18 abril, 2022

Entrevista com Nemer Martins Tarraf - Autor de: MEU NOME NÃO É SOFIA!

Nasceu em São Paulo, em 1979, e formou-se em Medicina em 2004, pela Universidade Metropolitana de Santos; especializou-se em Cardiologia e fez MBA em Economia e Gestão em Saúde.
Como médico, atua como cardiologista e gestor em saúde pública e privada. Há alguns anos idealizou startup na área de reabilitação de pacientes, baseado em inteligência artificial e realidade aumentada, sendo oHead na MG Keeping. Com passagens pelo Exército Brasileiro, atuou como oficial médico em guarnição de fronteira, foi preceptor do Hospital-escola e atualmente é professor universitário, lecionando a disciplina Cardiologia na faculdade de Medicina.
No início da pandemia de Covid-19, juntamente com sua esposa, também médica, e suas filhas, deixou São Paulo e transferiu-se para o Nordeste, para estar na linha de frente contra o coronavírus, atuando como médico plantonista, gestor do departamento de emergência e – sobretudo - pai de família.
Escritor por paixão desde muito jovem, está lançando agora pela Editora Scortecci seu primeiro livro.

Parece título de romance ou novela... mas este livro nada tem de romanceado ou novelístico. Infelizmente, ele é inteiramente baseado na realidade, na mais trágica, sombria e assustadora das realidades.
Por que, então, “Meu nome não é Sofia!”?
Você mesmo, prezado leitor, descobrirá o motivo, quando fizer a leitura deste livro apaixonante, que contém o depoimento dramático e as reflexões de um médico brasileiro empenhado na luta contra o Covid-9.
Não é o livro de um médico, escrito em linguagem médica para outros médicos lerem. É o livro de um ser humano, escrito para outros seres humanos. É um livro carregado de emoção, sem a frieza com que os médicos normalmente se apresentam, para ser lido, saboreado e meditado por todos os brasileiros

Entrevista

Olá Nemer. É um prazer contar com a sua participação na Revista do Livros da Scortecci

Do que trata o seu Livro?
O livro foi elaborado e escrito, em meio a correria de uma médico diretamente envolvido na luta contra a pandemia e seus maus efeitos.
Infelizmente, ele é inteiramente baseado na realidade, na mais trágica, sombria e assustadora das realidades, com uma visão sincera do que foi vivido durante esse período.
Ele contém o depoimento dramático e as reflexões de um médico brasileiro empenhado na luta contra o Covid-19.

Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Há muitos anos eu queria e precisava escrever um livro, falando da profissão médica para o grande público, constituído por leigos, tentando fazer os não médicos entenderem a nós, médicos.
Dessa forma considero uma obra para todos, evitei termos técnicos ou definições mais complexas, para que fosse de entendimento para todos os tipos de públicos.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Escrever é apaixonante, algo viciante! Acredito que seja um de muitos sonhos literários. Acho que escrever é uma forma de expressão maior, algo que transcende o palpável e que traz a tona o impossível. Nossos sentimentos influenciam nossas palavras, servem como pontes entre o que vivemos e o que desejamos. As palavras são fonte de inspiração para aquilo que almejamos. As palavras de um livros são pedaços pequenos de nossa alma e por isso que tenho certeza de minha vontade de continuar nessa trajetória!

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Sabemos da realidade brasileira, mas acho que isso torna mais interessante esse desafio.
A propósito, quem se arrisca com Literatura neste mundo de coisas utilitárias e tecnológicas de hoje em dia, às vezes se vê instigado a responder de bate e pronto: para que serve mesmo a Literatura? A resposta parece óbvia, mas na hora de responder de forma objetiva, acaba-se caindo em "saia justa".
É necessário a passos de formiguinha plantarmos essa sementinha em todos, tornar interessante algo que está sendo aos poucos esquecidos.
A maior vitória vem de dentro, de como conduzimos as adversidades e como podemos tocar o coração dos que nos rodeiam. Isso faz parte da literatura e acho que isso que foi diminuído, a forma como a leitura pode servir como alicerce para a formação do caráter.
A literatura é realmente o único instrumento capaz de mudar os preceitos básicos. Ela não é a salvadora, mas a base para uma melhor e maior avaliação do todo.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Sempre fui de ler muito, talvez minha profissão e minha inspiração sejam partes disso! A editora fez parte de minha minha formação literária através de inúmeras obras que tive a oportunidade de ler e que são de sua finalização editorial e gráfica.
Sendo assim, ciente da qualidade, foi onde encontrei a solução para o desfecho dessa obra.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Usado no contexto moral, "mérito" geralmente indica a situação em que algo ou alguém merece louvor, destaque, reconhecimento ou gratidão. "Ter mérito" significa, portanto, merecer ou ser digno de louvor e reconhecimento.
O homem é feito visivelmente para pensar; é toda a sua dignidade e todo o seu mérito; e todo o seu dever é pensar bem. Acredito que o livro merece ser divulgado, pois mostra como a realidade apunhala os sentimentos e nos faz pensar em como somos grandes, mas em muitos momentos impotentes.
Se minha obra tem "mérito"? Para isso, o desejo de leitura deveria ser de forma espontânea ou qualificando o esforço à custa de muito sacrifício para sua elaboração. Para tal, é necessário que o leitor desperte a curiosidade e de essa chance para a leitura desse livro! No fim, acho que maior que o mérito, será a cumplicidade que cada um vai ganhar junto ao que foi colocado.

Obrigado pela sua participação.

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