Nome literário de Paloma Dalbon de Aguirre
Pode não ser chamada de uma pessoa triste, mas tampouco de imensamente feliz. Estuda desenho há mais de dez anos, tendo começado a se interessar pela área ainda bem pequena. Formou-se em Publicidade e Propaganda e, logo após, com o intuito de realizar seu grande sonho de trabalhar com livros, Design Gráfico. Hoje está se especializando em Design Editorial. Já participou como ilustradora, diagramadora e capista em diversas publicações infantis e não infantis. Eterna criança, sempre se diverte com seus trabalhos e adora viajar pelos livros que lê, projeta e, de vez em quando, escreve.
Os textos contidos neste livro são essencialmente desabafos por momentos de rancor, tristeza, raiva... São a compilação de sentimentos incompreendidos até mesmo pela própria autora, que na poesia encontrou uma válvula de escape para as sombras que a perseguiram durante sua vida e agora, depois de anos de inércia, voltam a atormentá-la.
"Prantos da alma é um conjunto de poesias de escrita simples, porém grandiosa em suas palavras, para retratar as inúmeras manifestações pessoais de uma escritora movida pelas perturbações de seu tempo. Sua densa atmosfera sentimentalista impulsiona o leitor a se deparar com um mundo cheio de cicatrizes, das mais rasas às mais profundas." - Belisa S. A. França
"(...) Prantos da Alma é um livro encharcado de dor. As lágrimas que dele escorrem, ora contidas a custo, ora furiosas ao extremo, avolumam-se e formam um rio caudaloso que muda a paisagem de quem nele se arrisca. A indiferença não é opção." - Paola Mariz
Olá Paloma. É um
prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da
Scortecci do Portal do Escritor.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
Foi
através dessas poesias que encontrei uma forma de refletir sobre mim e pelo que
passei. Por muito tempo, foi no papel que encontrei um confidente para o que
estava sentindo.
Essa já é a 2ª vez que reúno estes textos, mas a 1ª que realmente publico de verdade.
Espero que, com esse livro, eu possa ser capaz de ajudar algumas pessoas. Seja mostrando que elas não estão sozinhas e não precisam sentir vergonha pelo que estão passando, ou revelando um pequeno aspecto do que se passa na mente de alguém com este tipo de problema, para aqueles que nunca passaram ou sequer tiveram contato com algo semelhante, de modo que possam refletir e compreender melhor a situação.
Se quiserem saber mais, ou dar uma olhada nos previews das ilustrações, podem acessar o site: www.prantosdaalma.tk.
Essa já é a 2ª vez que reúno estes textos, mas a 1ª que realmente publico de verdade.
Espero que, com esse livro, eu possa ser capaz de ajudar algumas pessoas. Seja mostrando que elas não estão sozinhas e não precisam sentir vergonha pelo que estão passando, ou revelando um pequeno aspecto do que se passa na mente de alguém com este tipo de problema, para aqueles que nunca passaram ou sequer tiveram contato com algo semelhante, de modo que possam refletir e compreender melhor a situação.
Se quiserem saber mais, ou dar uma olhada nos previews das ilustrações, podem acessar o site: www.prantosdaalma.tk.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Bom,
já começa que "filhos nem pensar". No estado emocional em que me
encontro, apenas iria acabar transmitindo todo o meu rancor e agonia para a
minha prole, tornando-os tão infelizes como eu. Ninguém deveria colocar mais
uma pessoa no mundo só pra dizer que colocou.
Também não sou muito boa com plantas, então só me restam os livros mesmo.
Já publiquei diversas obras como ilustradora, diagramadora e capista, mas tenho vários outros projetos de romances e HQs que planejo publicar. Este livro foi apenas uma expurgação dos sentimentos que acumulei durante a vida e não deveriam ser ignorados por mim, nem pela sociedade. Uma coletânea dos textos que utilizei como terapia ocupacional em uma tentativa vã de impedir minha automutilação (emocional e física). Não que tenha funcionado muito, na maioria das vezes você esta tão mal que nem consegue segurar o lápis na mão.
Também não sou muito boa com plantas, então só me restam os livros mesmo.
Já publiquei diversas obras como ilustradora, diagramadora e capista, mas tenho vários outros projetos de romances e HQs que planejo publicar. Este livro foi apenas uma expurgação dos sentimentos que acumulei durante a vida e não deveriam ser ignorados por mim, nem pela sociedade. Uma coletânea dos textos que utilizei como terapia ocupacional em uma tentativa vã de impedir minha automutilação (emocional e física). Não que tenha funcionado muito, na maioria das vezes você esta tão mal que nem consegue segurar o lápis na mão.
