Nome Literário de Mirian Terezinha Fonseca de Carvalho.
Defendeu Tese de Doutorado em Filosofia. Lecionou Estética nos Programas de Graduação e de Pós-Graduação da UFRJ. É membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte; da Associação Internacional de Críticos de Arte; da UBE / RJ e SP e do PEN Club. Nos dias atuais, dedica-se à poesia, à crônica e à pesquisa no campo da cultura brasileira e foi agraciada com vários prêmios literários, entre eles O João do Rio (1º lugar / poesia) e a Medalha José de Anchieta, que lhe foram conferidos pela Academia Carioca de Letras em dezembro de 2016. Além de assinar 7 livros de ensaio e 10 de poesia, é autora de cerca de 150 textos que se diversificam em artigos, ensaios, prefácios, posfácios e releases, publicados em mídias especializadas. A autora assina o Blog da Mirian, no Digestivo Cultural. Livros de poesia:
Cantos do Visitante. Edição da Autora, 1999
Teia dos Labirintos. Ed. Escrituras, 2004.
O Camaleão no Jardim. Ed. Quaisquer, 2005
Travessias. Ed. Letras Contemporâneas, 2006.
Violinos de Barro. Ed. Escrituras, 2009.
Nada mais que isto. Ed. Scortecci, 2011
50 Poemas escolhidos pelo autor. Ed. Galo Branco, 2011
Roteiro de Mitavaí. Ed. Oficina do Livro, 2013.
Vazadouro. Ed. Escrituras, 2013.
Não sei se vou te amar. Ed. Scortecci, 2016
Ideais. Fantasias. Descompassos e regozijo do corpo e do sentimento. Vertigem. Assim, na vida. E no amor. Das oscilações vivenciadas na pele e no ânimo, tudo tudo já foi registrado por poetas e amantes. Sem nada mais a dizer sobre o tema, em Não sei se vou te amar, meus versos percorreram imagens dos amores dos outros.
Como se tais amores fossem meus, visitei canções, filmes, poemas, roupas, memórias, relatos, objetos, cenas, e outras expressões de contentamento e tristeza que, por vezes, valendo-me da ironia, misturei nos meus versos: Se for apenas pra se despedir, / guarda tua viagem. Preserva teus sapatos. / Avesso ao amor e ao desamor, antes do começo / ou do fim, alonga-se e desgasta-se o tempo.
Junto ao lirismo, encontrei espécie de drama a percorrer lugares íntimos: Das chaves girando, tudo espero. / Das mãos abrindo a porta, tudo espero. // Ao fundo, um tango. A esse fundo musical, escrever se fez dança apaixonada. E sala vazia à espera do verso.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
Não sei se vou te amar enfoca a sensualidade feminina em
diálogo com o universo masculino. O texto da 4ª capa resume este meu livro que
se destina ao público adulto:
Ideais. Fantasias. Descompassos e regozijo do corpo e do
sentimento. Vertigem. Assim, na vida. E no amor. Das oscilações vivenciadas na
pele e no ânimo, tudo já foi registrado por poetas e amantes. Sem nada mais a
dizer sobre o tema, em Não sei se vou te amar, meus versos percorreram imagens
dos amores dos outros.
Como se tais amores fossem meus, visitei canções, filmes,
poemas, roupas, memórias, relatos, objetos, cenas, e outras expressões de
contentamento e tristeza que, por vezes, valendo-me da ironia, misturei nos
meus versos: Se for apenas pra se despedir, / guarda tua viagem. Preserva teus
sapatos. / Avesso ao amor e ao desamor, antes do começo / ou do fim, alonga-se
e desgasta-se o tempo.
Junto ao lirismo, encontrei espécie de drama a percorrer
lugares íntimos: Das chaves girando, tudo espero. / Das mãos abrindo a porta,
tudo espero. / Ao fundo, um tango. A esse fundo musical, escrever se fez dança
apaixonada. E sala vazia à espera do verso.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Meu projeto literário: continuar escrevendo e divulgar meu
trabalho. Não sei se vou te amar é meu 10ª livro de poesia. Publiquei também 7
livros de ensaio: trata-se de pesquisas sobre arte e poesia. Ganhei vários
prêmios literários que abrangem poesia, ensaio e dramaturgia. Entre eles, a
Medalha José de Anchieta (mérito literário) e o Prêmio João do Rio (1º lugar,
poesia), que me foram conferidos pela Academia Carioca de Letras em dezembro de
2016. Publiquei também cerca de 150 textos, tais como prefácios, posfácios,
artigos, capítulos de livros, releases para catálogos de exposições etc. E
assino o Blog da Mirian, no Digestivo Cultural.
Em verdade, meus livros são filhos, pais, mães, sonhos, árvores,
flores, metas e, também, espaço dos
dizeres e não ditos com alcance político-social. Enfim, penso no livro como
fôlego de tudo aquilo que se possa conceber através do sentimento, da
imaginação, do pensamento, da reflexão, e do utópico, por meio da busca e do
encontro da palavra plena de magia e de rebeldia contra todas as formas de
opressão e violência.
Vejo nos meus livros um meio libertário, através das imagens
e das ideias. Generalizando, vejo no livro ─ e na escrita, seja ela literária ou não ─ caminho propício aos pés no chão para olhar de frente a realidade que nos
cerca. Num país com grande índice de analfabetismo, inclusive o funcional,
aquele autor ─ que teve o privilégio da escolaridade ─ não pode se
encastelar nem se desobrigar da luta pelos Direitos Humanos.
Porém, não me refiro à Literatura como panfleto. Ao cumprir
função social, o texto não pode se esquivar da literariedade, posto que, no
momento adequado ─ em nome da
liberdade ─, caiba igualmente ao
autor escrever panfletos.
O que você acha da vida de escritor
em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Tudo muito difícil. E mais ainda para o poeta. Mas nada tão
mais difícil do que em outros lugares, ante o império das grandes mídias
(grandes, apenas, em poder financeiro), empenhadas na divulgação dos mais vendidos. Entanto hoje, na
internet, o autor encontra muitos caminhos. Aqui, relembro, assino o Blog da
Mirian, no Digestivo Cultural, que me acolheu de braços abertos. Por meio do
blog, meus escritos têm boa receptividade da parte dos leitores. Certos
trabalhos são muito acessados.
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Através da internet. Tenho outro livro editado pela
Scortecci intitulado Nada mais que isto. E aqui destaco o profissionalismo
dessa editora, refletindo-se na simpatia daqueles que no dia a dia interagem
com o escritor.
O
seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus
leitores?
Tenho extremo cuidado com o fazer
literário. Não me detenho só na inspiração.
Nunca publico a primeira versão. Busco recursos estilísticos adequados ao
texto. Leio muito. Estudo Poética e Teoria da Literatura. Meus livros seguem
unidade temática e se apoiam num projeto poético.
Mas quem pode julgar se este livro merece ser lido é o
leitor.
A ele, meu recado carinhoso: Vamos fazer a experiência?
Obrigado
pela sua participação.
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