É natural de Itabuna, BA, possui textos publicados com produtores de artes visuais (cinema e fotografia). Citada no Dicionário de autores baianos. Salvador: Secult, 2006, e no Dicionário de escritores contemporâneos da Bahia, Cepa, 2015. Publicou, em livro, Temas e teimas em narrativas baianas do Centro-Sul. Fcja; Unifacs; Secult, 2000; Pequena história, poemas selecionados. Salvador: Quarteto, 2014; Antologia outros riscos do Prêmio Damário DaCruz de Poesia. Salvador: FPC/ Secult,BA e Quarteto, 2013; Poetas da Bahia, III. Salvador: Expogeo, 2015 e Antologia 5º Prêmio Literário de Poesia, Portal Amigos do Livro,
São Paulo: Scortecci, 2015 Medalha de Bronze do I Concurso Literário da AECALB, Rio de Janeiro, 2016. Bacharel e Mestre em Letras pela UFBA. Cumpriu doutorado em Literatura na University of Cincinnati, Oh. EUA. Professora adjunta, aposentada do IL da UFBA. Foi titular na Universidade Salvador, Unifacs. Coordenou o Núcleo de Referência Cultural da Fundação Cultural do Estado da Bahia.
O espaço geográfico constitui-se como o tema central do livro de poemas Casa onde habitamos ilustrado com fotos do artista visual Jamison Pedra. Casa onde habitamos reúne oitenta e duas composições dispostas em quatro partes. A palavra casa possui um campo semântico que evoca, provoca e define-se como proteção externa e espaço interno de experiência. As quatro partes que compõem o livro destinam-se, metaforicamente, à comunicação poética, organizada em casas: arte, sonho, sentimento e memória − defesa de princípios que constituem o discurso libertário da poesia. Habitante da metrópole, a poeta põe-se a falar, liricamente, em interlocução com o leitor, que se identificará com a procura incessante por abrigos humanos sob o teto da terra.
Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Aborda a incomunicabilidade, o luto
moral, as relações possíveis no mundo contemporâneo.
A ideia resulta da vivência social e
intelectual feminina. A metáfora CASA é uma imagem feminina, da qual me
aproprio, ampliando-a para o elemento Terra.
Destina-se ao público cuja
insatisfação com a realidade o leve a busca complementar da arte da palavra.
Creio que as leitoras se beneficiarão. Há um forte apelo de imagens femininas
na obra.
Fale de você e
de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o
sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Encontro-me naturalmente ligada à
área de Letras. Lido profissionalmente com a literatura, sempre privilegiei a
leitura e a escrita como meios complementares de aperfeiçoamento pessoal. Esta
é a minha segunda coletânea. O primeiro livro, de ensaios, data do início dos
anos 2000, o segundo, de poemas, Pequena história (PRAZERES, 2014), portanto,
encontro-me no terceiro, preparando o quarto. A escrita me completa e traduz
anseios de comunicação subjetiva e intelectual.
O que você acha
da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco
valorizada?
A poesia sempre foi destinada a uma
minoria de excelência. Todos os que se sentem motivados, na busca por
respostas, aderem à leitura, e adoram o objeto livro. Acredito no trabalho
contínuo de conquista de leitores. Há que insistir, pois que a poesia é vida.
Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Na qualidade de professora, o
conhecimento de editoras consolidadas é um pré-requisito profissional.
Admiro e aplaudo as ações da
Scortecci.
O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem
especial para seus leitores?
Acolher a poesia é um gesto de
amorosidade e fé. O poeta contemporâneo é um misto de artista e crítico de
civilizações. A leitura, o livro são veículos de ampliação de consciências e
oportunidade de crescimento. Quem lê, gosta de si, e adora o tempo dedicado ao sempre
desejável objeto livro.
Obrigado pela sua participação.
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