O que você acha da vida de escritor em
um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
No Brasil
a CULTURA, de um modo geral, não é valorizada. As pessoas não enxergam um
escritor, ilustrador, artesão, etc como um trabalhador.
Muitas vezes irão lhe perguntar "O que você faz?" e você responde "Sou designer/ilustradora" que é recebido com um "Nossa, que legal! Mas o que você faz pra sobreviver? No que você trabalha?". Como se anos de estudo, treino, horas mal dormidas e empenho não fossem suficientes para considerar uma profissão que envolve cultura um trabalho digno.
Não se vive de escrever aqui no Brasil, onde as grandes editoras só apostam em best sellers e autores renomados. Algo que difere grandemente de países como os EUA, onde escritores ganham salários para escreverem livros. Não que lá seja perfeito, a lei de direitos autorais daqui é mil vezes melhor, ao passo que lá (EUA) é muito fácil você perder o direito sobre suas obras.
Muitas vezes irão lhe perguntar "O que você faz?" e você responde "Sou designer/ilustradora" que é recebido com um "Nossa, que legal! Mas o que você faz pra sobreviver? No que você trabalha?". Como se anos de estudo, treino, horas mal dormidas e empenho não fossem suficientes para considerar uma profissão que envolve cultura um trabalho digno.
Não se vive de escrever aqui no Brasil, onde as grandes editoras só apostam em best sellers e autores renomados. Algo que difere grandemente de países como os EUA, onde escritores ganham salários para escreverem livros. Não que lá seja perfeito, a lei de direitos autorais daqui é mil vezes melhor, ao passo que lá (EUA) é muito fácil você perder o direito sobre suas obras.
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Na
verdade, eu trabalho lá. Sou responsável pela produção do livros infantis e
ajudo no setor de capas..
O seu
livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Não
poderia responder nada diferente de "sim", não é mesmo?
Mas falando sério agora: Muitas pessoas passam por algo semelhante ou pior do que eu passei, tive colegas que foram muito mais sucedidas em tentativas de suicídio do que eu.
A sociedade trata este assunto com repudia e medo: Tentam varrer para debaixo do tapete tudo o que não condiz com o mundo perfeito que criam em suas cabeças: Pais que não querem admitir que o filho tem problemas, amigos que largam mão uns dos outros por falta de resposta/contato, falta de empatia pelo sofrimento alheio.
Não é por que você teve uma vida linda e perfeita que todos tiveram. Você não precisa se sentir culpado ou responsável, basta não desmerecer a doença, como vejo muitas pessoas fazendo: "É só uma fase", "é mimimi", "se levantasse da cama, melhorava", "nunca passei por isso, não sei pra que o drama!", "se quisesse se matar de verdade, pulava logo de uma ponte" (essa última foi dita para mim diretamente, as outras li em fóruns de discussão sobre o assunto).
As pessoas precisam deste, e de muitos outros, tapas na cara para acordarem. Para pararem de fingir que o problema não existe. Pois ele esta aí, consumindo a mente de nossos filhos, irmãos, amigos, mães, pais, tios e tias. Basta você começar a prestar atenção a sua volta.
Mas falando sério agora: Muitas pessoas passam por algo semelhante ou pior do que eu passei, tive colegas que foram muito mais sucedidas em tentativas de suicídio do que eu.
A sociedade trata este assunto com repudia e medo: Tentam varrer para debaixo do tapete tudo o que não condiz com o mundo perfeito que criam em suas cabeças: Pais que não querem admitir que o filho tem problemas, amigos que largam mão uns dos outros por falta de resposta/contato, falta de empatia pelo sofrimento alheio.
Não é por que você teve uma vida linda e perfeita que todos tiveram. Você não precisa se sentir culpado ou responsável, basta não desmerecer a doença, como vejo muitas pessoas fazendo: "É só uma fase", "é mimimi", "se levantasse da cama, melhorava", "nunca passei por isso, não sei pra que o drama!", "se quisesse se matar de verdade, pulava logo de uma ponte" (essa última foi dita para mim diretamente, as outras li em fóruns de discussão sobre o assunto).
As pessoas precisam deste, e de muitos outros, tapas na cara para acordarem. Para pararem de fingir que o problema não existe. Pois ele esta aí, consumindo a mente de nossos filhos, irmãos, amigos, mães, pais, tios e tias. Basta você começar a prestar atenção a sua volta.
Obrigado
pela sua participação.
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