É carioca e estudou filosofia na PUC no Rio de Janeiro. Na Alemanha concluiu um doutorado na Freie Universität em Berlin e vive hoje na Alemanha.
Desde a sua descoberta, o Brasil nunca se encontrou inteiramente. Ele foi, por isso, muitas vezes objeto de reflexões. Hoje, depois de um período de mudanças, e no meio de uma crise, torna-se de novo importante pensar e discutir o Brasil, o que o país é e pode ser, quais as tarefas do futuro. O livro procura indicar quais os desafios futuros e os potenciais do país. Porto Inseguro apresenta elementos históricos para pensar a política no Brasil e elementos políticos para pensar a sua história e o seu futuro. Mas a perspectiva ou o ponto de partida do livro é a perspectiva pessoal de quem passa pelo Brasil e vive a sua realidade.
Olá Martim. É um
prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da
Scortecci do Portal do Escritor.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
No final dos anos 80 vim à Alemanha, onde ainda estou, para
fazer um doutorado em filosofia. Encontrei durante essa época muitos outros
estudantes brasileiros e um tema natural de conversas era o Brasil distante
para nós em comparação com a Alemanha onde passáramos a viver, um país bem
diferente. Daí e de outras questões que já trouxera do Brasil foram surgindo
ideias acerca do Brasil que formaram a raiz do meu livro. Trata-se de um livro
de reflexão sobre a realidade brasileira que parte da minha experiência
pessoal, mas se refere ao percurso histórico e político que ajuda a compreender
a nossa realidade. Acho que o público para o livro poderia ser todo mundo que
se importa com o Brasil.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Dentro em breve um segundo livro meu deverá aparecer, desta
vez sobre um tema mais amplo, a nossa época. Os dois livros formam de certo
modo um par. Enquanto, Porto Inseguro trata do Brasil, o próximo livro trata
da nossa época, do que aconteceu no mundo a partir da queda do Muro de Berlim,
que caminhos vamos tomando enquanto civilização.
O que você acha da vida de escritor em
um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Escrever livros nunca foi um projeto meu. Foi apenas o
resultado de ideias que foram surgindo e da vontade de encontrar uma formulação
mais elaborada para elas. As próprias ideias constituem o desafio original para
o escritor. O encontro e o diálogo com o leitor é o passo seguinte que hoje, no
Brasil, pode ser mais lento, mas que terá o seu tempo.
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Buscas na internet me levaram à Scortecci. Fiquei muito
contente de encontrar uma editora que trata das edições com toda a competência
e seriedade que eu poderia desejar.
O seu
livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Livros são sempre uma proposta muito pessoal. Por isso cada
leitor de um livro é também um leitor único e especial com os seus interesses e
disponibilidades. Nem todo livro é escrito e nem todo livro é lido, mas muitos
livros são escritos e lidos porque o encontro entre o livro e o leitor é sempre
possível.
Obrigado
pela sua participação.
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