É natural de Belém-PA. Escreve habitualmente desde 1995. Publicou seu primeiro livro em 2005 – Homens e Mulheres em Contos, Amores e Conflitos. Em 2008, o romance Vidas Sobre Vidas. Em 2012, Universo e Vida - Poesia e Prosa, textos em prosa, poemas, sonetos e quadras. Participou como letrista em várias composições musicais: Banzeiros de Amores, Barco Motor Solidão, Você Voltou, Canção De Trazer Saudade, Felicidade Errante, Fica Pra Depois, O Natal Que Desejamos, Caminhada Ao Santuário, Maria Excelsa Mãe, Libertação, entre outras. É associado da UBE – União Brasileira de Escritores.
Título escolhido para este livro refere-se a um espaço gratuito em revistas para anúncios em estímulo à troca de cartas manuscritas entre seus leitores. Para fins de amizade ou casamento, era praxe. Embora eficaz em seu tempo, essa prática ficou para trás e as postagens nos correios atualmente ficam em grande parte restritas ao uso comercial. Correio Sentimental é a décima quarta de um total de dezesseis narrativas. Remonta ao tempo em que a rápida escalada da tecnologia dos meios de comunicação não era sequer imaginada, de tal modo a chegar às facilidades dos dias atuais, das mensagens instantâneas entre pessoas comuns pelo telefone celular com uso do aplicativo WhatsApp.
Evoluem os meios de comunicação, mas sentimentos humanos são imutáveis, sempre conosco estarão e igualmente são abordados em Outros Contos de amor e do cotidiano. Ansiedade, sonhos, fantasias, decepções e alegrias das pessoas em suas relações familiares, conjugais ou de amizade. O conto inicial deste livro é uma paródia, versão burlesca de um episódio da famosa obra literária “O Chefão”, de Mário Puzo. Entretanto o autor fez essa relação com certo comedimento ao retratar o personagem principal afetado por grande sensibilidade. Enfim, são contos que pretendem levar o leitor a uma reflexão sobre o aprimoramento de suas relações com seus semelhantes.
Olá Luiz. É um
prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da
Scortecci do Portal do Escritor.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
É um
livro de contos. Em cada narrativa tento atrair os sentidos do leitor para
transportá-lo a um estado de consciência ligado às emoções dos personagens
envolvidos em tramas de amor, paixão e tantos outros sentimentos aflorados em
situações imaginadas. Apesar disso, não ficam distantes da realidade, pois
derivam da observação do autor na colheita de comportamentos humanos em suas
atitudes e reações com seus semelhantes. Do guardado na memória o autor faz
ideação e cria sua versão em contos. São histórias para leitura de adultos.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Não é
o primeiro. Conservo ainda dois romances de ficção escritos antes deste e não
publicados. Numa sequencia de trabalhos, creio eu, os mais antigos podem ficar
arquivados em computador e esquecidos temporariamente na memória do autor. A
cada revisão podem sofrer alterações, porém com o necessário cuidado a não
causar prejuízo ao tema proposto. Essa tarefa carece de disponibilidade de
tempo e propósito de conclusão. Sobre meus projetos no mundo das letras,
continuarei escrevendo e tentando publicar meus trabalhos desde que meus
limites físico e emocional permitam. Quanto ao plantio de uma árvore já
ultrapassei o ponto de chegada com êxito várias vezes. A respeito de filhos,
estou satisfeito com os que me cercam e apesar de sentir a falta da única
filha, os demais permanecem unidos, em boa convivência. Criar um filho, ver uma
árvore que você plantou crescer e dar-lhe sombra, são metas alcançadas tão
prazerosas ao ser humano, tanto quanto escrever um livro. São sonhos
realizados.
O que você acha da vida de escritor em
um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Na
verdade, haja tempo para ler se levarmos em conta a quantidade de livros
publicados no Brasil, o que nos faz pensar na enormidade de muitos escrevendo
em comparação com os poucos que leem. Na maior parte de nossa população, ou
seja, dos não habituados a ler, há muitos que preferem ficar horas na
comodidade do assento em frente à tevê ou em diversificadas leituras de textos
de pouca ou nenhuma valia, se não espúrios, escritos e publicados levianamente
em redes sociais.
Nesse cotejo podemos dizer que o escritor brasileiro é obstinado em continuar produzindo sua obra, mesmo que seja incontestável o fato da existência de poucos leitores. Ainda que descrentes em mudanças para tempos melhores, escritores nacionais parecem agarrar-se ao estímulo da frase de Pompeu reescrita por Fernando Pessoa: “Navegar é preciso, viver não é preciso”. Tomara em maioria sejam os esperançosos pela superação de um nocivo costume dos brasileiros, o da abstenção do ato de ler e conhecer as obras de seus conterrâneos.
A vida do escritor no Brasil é marcada pela espera do dia em que todos passem a ler com mais frequência. Enquanto isso, vivemos esse grande e preocupante problema. Nada fácil de ser resolvido.
Nesse cotejo podemos dizer que o escritor brasileiro é obstinado em continuar produzindo sua obra, mesmo que seja incontestável o fato da existência de poucos leitores. Ainda que descrentes em mudanças para tempos melhores, escritores nacionais parecem agarrar-se ao estímulo da frase de Pompeu reescrita por Fernando Pessoa: “Navegar é preciso, viver não é preciso”. Tomara em maioria sejam os esperançosos pela superação de um nocivo costume dos brasileiros, o da abstenção do ato de ler e conhecer as obras de seus conterrâneos.
A vida do escritor no Brasil é marcada pela espera do dia em que todos passem a ler com mais frequência. Enquanto isso, vivemos esse grande e preocupante problema. Nada fácil de ser resolvido.
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Através
de pesquisa sobre editoras na internet.
O seu
livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Respondo
com a citação de um trecho copiado do meu livro intitulado Vidas Sobre Vidas:
“Mas, de que me adianta estar num mundo só meu, feito e refeito ao sabor dos
meus desejos, se ninguém além de mim, dele possa compartilhar? Se não posso
chamar quem eu quero para nele adentrar como meu convidado, e a este dizer: –
Entra, fica à vontade, vem desfrutar deste meu recanto, aqui, onde recebo com
alegria os meus amigos?”. (MAIA, 2012, P. 22)
Neste caso o livro representa o meu mundo e o convidado é o leitor.
Neste caso o livro representa o meu mundo e o convidado é o leitor.
Obrigado pela sua participação.
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