Filho mais velho, nasceu em Bilac, interior de São Paulo. A família, por questões de ordem financeira, fixa-se na cidade de Pereira Barreto, onde o pai torna-se o responsável por uma chácara de criação do bicho-da-seda e plantação de amoreira. Anos mais tarde, já com quatro filhos, a família migra para a capital em busca de uma vida melhor, principalmente em relação aos estudos dos filhos. Estudou em escolas estaduais e federais. Aprendeu o ofício de tipógrafo (artes gráficas) na Escola Técnica Getulio Vargas, no Brás. Outros cursos feitos: ginasial noturno no Fernão Dias Pais, colegial no José Lins do Rego, cursos livres de torneiro-mecânico; Equipe Vestibulares, Objetivo e finalmente, Comunicações –– Polivalente-cinema da FAAP nos anos 1970. Trabalhou como motoboy, fotógrafo, laboratorista de filmes branco e preto e em cores. No início da década de 1990, foi decasségui durante seis anos no Japão. Atualmente, está aposentado e trabalha em escritório.
Essa é a estória de várias pessoas que migraram de outros Estados para São Paulo, cada uma, trazendo dentro de si, sofrimentos acumulados. Não que a cidade grande seja a solução e nem que a cidade pequena tenha sido a culpada por ser provinciana, mas sim, as circunstâncias excepcionais que cada uma passou em seu ambiente peculiar. E os maiores causadores: desemprego, preconceito, mau relacionamento entre pessoas e banditismo sem punição, no qual, alguns elementos fora-da-lei conseguiram chegar até a velhice e morrer sem que a lei os tenha descoberto.
Cida é ingênua, menor de idade, e sem saber, refém do trabalho escravo; Zefa, vítima da violência por um acidente casual; Laurinda, vítima da sua própria liberdade; Gerusa, vítima de um sonho de casamento perfeito e Antonio, vítima do desemprego e da tecnologia. Esses personagens almejam um sonho maior para continuação da sobrevivência: a aposentadoria.
Olá Akio. É um
prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da
Scortecci do Portal do Escritor.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
São
personagens de vários estados do Brasil que migram para as metrópoles em
consequência das dificuldades financeiras, desemprego e da famigerada estiagem
que assola a região nordeste do Brasil. Também de muitas pessoas que se tornam
retirantes da sua própria terra natal para realização de seus sonhos pessoais
na cidade grande. Há um personagem, mesmo nascido na metrópole passa por
dificuldades de toda espécie, principalmente do desemprego. A Ideia de escrever
um livro proveio desde a juventude quando lia livros de bolso tipo FBI,
faroeste e até fotonovela (escrito por brasileiros e não conhecimento desse
fato). No decorrer da vida, notei que havia passado e captado muitos casos
interessantes e surpreendentes com situações cômicas, na qual, gerou o primeiro
livro: Paxá. Isso, graças à chegada da internet, no qual conheci apenas no ano
de 2005, o que germinou a minha ideia de escrever. Adotei o blog especialmente
para armazenar situações e que serviu como rascunho e mais tarde, como
estrutura para o futuro livro escrevendo ininterruptamente sem revisar e sem ao
menos corrigir os erros de português. O importante era não perder a ideia. O
livro é destinado ao público em geral, ou seja, jovens, adultos e aposentados.
O tema de “Inesperada reunião...” se passa nos meados do século XX até os dias
de hoje.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Não
há projeto. Mas a minha intenção é escrever mais dois livros para armazenar em
papel estórias em forma de ficção que estão na minha cabeça. O meu sonho
verdadeiro é que as estórias sejam adaptadas para o teatro ou cinema, principalmente
o capítulo 08 - DOCES AMARGOS, meu xodó. Já plantei algumas árvores, tenho duas
filhas e um enteado. A “INESPERADA REUNIÃO...” é o segundo livro. O primeiro é
“PAXÁ, O APOSENTADO ATIVO”.
