Nasceu em Santa Catarina, em 1970. Doutor em engenharia, envolveu-se desde muito cedo com as letras e a literatura, ganhando um concurso de redação entre escolas públicas quando tinha nove anos. Diante das montanhas é seu primeiro livro de romance publicado.
Uma cidade do interior, agraciada por sua beleza natural, é conduzida por seus fundadores a um padrão de comportamento que exalta a tranquilidade como principal atributo. Tudo segue como planejado, até a chegada do idealista Victor ao histórico Camping Centenário para uma breve temporada. Envolvido pela energia da natureza ao seu redor, encontra-se por acaso, ou destino, como prefere acreditar, com uma ilustre moradora, insatisfeita com a apatia generalizada que influencia as pessoas e sua própria felicidade. Em pouco tempo, o relacionamento evolui para uma paixão, que, improvável sob todos os aspectos, dá início a uma série de acontecimentos que farão ruir os alicerces de uma sociedade provinciana, construídos por mais de um século.
O enredo trabalha os valores geracionais do início dos anos 1980, fortemente influenciados pelos anseios de liberdade buscados nas duas décadas anteriores. O inusitado encontro do casal é o ponto de partida que modifica radicalmente aquilo que os líderes locais desejavam como perpétuo, similar ao estopim das grandes revoluções.
Olá Joselito. É um
prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da
Scortecci do Portal do Escritor.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
Meu
livro conta a história de uma pacata cidade do interior, em 1982, programada
desde sua fundação a proporcionar aos seus habitantes muita tranquilidade e
previsibilidade. Esta condição, percebida ao longo do livro como algo planejado
para o privilégio dos seus líderes, é ameaçada por um forasteiro idealista que
conhece e se apaixona por uma ilustre moradora. A partir desse encontro, as
bases que sustentaram por séculos o provincianismo da cidade, começam a ruir,
possibilitando um novo renascimento da região.
Minha história com as letras e a literatura vem de muito tempo. Qualquer passagem de minha vida que rememoro, o livro, a leitura, estão sempre presentes. Daí a vontade de algum dia publicar, pois o ato de escrever sempre foi muito forte em minha carreira profissional. A ideia deste enredo, veio-me quando estava no caminho de San Tiago de Compostela. O cenário, os personagens e suas características, brotaram com impressionante nitidez a partir desse momento.
Sinceramente, não tenho clareza para qual público especificamente meu livro se destina. Talvez, por retratar fatos relevantes do fim da década de 70 e início dos anos 80, as pessoas que como eu, são saudosas desse tempo, possam se interessar.
Minha história com as letras e a literatura vem de muito tempo. Qualquer passagem de minha vida que rememoro, o livro, a leitura, estão sempre presentes. Daí a vontade de algum dia publicar, pois o ato de escrever sempre foi muito forte em minha carreira profissional. A ideia deste enredo, veio-me quando estava no caminho de San Tiago de Compostela. O cenário, os personagens e suas características, brotaram com impressionante nitidez a partir desse momento.
Sinceramente, não tenho clareza para qual público especificamente meu livro se destina. Talvez, por retratar fatos relevantes do fim da década de 70 e início dos anos 80, as pessoas que como eu, são saudosas desse tempo, possam se interessar.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Tenho
a literatura como algo vocacional. Se você realmente pretende escrever e publicar,
isso irá lhe acompanhar pela vida, não importa quanto tempo demorar. Aconteceu
comigo, o “Diante das Montanhas” é meu primeiro livro e, embora um sonho
presente, demorou a tornar-se realidade, devido outras atividades profissionais
que exerci para a subsistência financeira. Enquanto isso, as letras estiveram
sempre gritando por seu espaço, em tamanho garrafal. E, se levei tanto tempo
para essa dedicação, agora é hora de colocar toda energia nesse novo momento,
ou seja, mais livros virão por aí.
O que você acha da vida de escritor em
um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
A
realidade editorial não motiva a profissão de escritor no Brasil. Infelizmente.
Para mim, isso desvenda o cerne dos nossos problemas como nação. Um país onde
sua população tem pouco interesse pelas artes, seja qual for sua forma de
expressão, que valoriza primordialmente valores que não nutrem os aspectos
culturais de sua formação, inverte seu poder de reivindicação para o que não é
edificante em termos de sociedade. Mesmo com essa dificuldade, acho que o
escritor, pela vontade de com sua obra mudar essa realidade, deve persistir em
sua função. Considerando que um escritor, antes de alcançar seus leitores,
escreve fundamentalmente para si.
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Foi
por indicação de quem conhecia os trabalhos da Scortecci. Com o livro pronto,
iniciei a fase mais difícil para um autor não publicado, encontrar uma editora.
Prospectando agentes literários para me ajudar na tarefa, descobri que essa
figura no atual mercado editorial está se remodelando, difícil de encontrar nos
moldes convencionais. Cheguei então à pessoa da Angélica Ayres, a qual sou
muito grato, com grande experiência no segmento editorial, que sugeriu o trabalho
da Scortecci.
O seu
livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
O
“Diante das Montanhas” é um trabalho de dois anos em que me esforcei para
quando chegar ao leitor, possa dar prazer momentâneo e somar algo novo e bom
para vida dessa pessoa. Aliado ao desejo de escrever, essa foi a intenção que
me levou a publicar e espero que meu livro desperte o interesse pela história
nele contida e pela leitura da obra de qualquer outro escritor.
Obrigado pela sua participação.
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