01 setembro, 2018

Entrevista com Francine Machado - Autora de: A PIRUETA DA BAILARINA FOFINHA

Nome literário de Francine Machado de Mendonça.
É arte educadora, produtora cultural, escritora e contadora de histórias. Trabalha no Ensino de Jovens e Adultos de Santo André, dá formações em creches, faz projetos literários e narrações dramatizadas em escolas, centros culturais, livrarias, Sescs, feiras, sábados folclóricos, mês das crianças, cursos de férias, fundações, parques, associações, praças, comemorações, institutos, oficinas, eventos, asilos, lançamentos e paradas pedagógicas. Tem uma gatinha, ama dançar e viajar.

Lola mora numa cidade pequena e está numa expectativa tremenda para ver pela 1ª vez uma apresentação de balé. Cai de amores pelos sons, figurinos, bailarinos e dança dos dançarinos. Fica ansiosa pela abertura das escolas de balé que as bailarinas contam que chegarão em sua cidade, mas ao visitá-las meses depois... Enfrenta barreiras inesperadas para estudar nelas! Seu sonho ou esse bullyng falarão mais alto? Uma fábula sobre os sonhos infantis e como professores, familiares e artistas podem estimulá-los.




Olá Francine. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.


Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Lola mora numa cidade pequena, vê o balé pela primeira vez, quer aprender, mas sua cidade ainda não tem escolas de dança. Quando elas abrem e as procura, é recusada por ser considerada gordinha. Mas como ensaiava às escondidas, se revela no coreto local e parece que as professoras das escolinhas de balé podem mudar de ideia...
Quis escrevê-lo após ler uma menininha do interior escrever após reforço escolar que quando viu a dança, resolveu trabalhar com aquilo pois no palco estava a paz que ela precisava para entender o mundo, ouvindo amigas da área que foram preteridas ao verem seus corpos se transformarem após a adolescência e quando assisti uma bailarina fora dos padrões insistindo em ensaiar, mesmo sem conseguir fazer todos movimentos. Isso decantou em mim por um bom tempo até parir a obra, na qual também quis destacar como professores são decisivos incentivando sonhos infantis.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Já escrevi Guardião da Cidade, pela Evoluir e participei das coletâneas Prosa/Poemas, Enredos e Desenredos e Meninas Super Poéticas IV, pelas editoras Guemanisse e Beco dos Poetas. Além disso dou aulas de artes, conto histórias e faço projetos culturais, muitas vezes incentivando escrita das crianças, escuta de memórias dos mais velhos, vivências artísticas, brincar e uma relação mais lúdica com as letras e a interpretação. Se Buda quiser será o primeiro de muitos! Os filhos são minhas obras e os projetos também. Quanto às árvores, pela memória da minha mãe, eu e as crianças do bairro botamos a mão na massa nos jardins da região do Sacomã, em São Paulo. Espero nunca parar esta produção, já que é uma das minhas grandes paixões. Escrevo desde pequena, nem tudo publiquei, mas participei de concursos de livrinhos artesanais crianças e fui jornalista antes. Me parece que quem escreve nunca está só.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
É tanto trabalho de formiguinha quanto o que fazemos em sala de aula ou nas artes cênicas - dou aulas de artes para jovens e adultos em Santo André, além de fazer narrações dramatizadas em colégios, teatros, feiras, livrarias, bibliotecas, centros culturais etc. Num momento de aperto, corte de verbas e desvalorização da arte, literatura e educação podemos até nos entristecer, mas são os retornos dos leitores, alunos e públicos que nos movem (além da nossa imaginação, claro). Os abraços, risos, retornos, histórias, escritas, agradecimentos e aprendizagens após leituras, aulas e narrações que nos levam adiante. Fazemos por amor, mas obviamente sonhamos e batalhamos por maior reconhecimento.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Já havia os procurado oferecendo contação de histórias e tempos depois soube por e-mail da possibilidade de publicação e participação na Bienal, um evento com o qual tenho ligação afetiva (gastei meu primeiro salário nele, já tietei muito escritor e vi atividades incríveis nela).

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Sim! Ele trata poeticamente dos sonhos infantis, do bullyng, apoio dos mestres aos desejos das crianças e gordofobia, sempre de modo lúdico, abordagem que tenho sentido funcionar com os pequenos. A obra não é só para eles, adultos têm me escrito se emocionando após sua leitura. Penso que vale pois muitos de nós precisa não só resgatar seus sonhos, mas também acreditar neles, como Lola, a protagonista.

Obrigado pela sua participação.

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