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28 novembro, 2021

Entrevista com RegiLuzVieira - Autora de: Crônicas do Cotidiano

RegiLuzVieira
Original da cidade de São Gonçalo, (RJ) é jornalista diplomada, PhD em Comunicação e Semiótica, com Pós-Doutorado em Adm de Empresas; ambos os curso pela PUC/SP. É autora de livros paradidáticos, diversos textos jornalísticos, artigos em revistas acadêmicas. No momento, segue o caminho do Jornalismo Literário com textos publicados em antologias da Editora Scortecci e em seu blog: http://luzesesombrasrmlv.blogspot.com.br. Na capital paulista – onde reside – deu continuidade a sua vida profissional como repórter, redatora e revisora free-lancer. É professora universitária, já tendo lecionado em instituições privadas tanto na capital como em cidades do interior nos cursos de Graduação e Pós-Graduação em Comunicação.

Neste livro estão reunidos textos que se desenvolveram a partir de um olhar observador da autora, enfrentando acontecimentos variados e, ao mesmo tempo, capazes de decifrar luzes e sombras na megalópole paulista. Registram-se aí também alguns relatos de pessoas comuns com suas histórias contagiantes como centelhas inspiradoras num mundo sensibilizado por mudanças impactantes. Estas páginas deixam transparecer a esperança e a confiança num mundo que se transforma em meio à dor e ao sofrimento humano, mantendo viva de diversas maneiras a solidariedade diante de inúmeros contratempos e adversidades sequer imaginadas para este século. O ano de 2020 começou e obrigou todos a desacelerarem, alterando planos e projetos de bilhões de pessoas em todo o mundo. Ainda assim, trouxe um aprendizado de superação dos limites humanos diante dos mais variados desafios em meio ao processo pandêmico global. As histórias de vida aqui reunidas revelam um pouco desse espírito de luta e fé, capaz de tornar concreto o prazer de estar vivo e recriar saídas individuais e coletivas.

ENTREVISTA

Olá Regina. É um prazer contar a sua participação na Revista do Livro da Scortecci

Do que trata o seu Livro?
O livro se divide em 2 partes reunindo crônicas diversas escritas a partir de fatos do cotidiano e observações sensíveis de acontecimentos inusitados numa megalópole como São Paulo. Dentre os temas estão o burburinho da cidade nos fins de semana ou a ebulição diária da Avenida Paulista. A obra apresenta também experiências e histórias de vida que se entrelaçam embora seus autores sejam de idades e profissões diversas. O fio condutor do conjunto das histórias e das crônicas é a presença de valores universais capazes de gerar luz nas sombras e oferecer esperança na sociedade atual neste período pandêmico pungente.

Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
mas que possuíam uma história para contar. A participação em dois ou três cursos de Escrita Criativa na Universidade do Livro, UNIL e ainda outros cursos literários on-line contribuíram para solidificar a ideia e o desejo de recolher numa pequena obra texto publicados no próprio blog.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Como jornalista e também oriunda da vida acadêmica - com artigos e livros paradidáticos já publicados há alguns anos - Crônicas do Cotidiano é a concretização de um sonho num voo solo na área literária, mas certamente não será o único, pois já há outros três em gestação. Como sou bem dinâmica não me detenho na Crônica Jornalística, ainda que seja meu estilo preferido, pois me permite unir Jornalismo e Literatura, que são minhas duas grandes paixões.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Penso que o Brasil é um celeiro de leitores em potencial; no entanto, falta estímulo a literatura, sobretudo nos últimos anos. Não há um projeto nacional que vise estimular ou despertar o desejo de ler. Há muitos projetos e iniciativas em âmbito regional, mas ainda tímidas. Muitas vezes estas iniciativas são pontuais com data pré-estabelecida.
Um exemplo desta iniciativa, que se desenvolvia no subúrbio carioca eram as "trocas literárias" realizadas em pequenos grupos comunitários, nos quais havia troca de livros e comentários orais sobre as leituras realizadas por pessoas de diferentes graus de conhecimento.
Além disso, os jovens leitores hoje preferem os e-book, ao invés do livro impresso que, ganha mais público junto aos adultos. Considero que além de um projeto nacional de estímulo à leitura, é importante também que haja estímulo também da própria família, sobretudo junto às crianças em idade escolar.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Uma amiga participou de Antologias publicas pela Scortecci e considerei interessante a proposta. Também já trabalhei em editoras e pesquisei a respeito. Também tenho amigos e amigas editoras têm contato estreito com diversas editoras. Já participei de diversos lançamentos de amigos em diferentes editoras.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Considero que todo livro merece ser lido até para que, posteriormente seja descartado. Quanto ao meu livro considero que o fato de serem textos surgidos a partir da observação cotidiana numa megalópole como São Paulo seja um bom atrativo, assim como o fato de que não há uma sequência que obrigue o leitor a ir de página em página. É possível ler a partir do título que mais despertou a atenção do leitor em potencial. Outro atrativo são as histórias reais de pessoas que, apesar da pandemia não se deixam abater e experimentam a vida em sua várias nuances, incluindo o serviço solidário àqueles que mais necessitam.

Obrigado pela sua participação.

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