Nasceu em Floriano, Piauí e desde os dezessete anos de idade reside na cidade de São Paulo. Dividiu sua vida profissional em duas fases: a primeira foi vivida por mais de três décadas, na área da saúde, no mundo científico, acadêmico e gestão pública, mas foi chegada a hora de colocar o ponto final e viver novas aventuras; a segunda inicia com a reconstrução de sua biografia como escritora – cronista e contista. Foi ainda na infância que ela descobriu o prazer da leitura e da escrita, porém, somente em 2015 assumiu o jeito peculiar de escrever. O livro Volta - se houver motivo para voltar é sua primeira obra a ser publicada; é autora de trinta e seis crônicas; e participou de dois concursos literários de contos. A autora enfrenta o mundo com a imprevisibilidade do artista, precisão do arquiteto e a criatividade do escritor.
Uma coisa é acontecer um fato desagradável na sua vida, outra coisa é acontecer uma sucessão de fatos ruins ao mesmo tempo. Qual o sentido disso? Seria o acaso no destino? Deve ter uma razão maior. É o que pensa a autora, que sofreu Acidente Vascular Cerebral em novembro de 2014, o qual foi um marco impactante na sua trajetória. Em meio a lapso de memória, afasia, hemiparesia, demissão, separação, doutorado interrompido e sem perspectivas, o jeito foi se escudar contra o sofrimento e reconstruir a identidade. Sem ignorar as dores, ela delineou outras estradas, transformou perdas em ganhos, lutos em luta, e preencheu o vazio interno com amor ao próximo, realizações, afetos, reflexões e pela mais nova paixão: escrever. Com irreverência ela compartilha com o leitor, essas experiências de forma realista e simples. A narrativa é cativante, engraçada, provoca emoções, interesse pelo desenrolar dos fatos e especialmente, proximidade com a narradora.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
O livro relata experiências após Acidente Vascular
Cerebral, quando resolvi encarar e superar sucessivas perdas e reconstruir a
identidade, sempre de forma divertida para minimizar as dores e lutos. A ideia
de escrevê-lo surgiu quando me vi sozinha e o barulho do silêncio passou a
perturbar meus pensamentos. A mensagem de superação, coragem e humor interessa
a todos.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Não nego que matei
dois coelhos com uma cajadada só (rsrsrs). A ideia de plantar uma árvore,
ter um filho e escrever um Livro sempre foi cativante. Pronto. Consegui! Mas
isso faz parte de uma aventura. O foco principal do livro é a reconstrução da
minha biografia como escritora. Estudiosos afirmam que, ao escrever, as lesões
físicas e emocionais cicatrizam mais rápido. A escrita, em princípio, um
território de fuga me conduziu a reconstruir a identidade, expressar
sentimentos e percorrer caminhos, os quais refletem como estou. Esta é minha
primeira obra a ser publicada e o Volta
foi só o pontapé inicial.
O que você acha da vida de escritor
em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Por meio de conhecimentos podemos conectar com o lado
humano da vida. Infelizmente não há incentivo para a leitura, nem para a
escrita. A leitura motiva a escrita, e se o hábito da leitura se desse desde a
infância a literatura estaria em outro patamar. A vida de escritor? Ah, essa é
difícil, não se vive de escrita, mas é fascinante criar! Isso me aquieta.
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Participei do curso A
arte de escrever, publicar e comercializar o produto livro, na Escola do Escritor, ministrado pelo
Editor João Scortecci.
O
seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus
leitores?
Porque além de compartilhar
histórias que me redefiniram, a narrativa pode estimular o leitor a refletir e
agregar aprendizados a si próprios, se assim os desejarem, e ainda, tem razão
para dar boas risadas.
Obrigado
pela sua participação.
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