Nome literário de Vanderley Hermógenes Sampaio Junior.
Nasceu em Garça (SP), no ano de 1972. Começou a escrever poesia na adolescência, quando também mergulhou no teatro como ator amador. Jurando que iria voltar, "pediu um tempo" às artes cênicas, para cursar Jornalismo na Unesp, em Bauru (SP). Descumpriu sua promessa e seguiu a vida sem palcos, atuando como jornalista por nove anos e depois como servidor público. Mudou-se para São Paulo (SP) e formou-se em Direito pela USP. Mas a poesia sempre se manteve presente em sua vida. Alguns de seus poemas foram publicados em jornais, sites e nas redes sociais, especialmente no blog Absurtos.
É um termo instigante para dar nome a um livro que nos sugere uma leitura sem plano de voo definido, em que podemos assistir à dança dos versos construindo imagens, cadências e zumbidos. Nesses poemas e outros delírios líricos de Vanderley Sampaio, somos confrontados com nossos devaneios e temores mais cotidianos ao mesmo passo em que desejamos conhecer o segredo do Universo. O incômodo e inusitado besouro cascudo, que pousa sobre nossas cabeças nas noites quentes e inquietantes, esconde também asas leves e frágeis, que enternecem nossa fúria existencial. E assim, pareando questionamento e desejo, confusão e silêncio, ludicidade e solidão, somos todos convidados a surtar de poesia e a dançar com os insetos barulhentos que sobejam nossos mais profundos pensamentos.
Rose Almeida (bacharel em Letras pela USP e poeta no blog Absurtos).
Olá Vanderley. É
um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da
Scortecci do Portal do Escritor.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
Escrevo poesia desde a adolescência. Aprofundei-me um pouco
mais durante a faculdade de Jornalismo e, naturalmente, a ideia de reunir meus
poemas em um livro sempre me rondou. Contudo, esperando um momento mais
oportuno na vida pessoal e profissional, só recentemente, mais de 25 anos
depois, é que retomei a escrita com afinco e o livro foi ganhando corpo. Minha
companheira Rose Almeida e eu construímos o Absurtos, um blog de poesia nas redes sociais. Muitos
seguidores/leitores conheceram os versos e constatei que era chegada a hora de
fazer o Bolerus acontecer em formato
físico. São 80 poemas que nos confrontam com nossos temores e devaneios, nossas
questões mais cotidianas e, ao mesmo tempo, universais. É sobre inquietude,
fúria, fragilidade, solidão e outros tantos questionamentos. É como a pedra no
sapato ou o zumbido incômodo de um besouro sobre nossas cabeças, que estão ali
para nos fazer parar, perceber e reconsiderar os passos da dança alucinante que
é a vida. O livro destina-se a todos que leem e se identificam com essa
capacidade e vontade de prazer e reflexão.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Sendo meu primeiro livro, neste momento da minha vida, é
sim, um sonho. Mas não só. Tenho uma filha adulta e plantei minha árvore há
muito tempo, embora seja sempre muito bom poder plantar outras. Tenho mais
séries de poemas publicadas na internet e já as vejo como os próximos livros
que lançarei.
O que você acha da vida de escritor em
um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Considerando as condições sociais e culturais do Brasil, um
escritor dificilmente sobrevive apenas deste ofício. Escrever é uma tarefa
árdua, porém, todos podem exercitá-la. O trabalho de arte é parte de um impulso
humano por algo que provoque reflexão e prazer. A poesia está em tudo e merece
empenho em sua construção. O resultado da escrita pode não atingir a quem
poderia ou deveria, mas sempre acaba sendo um agente transformador na vida de
alguém, principalmente, na vida de seu próprio autor.
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Numa busca na internet por editoras em São Paulo,
deparei-me com o nome da Scortecci. Lendo as informações do site e as
avaliações muito positivas de alguns autores bastante satisfeitos na página da
empresa no Facebook, resolvi solicitar um orçamento. E também fui pessoalmente
à editora para conhecer de perto a qualidade das edições.
O seu
livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Uma parte considerável de Bolerus já foi submetida à leitura do público nas redes sociais,
tendo agradado a várias pessoas, que demonstraram interesse num eventual livro
com esses poemas. Então, sim, ele merece ser lido por todos aqueles que
apreciam poesia em suas mais diferentes formas e também por aqueles que desejam
conhecê-la.
Obrigado pela sua participação.
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