Nasceu em Divino de Virgolândia – MG. Possui mestrado em Literatura e Crítica Literária pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP (2012), graduação em Pedagogia pela Universidade Bandeirante de São Paulo (2007), especialização em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira (2006) e graduação em Português e Inglês (2001) pelas Faculdades Integradas Teresa Martin. É poeta, compositor, escultor cauilinista e coordenador nacional do Projeto Poetas Inocentes. Lourenço tem dois trabalhos fonográficos: um long-play, Vida Nova (1992), e o CD Sino da Catedral (1999), além de várias composições prontas para o próximo CD Pinxana. Publicou 15 antologias poéticas denominadas Poetas Inocentes e Poetas Inocentes Master, ambos lançados em bienais do livro, como: Bienal Internacional do Livro de São Paulo, Bienal Internacional do Livro de Minas Gerais (2008, 2010, 2012, 2014), bem como na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro (2009, 2011, 2013) e é também autor do livro teórico de Literatura e Crítica Literária, O jogo poético: beleza e monstruosidade (2014). Contato com o autor
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Os amantes da poesia, que aguardavam ansiosos o livro Poetas Inocentes, agora serão presenteados com a obra Pauperrimia, de Gerson Lourenço, o organizador e idealizador das antologias poéticas Poetas Inocentes e Poetas Inocentes Master. O leitor o receberá com gratas surpresas, uma vez que o livro traz um instigante manifesto denominado Cauilinismo e finaliza com um enigmático poema concreto que presentificam a vida e a poesia em tempo de uma democracia fragilizada. Entre a vida e a poesia, o poeta, diante do caos, propõe uma operação cirúrgica à aclamada democracia em estado de choque e mantidas por MPs antidemocráticas. Frente a isso, o poeta brada: há de se libertar e de se igualar a todos por meio de uma educação capaz de ser rio corrente, e não, asas acorrentadas. Para além do manifesto, o livro explode numa forte lufada de belos poemas em que o mundo de Alice atiça delírios num jardim de flores brancas de uma vida que se abre. Mas a poesia, desde Baudelaire, nos diz que as flores do mal também grassam e é o que vemos em Mundo Imundo, que aqui não lembra o Raimundo drummondiano, e sim, a triste procrastinação d’nós porque nunca libertaram ao servo de servir ao senhor cruel. Nada de viva as isabeis! Há, então, que se ter cuidado, porque o buraco é mais embaixo, o buraco é sem fundo e ele está na educação, na saúde, na segurança e tudo vira uma lambança. O poeta segue a poetar e apresenta uma escola desafinada e também uma escola de cabresto. Há nelas, claro, desarmonia musical, alienação e até inquisição. Mas, com doçura e diabrites, o poeta, ao desmembrar a palavra, brinca com sílabas e cria inusitadas rimas. E nas linhas e entrelinhas, o poeta segue as novas da terra brasilis. Diante disso, o impeachment poético principia rumo aos ais de um pseudo progresso que estupram nossas crianças ao cercear as esperanças delas e de nós. E brada novamente: será que a tevê te vê? Curta e cortante a pergunta do poeta nos tira do ar. O que mais falta, poeta? Chega de tanto nos humilhar, chega de esperar porque a putrefação dos quatro poderes se instalou, grita nosso poeta! Helás! Resta, ao fim e ao cabo, para suportar tantos tormentos em meio a tanto caos, a linda poesia concreta, cujo pano de fundo é um barco e perto dele a cruz e na cruz impeachment ment cinema peach macete..., ..., ... Estaria ele à deriva? Não importa a resposta e sim ver que, ladeando o barco e ao infinito, há palavras, palavras, palavras…
Prof. Dr. Edson Santos Silva - UNICENTRO/I
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
O livro discorrerá a respeito do grande momento atual em
que a democracia é colocada em choque. Nesse contexto aparecerá várias poesias
questionando a ideia de democracia praticada aqui no Brasil. Além do inquimento
sobre democracia, o livro também põe em questão a educação pública - ou seja, a
educação básica brasileira que em vez formar, ela deforma a criança,
adolescente e adulto, bem como adentrar na história questiona os feitos
malignos da nossa política desde Cabral.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Sou mestre em Literatura, Poeta, Idealizador e organizador
das Antologias Poéticas Poetas Inocentes. Já publiquei a todo dezesseis livros:
sendo 15 das Antologias Poéticas Poetas Inocentes e mais um livro teórico de
Literatura e Crítica Literária denominado O jogo Poético: beleza e
monstruosidades. Já plantei árvores, escrevi livros, estou criando um manifesto
literário-político chamado Cauilismo. Além do manifesto Cauilístico, criei três
esculturas cauilísticas para reapresentar o movimento literário e político.
O que você acha da vida de escritor
em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
É um tarefa difícil escrever para um país que preocupa mais
com a enganação do que com a qualidade da educação, saúde e segurança da nação
brasileira. Eles se preocupa com o próprio umbigo, melhor, com o próprio bolso.
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
No primeiro livro que publiquei foi através de um amigo,
agora nesta edição eu já conhecia a editora.
O
seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus
leitores?
Meu livro está recheado de
surpresas, questionamentos, labirintos a serem percorridos para descobrirem uma
poesia amalgamada por uma véu a ser descortinado e, após, ser degustado por um
leitor atento e amante de uma boa poesia. Caro, leitor, sou a tua voz querendo
ser ouvida.
Obrigado
pela sua participação.
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