Natural de Crato-Ceará, é dentista.
Abaianou-se há mais de 30 anos, pelo amor, pelo carnaval e por tantas outras forças que só se veem na Bahia...
Participação nos seguintes livros:
Mulher nos Cantos e na Poesia ( Mabel Velloso/Claudionora Rocha, 1987) Ilustrações.
Muito Prazer (Liana Barreto / Mabel Velloso, 1988) Ilustrações.
Abrindo a Jaula (Lúcia Regina B.A.Góes / Liana Barreto , 1991 ) Ilustrações.
Cem Horas de Poesia (Coletânea, 1991), Poemas.
Este tão belo livro, nos chega como o orvalho da madrugada. É refrigério e esperança após longas horas de treva. É água fria que nos desperta para percorrer cada dia em tempos de incertezas, medos e absurdo. Muitos de nós, seus leitores, tivemos a oportunidade de ler boa parte dos poemas reunidos neste volume à medida em que eram postados nas redes sociais. Antes e agora, Liana nos dá a mão e seguimos com ela através das noites, dias e madrugadas do inacreditável ano de 2020. Ela o faz com arte, amor e generosidade e nos oferta, transformados em pura poesia, seu olhar sobre a cidade deserta e sobressaltada, suas horas insones, suas mãos fazendo mágica no teclado do celular, suas mais vivas e ternas memórias de infância. A beleza de seus versos transcende as paredes do apartamento de onde mal se vislumbra a lua e o mar e cria Asas na Madrugada: asas de poesia e fraternidade, dando voz à dor e à indignação que são de todos. Ela desvela os sentimentos que se agitavam e doíam em cada um de nós e não conseguíamos colocar em palavras. Ela nos reconecta ao sentido profundo da vida que nos é dada viver, nas horas de alegria ou na agonia. Nada, mas nada mesmo, das muitas páginas que li sobre esses longos meses de pandemia, é mais belo do que os escritos de Liana. Há uma exceção: a própria Liana. Que posso eu dizer da minha priminha que virou minha irmã, como se não houvesse entre nós uma expressiva diferença de idade? Digo que ela é uma pessoa linda, cheia de talentos, amorosa, solidária. Artista e poeta. Liana, inseparável de meu irmão Bado (Alberto Magno), também em meu afeto; mãe de Alexandre e Beatriz, tão queridos; Liana, que inventa e transforma seu ofício, que desenha e pinta (e também pinta o sete); Liana, que cria cirandas de gente e traz todo mundo para mais perto; que também voa na “Oficina dos Anjos” e que tem o dom de fazer rir e adoçar a vida. Espero que, ao abrir este livro tão especial, cada pessoa possa experimentar o que eu própria experimentei ao longo dos dias: que vale a pena, sempre, andar com fé!
Ana Cecília de Sousa Bastos
ENTREVISTA
Olá Liana. É um prazer contar com sua participação na Revista do Livro da Scortecci
Do que trata o seu Livro?O LIVRO DE LIANA: ASAS NA MADRUGADA traz poemas e relatos dos tempos difíceis de pandemia. Quando estávamos aprisionados; corpos, almas e corações e apenas a vontade de dar vida e voz à angústia dessa situação, tão nova e estranha para todos nós, pôde experimentar uma sensação de liberdade nas noites de inquietude e insônia.Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?À medida em que os poemas e escritos foram se acumulando e as pessoas foram tendo acesso a eles através das redes sociais, Instagram e facebook, me vieram a ideia e também o incentivo, por parte dos leitores, de reuni-los em um livro, o primeiro. Há alguns anos participei de uma coletânea de poesias, ilustrei alguns livros... Acredito que ele possa atingir um público diverso, capaz de se identificar com os sentimentos e questionamentos trazidos pela Pandemia, em todos os aspectos da vida humana.Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?Eu sou uma cearense abaianada há muitos anos, dentista. Exerço a minha profissão há mais de 30 anos. Gostaria de escrever o segundo livro, bem antes de plantar uma árvore.... rsrs, mas confesso que o fator TEMPO foi extremamente determinante para que o primeiro acontecesse. A Pandemia trouxe a angústia e o medo como mote, a inspiração surgia de maneira urgente, desesperada. Foi tudo muito intenso. Todavia, ela ainda me ronda e tenta me seduzir, por outros assuntos e atalhos.O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?Não é fácil bancar a publicação de um livro aqui no Brasil, assim como também a sua comercialização. Se pudéssemos contar com algum subsídio, alguma política pública que incentivasse a publicação e distribuição de livros às escolas. Estimular o hábito da leitura desde muito cedo é o caminho. Ter um livro nas mãos é ter a certeza de poder ir mais além.Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?Através de amigos, clientes da Editora.O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?Acredito que O LIVRO DE LIANA; ASAS NA MADRUGADA, é um desabafo coletivo em tempos de Pandemia em que toda a humanidade, pega de surpresa, foi convocada a novos processos e modelos de enfrentamento à vida, assim como também foi um momento único e importante de introspecção e reavaliação de crenças e valores. Por essas razões eu acredito no interesse em sua leitura!Além disso o livro contém ilustrações belíssimas da artista REBECA MATTA e fotos do fotógrafo-arquiteto VITOR BASTOS, lentes ultra sensíveis e poéticas.
Obrigado pela sua participação.
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