Nasceu no sítio Canadá, município de Redenção (CE) e foi registrado em Maranguape, terra do historiador Capistrano de Abreu e do humorista Chico Anysio. É pós-graduado em Língua Portuguesa. Participou da Antologia Grupo A.G.U.I.A. (Amigos Unidos Incentivando as Artes), do Rio Grande do Sul, de 2009 (primeira edição) até 2012. Publicou Dicionário de expressões populares da língua portuguesa (Martins Fontes, 2010); Bichos intrometidos na boca do povo, Cem sonetos insubmissos e Sonetos em revoada (Travassos Publicações, 2013, 2014 e 2015 respectivamente); Expressionário de falas populares, As figuras de estilo e termos afins, Clarinada de sonetos & outros poemas e Trovejos de trovas (Scortecci Editora, os dois primeiros em 2015 e os demais 2016). Tem inédito, na gaveta, Glosario esencial del español popular (bilíngue) e Poesia para a garotada.
Eis o livrinho das mulheres dos poetas. Seria impossível enumerá-los todos, porque são milhares os nomes femininos. Porém aqui vão expostos, em sonetos, 76 nomes. Ou, a bem dizer, mulheres que palmilham a lírica messe d’alma dos bardos luso-brasileiros. A antologia compõe-se de textos contendo a graça de notáveis divas e musas que, de algum modo, fazem parte do universo real ou ficcional de variados menestréis, na maioria vates consagrados.
Trata-se, minimamente, do que foi possível amealhar. Todavia convém pontuar que o trabalho, embora minúsculo, é deveras original: não há notícia de coletânea similar. Sem delongas, ponham-se mãos e olhos em tais mimos dedicados e/ou alusivos – até nas searas da Bíblia, da História, da Mitologia e da Literatura – à onomástica do belo sexo. Pois a procura do Organizador resulta neste pequeno florilégio, referindo, no amor e mesmo na morte, tão somente aclamadas e decantadas damas, estas aqui reunidas – as mulheres dos poetas. Com certeza, ao pé de bons hiatos do seu aprazível lazer, ó caro leitor, este seleto rol de textos irá deleitar a sua sensibilidade de ledor de poesia.
Olá João. É um
prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da
Scortecci do Portal do Escritor.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
Este livro atual trata com exclusividade de sonetos -
apenas sonetos - com nomes de mulher. Observei que ainda não existia obra
similar, na praça livreira, então surgiu a ideia de organizá-la. Sou
organizador da obra, apenas contribuo com dois títulos e até queria ficar de
fora, mas uma amiga pediu que incluísse o nome dela. Por coincidência eu tinha
esse nome solicitado, já publicado em livro anterior. Aí, em vez de um título,
inseri outro. Dos 76 sonetos que formam a antologia, só dois são de nossa
lavra. Vale ressaltar que fui enxerido, pondo-me no meio de poetas da mais alta
estirpe da literatura luso-brasileira. Apenas este um é poeta menor. O livro
atinge todos os públicos. Se o leitor é um aficionado da poesia, e de sonetos,
particularmente, então não vai deixar de querer folhear o opúsculo.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Fui professor, pós-graduado em Língua Portuguesa, e, como
diz o Belchior, apenas um rapaz
latino-americano (risos). A MULHER
EM SONETOS é a nossa nona publicação. Tenho trabalhado com o idiomatismo,
esta parte especial da língua, um livrinho sobre estilística e os demais em
poesia. Como dizem dos discos, o nosso carro-chefe
é um catatau de 980, o primeiro, intitulado Dicionário de expressões populares da língua portuguesa, publicado
pela Martins Fontes.
O que você acha da vida de escritor em
um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Não tenho a veleidade de me rotular de escritor. Costumo me
proclamar apenas como um e s c r e v i n h a d o r. Mas mesmo um escritor de no
meada, com muitas obras publicadas, até no campo da ficção, não é de ter vida
fácil. Ela malha muito para ser reconhecido. Há boa parte do público ledor que
prefere os chamados enlatados vindos
do exterior. Claro que temos algumas exceções que vendem bem suas obras. Amado, Graciliano, Drummond, Vinícius,
Cecília Meireles e Guimarães Rosa, entre outras, são do time das exceções.
Contudo, não vamos choramingar tanto, que a internet não matou o hábito da boa
leitura, como profetizavam. Ao contrário, penso que uma coisa completa a outra
- a internet é parceira fiel da nossa cultura livresca. Neste ponto sou
otimista - há muito quem valorize a leitura.
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Bem, agora, pela Scortecci, estamos no nosso quinto livro.
No início, dei com a Editora escarafunchando casas publicadoras, justamente pela
internet. Por este importante meio de comunicação moderno escalamos os passos
do mapa do mundo.
O seu
livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Já espalhei por aí, brincando, que A MULHER EM SONETOS é o meu melhor livro, porque não é meu.
Esclarecendo melhor: a obra é uma antologia com nomes femininos, divas e musas
de poetas consagrados, tanto do Brasil como de Portugal. Se o leitor gosta de
poesia, mais ainda de sonetos, que reputo como um nobre gênero de composição,
como não merecer uma especial atenção? Creio, sim, que vale a pena adquirir,
ler e guardar com carinho este lançamento, único, por sinal, em língua
luso-brasileira. A mensagem especial que posso aqui deixar é que nenhuma
leitura como a dos poemas é tão fascinante e viciante, no bom sentido,
porquanto é uma leitura rítmica, musical e palatável. Portanto, sem descurar
também da leitura da prosa, primeiro valorizemos a leitura da poesia, pois
somente o bem ela nos causará.
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