Nasceu no sítio Canadá, município de Redenção (CE) e foi registrado em Maranguape, terra do historiador Capistrano de Abreu e do humorista Chico Anysio. É pós-graduado em Língua Portuguesa. Já tem dez livros publicados, metade deles de poesia:
Poesia para a Garotada, A Mulher em Sonetos, Trovejo de Trovas, Clarinada de Sonetos, As Figuras de Estilo e Termos afins, Expressionário de falas populares.
Em seu décimo primeiro livro - mais um de poemas -. João Gomes da Silveira apresenta-nos uma obra com a seguinte arquitetura: 45 sonetos na primeira parte, 15 sonetilhos (versos com métrica menos que de eneasílabos) na segunda e, alternadamente, na terceira parte do opúsculo, 15 rondéis e 15 indrisos. Trabalho eclético, que vai do lírico ao mais genérico; ou seja, obra de temática bem diversificada, a fim de adequar-se à multiplicidade de gostos do leitor de poesia. E por que P o e m a ç õ e s? É ele que nos conta: "minha filha, ainda criança, vendo-me à mesa, a rabiscar algo, me pergunta: - Pai, tá fazendo aí umas poemações? Criança também cria neologismos".
Olá João. É um
prazer contar, novamente, com a sua participação no Blog Divulgando Livros e
Autores da Scortecci do Portal do Escritor.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
O
livro atual - “Poemações: Sonetos & outros poemas” - é de poesia. Trabalho
eclético, de temática bastante variada. Compõe-se de sonetos, sonetilhos, rondéis
e indrisos. Como rodapés de página, nos 45 sonetos inserimos igual número de
haicais e, nos 15 sonetilhos, igual quantidade de poetrix. Estes servem como
petiscos para o leitor (risos). Na parte final, alternam-se os rondéis e
indrios, num total de 30 poemas. Sigo um sítio literário, o Recanto das Letras,
já faz alguns tempos, e lá, quase diariamente, faço inserções de textos em
prosa e em versos; daí a ideia de enfeixar esta e outras obras já publicadas.
POEMAÇÕES é um texto destinado a todos os diletantes de literatura, em especial
aos amantes da poesia.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Trabalhei
como técnico de laboratório, depois no Magistério. Como professor de Língua e
Literatura, sempre garatujava poemas, crônicas, artigos e “causos”. Mas não
tinha a veleidade de me tornar um escritor. Com mais de uma dezena de edições
tiradas a lume, ainda assim me considero um simples e modesto escrevinhador.
Escritor é algo de muita responsabilidade. Com o presente livro, só pela
Scortecci, este é o sétimo; existem mais quatro impressos por duas outras casas
publicadoras. As publicações têm sido entre linguagem / linguística e poesia.
O que você acha da vida de escritor em
um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Não é
fácil, no Brasil, seguir a carreira de um escritor profissional. O País se
ressente de possuir um modesto poder aquisitivo e o coletivo da população se
preocupa mais é com o “de comer” do dia a dia. Por outro lado, os incentivos à
Cultura, de modo geral, são ainda pífios e a divulgação editorial também não é
das melhores. E os ledores mais esnobes preferem valorizar as “buchadas” de
importação. Chego numa grande livraria de Fortaleza, que tem filiais em todo o
Brasil, e o que vejo? Uma pouco alentada estante de literatura nacional e cinco
outras com farta livrança estrangeira.
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Creio
que foi a internet que me repassou a dica sobre a existência da Scortecci
Editora. Aqui cheguei, fui ficando e, como assinalei supra, estou no sétimo
volume pela Scortecci. Tem “know-how”, é responsável, sabe bem publicar obras
em papel.
O seu
livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Todo
escriba, vaidades à parte, almeja sinceramente que seus escritos sejam bem
divulgados e lidos. Penso que os amigos que nos lerem sentir-se-ão
contemplados, sim. E não estarão a pôr no ralo os seus reais deixados à
livraria. Imagino que o gosto e o prazer - lá deles - pela poesia, levando-se
em conta seu engajamento para com a literatura, estes gosto e prazer são bem
mais imperativos que a tentação de nos passar um pito e nos reprovar o esforço
do empreendimento e da feitura do livro (risos). O que deixo de mensagem
especial é o mesmo que digo sempre de mim para mim mesmo: a leitura só nos
elastece em conhecimentos e enobrece o espírito. E, portanto, leiamos sempre,
mas com a alma genuflexa.
Obrigado pela sua participação.
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