O que você acha da vida de escritor em
um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Não
me considero um escritor. Sou mais um contador de estórias. Na minha visão,
para ser escritor de verdade, tem que ser um gênio. As palavras de um
verdadeiro escritor são escolhidas com esmero de um joalheiro garimpando
palavras brilhantes do início ao fim com uma lapidação estética impecável. O
meu livro é de entretenimento.
Infelizmente, aqui no Brasil há poucos leitores de livros. Há sim, muitos leitores de redes sociais, no qual faço parte. E quem quiser fazer parte da rede social terá a obrigatoriedade de se alfabetizar. Aprendem-se muitas coisas nas redes sociais. Removem a solidão das pessoas solitárias, aguça opiniões e você assiste aos vídeos extraordinários. É claro, participar sem exageros. Às vezes passa na minha cabeça que as redes sociais ocuparam o lugar de leitores de livro. Sou um deles: diminuí a leitura de livros. Fico uma hora e meia na rede e escandalosamente leio apenas um capítulo por dia. Creio que no Brasil, um escritor não pode esperar boas expectativas de venda, por isso, em primeiro lugar, é importante estar empregado para sua sobrevivência. E depois, no plano B da vida, escrever o livro por amor à escrita como se gerasse um filho, que seria no meu caso pessoal. E também uma satisfação enorme de deixar um legado sem vantagens materiais. É obvio que se o livro vendesse bem estaria realizado. A leitura será valorizada quando as escolas públicas aderirem ao sistema antigo de aulas de literatura: leitura obrigatória de livros de escritores clássicos como José de Alencar, Gonçalves Dias, Castro Alves, Cecília Meirelles, e muitos outros avançando até terminar o fundamental com Machado de Assis, Guimarães Rosa, Eça de Queiroz, Clarice Lispector e outros notáveis.
Infelizmente, aqui no Brasil há poucos leitores de livros. Há sim, muitos leitores de redes sociais, no qual faço parte. E quem quiser fazer parte da rede social terá a obrigatoriedade de se alfabetizar. Aprendem-se muitas coisas nas redes sociais. Removem a solidão das pessoas solitárias, aguça opiniões e você assiste aos vídeos extraordinários. É claro, participar sem exageros. Às vezes passa na minha cabeça que as redes sociais ocuparam o lugar de leitores de livro. Sou um deles: diminuí a leitura de livros. Fico uma hora e meia na rede e escandalosamente leio apenas um capítulo por dia. Creio que no Brasil, um escritor não pode esperar boas expectativas de venda, por isso, em primeiro lugar, é importante estar empregado para sua sobrevivência. E depois, no plano B da vida, escrever o livro por amor à escrita como se gerasse um filho, que seria no meu caso pessoal. E também uma satisfação enorme de deixar um legado sem vantagens materiais. É obvio que se o livro vendesse bem estaria realizado. A leitura será valorizada quando as escolas públicas aderirem ao sistema antigo de aulas de literatura: leitura obrigatória de livros de escritores clássicos como José de Alencar, Gonçalves Dias, Castro Alves, Cecília Meirelles, e muitos outros avançando até terminar o fundamental com Machado de Assis, Guimarães Rosa, Eça de Queiroz, Clarice Lispector e outros notáveis.
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Não
tinha conhecimento da existência da Editora Scortecci. Pesquisei no Google –
Escola do escritor e nem ideia como publicar um livro e nem começar como. E
aprendi que a feitura de um livro não é individual. É um trabalho de equipe:
contratação de revisoras: Nicéia, Ana e Sandra (obrigado!); agradecimentos à
Ana Cristina Mendes e ao Rui Sá pela sugestão do diagrama de personagens de
“Uma inesperada reunião...”). O pagamento para a editora faz jus porque
compromete na feitura da capa (obrigado Daniela Jacinto!); diagramação (grato
Luiz Fernando) e a impressão do livro e divulgação.
O seu
livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
O meu
livro merece ser lido porque é fácil de ser lido. A minha intenção é entreter o
leitor. Há algumas partes divertidas e outras sérias. Não há mensagem, mas há
sinais sutis do destino que às vezes interfere na vida de várias maneiras e até
surpreendentes na vida real.
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