O escritor e poeta João Elias, nasceu a 18/11/1940 em Olhos D’Água dos Monteiros, Quebrângulo, próximo a Paulo Jacinto, Alagoas, Brasil, onde viveu a sua infância. Esta era a terra do grande escritor Graciliano Ramos, ambiente que foi base, possivelmente de livros como “Vidas Secas”, “São Bernardo” e outros da autoria do Graciliano. Ainda garoto mudou-se para a capital Maceió, bairro do Prado, onde cursou até a antiga oitava série. Quando ainda jovem veio para São Paulo e fixou-se na região noroeste; e viveu no bairro do Moinho Velho (Freguesia do Ó). Depois mudou-se e viveu por muitos anos na Vila Acre, região da Vila Bancária, Jardim Primavera, Santa Marina, Vila Penteado e circo-vizinhança. E por fim Jardim Rodrigo, região do Jardim Rincão e Parada de Taipas.
Foi casado com Marlene Zanirato, com quem dividiu seus momentos da vida madura. Ela o acompanhava nas atividades e premiações literárias, como na UBT (União Brasileira dos Trovadores), nas ricas décadas de 1980 e 1990. Foi ela quem cuidou dele na sua enfermidade, pelos longos 7 anos, 9 meses e 11 dias de convalescênça.
Alfaiate de profissão, como se diz à moda antiga, trabalhando em casa, com a sua velha máquina de costura, fita métrica ao pescoço, esquadros, tesoura grande, e demais instrumentos e acessórios.
Teve ele longa e intensa atividade literária. Deixou muitos escritos. Em seus cadernos pessoais encontramos textos datados da década de 1950 e 1960.
Traz nesta seleção de contos a sua característica “machadiana”, com a rica descrição dos personagens, envolvendo os enredos com fortes aspectos psicológicos e até parapsicológicos, em certos pontos, focados nas experiências humanas, assuntando o cotidiano das pessoas para aguçar a curiosidade e provocar reflexão.
Esta ousadia de invadir a privacidade dos personagens, maneira tão gostosa e intrigante que nos oferece a literatura, também não deixa de nos presentear com o seu lado docemente poético, indelével.
A sua literatura é carregada de percepções extrassensoriais, apresentadas na obra ora de forma direta, ora indiretamente, e os finais são sempre inusitados, surpreendentes, o que é uma característica de todo bom conto.
A suposição do gato sublima o amor na essência e transparência da linguagem de qualidades ostensivas, mas com mensagens simpáticas e profundas, que levam ao impacto nem sempre empírico, mas pragmático, reverente, discreto, intenso, num espírito harmônico, quando o olhar atento prova as delícias do terno enlevo e regozija as emoções individuais, uma por uma, e alimenta as nossas carências, e faz beber a alma da sua pura seiva...
Olá Aparecido
Elias. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e
Autores da Scortecci do Portal do Escritor.
Do
que trata o Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se
destina sua obra?
São contos.
Este livro possui contos que datam da década de 1950 até à
década de 1980, aproximadamente. É uma publicação póstuma, fruto de uma
promessa de sobrinho para o seu tio, no seu quase leito de morte, fato narrado
no Prefácio do livro.
A obra se destina a todo o bom apreciador da literatura de
qualidade.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
A literatura para nós, os Elias, é mais que um sonho ou uma
paixão: é a essência da nossa própria vida. Eu comecei a ter contato e
desenvolver trabalhos literários com o meu tio João Elias, quando tinha lá
pelos meus 12 anos de idade. Estou com o meu quinto livro no prelo, digitando, aperfeiçoando e trabalhando ele. O seu nome
será O Canto dos Anjos. o tio
Joãozinho tem uma vasta literatura datilografada,
à moda antiga mesmo, e pretendo lançar outros livros por ele, ou seja, eu
pretendo manter acesa a sua LUZ. Ou melhor, a nossa LUZ.
O que você acha da vida de escritor
em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Olha, eu tenho feito constantemente divulgação da nossa
literatura, inclusive promovendo tiragens sequenciais de marcadores de páginas,
com fortes mensagens, é claro. Posso afirmar que as pessoas atualmente têm me
surpreendido e até emocionado com doces e ternos acolhimentos. O povo
brasileiro é sensível, e apesar dos nossos graves problemas sociais, somos uma
nação de gente muito amorosa. Isto é apaixonante, e não pretendo parar de semear as boas ideias e mensagens
edificantes. Este é o meu foco, o meu lema, o meu alvo: você não precisa de
muita coisa para ser feliz, ou seja, basta saber extrair muito do pouco que se
tem, se é que posso chamar uma rica literatura de pouco!... Quero dizer que,
quem valoriza e transforma a literatura em muito é o receptor (leitor).
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
É simples e direto: começamos nosso nobre trilhar na literatura
no mesmo ano: 1982. Eu devo ser um dos autores mais antigos da Editora, da
época da galeria da Teodoro Sampaio.
O
seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus
leitores?
Nossos livros devem ser lidos, e com
atenção, amor, carinho. Trazendo agora uma palhinha
do que tenho reservado para O Canto dos
Anjos, este nome nasceu do profundo desejo de que meus leitores
simplesmente sintam no coração, ao lerem o que produzimos com imenso amor, O
SUAVE, SUBLIME, TERNO... DIVINO... CANTO DE ANJOS!
Obrigado
pela sua participação.
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