Paulo César de Oliveira
Doutor em Filosofia e Professor da Universidade Federal de Alfenas - MG.
Este livro aborda a beleza como manifestação e esplendor originário do ser. Na Idade Média se reconhecia passivamente o unum, o bonum e o verum como transcendentais, enquanto que, sobre a res, a aliquid e o pulchrum, não havia unanimidade. Foi Felipe II Cancelliere (1160-1236), no século XIII, quem inseriu a beleza entre os transcendentais. Desse modo, por volta do ano 1270, a beleza era totalmente citada entre os transcendentais, mesmo que fosse em diversos modos. Os transcendentais não só se referem ao ser criado, mas também ao Ser Divino. Essa doutrina não deixa de levantar algumas questões. Como afirmar que tudo o que existe seja verdadeiro, bom e belo? E a mentira, o ódio, a crueldade, as catástrofes naturais? A experiência da beleza incorpora, paradoxalmente, a negatividade do mundo e a ultrapassa!
Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
O livro trata da beleza com um transcendental do ser, isto
é, de uma propriedade presente em todas as coisas. Nasceu da constatação de que
a beleza é o que leva as pessoas a se aproximarem dos seres. Depois é que se
apresentam os demais transcendentais, como a verdade, a bondade e a unidade.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Depois de anos lecionando e fazendo palestras, acho que
agora chegou o momento de começar a colocar no papel as minhas ideias.
O que você acha da vida de escritor
em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
É, como tudo que inicia, um desafio. Espero contribuir para
que, aos poucos, tenhamos uma cultura que envolva mais o mundo das letras.
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Através de amigos e colegas de trabalho.
O
seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus
leitores?
Penso que ele aborda, de maneira
sistemática, a questão da beleza, uma vez que é por este transcendental que nos
aproximamos inicialmente das pessoas e coisas.
Obrigado pela sua participação.
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