Nome literário de Daniela Carvalho Outi. Nasceu em São Sebastião, litoral norte de São Paulo, em 1974.
Jornalista, formada em 1995, na Fiam (Faculdades Integradas Alcântara Machado), após algumas passagens por jornais e rádios, hoje trabalha na assessoria de comunicação da Câmara Municipal de São Sebastião.
Daniela adora escrever sobre estilo de vida, viagens e histórias do cotidiano e, em 2010, criou o Blog Encantes, como forma de diminuir as distâncias e estreitar os laços de amizade.
O Livro é o passeio das letras de uma alma jovem que se põe à janela da vida para ver passar, sentir e viver o amor, a natureza, as surpresas, as dificuldades, as delícias... Um pássaro, uma gaivota, um balanço, um colega que atiça lembranças... O trabalho, os filhos, os sonhos... Um galho de árvore!
De uma só tacada, a cronista Daniela Carvalho escreve um livro, escancara suas ideias, divide com o leitor seus medos, seus anseios, sua ânsia de viver, dá lições, aprende, se reinventa. E nos convida a ir até à beira do seu MAR, a CAMINHAR com ela e sorver seu MUNDO, através da leveza de seu OLHAR...
Olá Daniela. É um
prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da
Scortecci do Portal do Escritor.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
É um livro de crônicas, com histórias reais que me afetaram
de alguma forma e me fizeram refletir sobre a vida.
O livro é dividido em 4 temas: Meu Mundo, Meu Mar, Meu Olhar
e Meu Caminhar.
Ao mostrar como algumas situações me afetaram e como eu
reagi a elas (nem sempre da melhor forma, diga-se!) a minha intenção é fazer
com que outras pessoas passem a olhar para dentro de si, com mais coragem para
enfrentar os seus monstros.
Também espero que nessa viagem de autoconhecimento, elas
não sejam muito severas e tentem conduzir tudo com mais leveza e até bom humor
à medida que reconheçam em mim alguém que também é imperfeita e não sente
receio de dizer isso.
Eu acho que grande parte dos problemas do mundo ocorre
porque as pessoas estão infelizes perseguindo um ideal de perfeição que não é
humano.
É importante quebrar esse círculo sendo honestos sobre
nossos sentimentos. É isso que eu tento fazer ao escrever as crônicas.
Não existe um público alvo, agora que o livro foi lançado
espero que ele percorra o seu próprio caminho e ultrapasse as barreiras de
idade, gênero, classe social... Que o livro seja uma brisa que inspire as
pessoas a serem mais verdadeiras com elas mesmas e a não desistirem da
felicidade.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Eu sou jornalista e durante grande parte da minha vida
trabalhei em jornais e rádios até que passei no concurso da Câmara de São Sebastião,
em 2009. Um ano depois, em 2010, eu iniciei o Blog Encantes e passei a escrever
as minhas crônicas.
No início, o objetivo era apenas tentar compreender os meus
próprios sentimentos, as minhas dúvidas e frustrações, eu achava que escrever
sobre isso daria algum sentido e me traria compreensão e paz. Isso de fato
aconteceu e eu não parei mais de escrever.
Eu vou escrever outros livros, esse é apenas o primeiro.
Talvez outro livro de crônicas ou quem sabe um romance.
O que você acha da vida de escritor em
um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Outro dia eu fui à única livraria da minha cidade para
pedir ao proprietário se eu podia deixar o meu livro para vender no local em
consignação. Ele concordou, mas antes me respondeu: - Você sabe que está
entrando em um ramo muito difícil? Livros quase não vendem!”.
Como se não bastasse esse banho de água fria, ele me
mostrou livro de 400 páginas, mais ou menos, e me contou que a escritora tinha
começado a vendê-lo pelo preço de R$ 40,00 e agora estava custando R$ 14,90.
Então, o que eu acho de tudo isso? Eu gostaria que essa
realidade fosse diferente, mas entendo que num país como o nosso, onde grande
parte da população se preocupa apenas em sobreviver ao fim do dia, o livro
ainda não seja visto como um item de primeira necessidade.
Entendo, mas não concordo.
O livro, na minha opinião, é um item de primeira
necessidade, principalmente quando uma sociedade está em crise, com tantas
pessoas sem rumo, solitárias e sem coragem para voltar a sonhar.
Por quê? Porque quem lê nunca está sozinho e, enquanto
folheia as páginas, é transportado para lugares distantes que revelam novas
formas de viver e servem de inspiração para que possa recomeçar de onde parou
ou escolher um novo caminho.
Quem lê nunca perde a Esperança!
Como diz Fernando Pessoa: O homem é do tamanho dos seus sonhos. E tem sonhos que nos fazem
sentir gigantes!
Eu acredito que sempre haverá leitores, tenho fé que no
futuro serão a grande maioria. Pode ser um sonho, mas e daí? O mundo precisa de
sonhadores que ainda acreditem que é possível existir no futuro um país com
pessoas melhores e mais felizes.
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Eu fiquei sabendo da editora através de uma amiga, Isabel Galvanese,
que é ilustradora e escritora.
O seu
livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Merece ser lido, nem que seja para o leitor refletir e
concluir que estou equivocada. De tudo isso, terá sido válida a reflexão.
Quantas vezes as pessoas param e refletem sobre o que estão sentindo?
Espero que o leitor ao virar a última página do livro
perceba que está diante de uma autora que ainda não está pronta, mas está em
construção, que já cometeu muitos erros e alguns acertos, mas possui dentro de
si todos os sentimentos do mundo. Uma pessoa comum.
Obrigado pela sua participação.
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