, ele encontrar-se-á nela ou minimamente tentará compreender o que se “esconde” dentro dos poemas, seja durante uma “conversa com a lua” ou no “anúncio a ser pago em suaves prestações de poesias”, seja em densas palavras sobre a morte. Em Insinuações, Vanessa Rosa apresenta escritos realizados no período de 2008 a 2021 e que, por sua atemporalidade, podem muito bem fazer parte da história de cada um, hoje e sempre.
Valdyce Ribeiro - Poetisa
ENTREVISTA
Olá Vanessa. É um prazer contar com a sua participação na Revista do Livro da Scortecci
Do que trata o seu Livro?Meu livro atende pelo título de “Insinuações”. O título é uma brincadeira com o nome do meu primeiro livro e anterior, “Nuances”. “Insinuações” envolve poesia, contos e inspirações de haicais tentando unir isso ao potencial comunicativo de ilustrações que buscam ser bem originais em parceria com uma de minhas melhores amigas, Fabiana Ribeiro.Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?Insinuações se dirige ao público adulto. Considero como a primeira coisa que escrevi um poema em meu primeiro livro datado em 09/07/2004, com os seguintes dizeres “Desde ontem não penso mais, / Escrevo poesia sem pegar no papel”. Sempre escrevi sem nenhuma preocupação em publicar, até que um encontro com dois incentivadores Thales Alves e Valdyce Ribeiro que, por sinal, faz a sinopse do livro “Insinuações” me levaram a preparar a primeira publicação e “Insinuações” que é a extensão dela pela qual minha alma se derramou entre brincadeiras, exageros e sofrimentos reais, delírios deliciosos e “punhetagens” intelectuais.Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?Meu nome é Vanessa Rosa, meu caminho pela arte começou por um grupo de teatro chamado “A Fúria”, na Casa de Cultura de Santo Amaro. Neste grupo recebi uma sólida formação literária, à qual, infelizmente, não é comum que uma pessoa da periferia da zona sul de São Paulo, Capão Redondo e Jd. Ângela, obtenha, mesmo se tratando de uma aluna politizada de escola pública como sempre fui. Li Rimbaud, Baudelaire, Bukowski, me encantei com Cecília Meireles, apaixonei-me pela Bossa Nova, em especial pela obra de Vinicius de Moraes, Truffaut... Minha alma se identifica de uma forma pouco casual com a obra de Fernando Pessoa, mas até hoje preciso colar para escrever Ernest Hemingway, encenei Artaud, acostumei-me a visitar inúmeras exposições sem procurar sentidos lógicos deixando apenas que aquelas cores, que aquelas formas atinjam meu (in)consciente. Bom, acredito que dê para perceber que amo o mundo das ruminações intelectuais, de modo que, para o futuro, meu sonho é tornar-me uma intelectual respeitada, porém não respeitada por ter feito algo de um valor vago, desejo servir a sociedade, tal como sonham a maior parte daqueles que têm a primeira formação profissional que eu, ou seja, os Professores Sociólogos de Ensino Médio e, por que não, os da segunda formação, os Psicólogos. Quero através da carreira acadêmica, mestrado, doutorado e o que mais a vida reservar, escrever coisas significativas e acessíveis que possa ajudar as pessoas a serem mais felizes, também como me orienta a doutrina do Budismo do Sol que sigo.O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?Nós, enquanto sociedade civil, devemos exigir de nossos governantes acesso à leitura, porém, é necessário “deselitizar” tal conceito, pois assim como afirmava Paulo Freire, “a leitura de mundo, antecede a leitura da palavra” e se conseguirmos fazer isso, acredito que seja possível também garantir o acesso a publicação para escritores novatos e de mundos diversos. O mercado editorial do Brasil é extremamente restrito e não há políticas sérias para o pequeno escritor ter um respiro. No meu último ano da minha primeira faculdade, 2008, apresentei o Trabalho de Conclusão de Curso intitulado “Leitura em Ciências Sociais: Desvendando suas Nuances na PUC-Campinas” (de onde eu era aluna), no qual constatei que a família do estudante trabalhador - como era o perfil da maioria dos estudantes de lá, que era um curso noturno - não tinha o hábito da leitura de impressos e mesmo dentro da escola - de maioria pública - era difícil achar quem os tivesse referenciado, de modo que quando no primeiro ano tomavam contato com a enxurrada de exigência de leituras, a rotina se modificava radicalmente (e não sem sofrimento), alguns alunos chegavam a dizer que precisavam usar a “pressão” à seu favor. De modo geral, após essa pesquisa tornei-me defensora de uma pedagogia de leitura para o ensino superior que faça mais do que culpabilizar os níveis anteriores e que consiga devolver à leitura em nível profissionalizante o senso de aventura, já que a leitura (de mundo e de impressos) é a principal ferramenta de trabalho de boa parte.Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?Através da minha incentivadora Valdyce Ribeiro, muito embora, meu primeiro livro,”Nuances”, tenha sido feito por outra editora.O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?Até hoje escrevi para me livrar de uma neurose. No conto “Sobre a Felicidade de um Escritor Silencioso” desse segundo livro, abordo essa temática, dizendo, um pequeno ‘spoiler’: “Escrevo para mostrar ao mundo a dor que sinto ao ser eu”. minha terapia me ajudou a superar essa neurose... talvez eu não escreva mais nada poético, acadêmico, certamente sim, mas já me sinto satisfeita, acredito que através das minhas palavras ajudei algumas pessoas a se aproximarem da saída da areia movediça na qual eu me encontrava. Fiz a minha catarse. Me sinto em paz.
Obrigado pela sua participação.
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