(1949) é de Penedo (AL), Brasil. Advogado, vive hoje em Maceió. Publicou, pela Scortecci: Vida, paixão e morte do irmão das almas e Herdeiro das trevas (ambos de 1999), além de Dias assombrados em Roma (2015) e O chocalho da cascavel (2016). Publicou, ainda, Travessias (coautor), Maceió: Viva, 2013, e Graciliano Ramos: Un monde de peines, Lille (Fr): TheBookEdition, 2015. É presidente da Academia Alagoana de Letras.
É de Piraju (SP), Brasil. Publicou: Como uma cobra enrolada (Contos), Maceió: Grafmarques, 2010; Travessias (coautora), Maceió: Viva Editora, 2013; Impossible silence, poèmes, Lille (Fr): TheBookEditions, 2014; Les défauts de Darli, revue Tupi or not Tupi, Toulouse: 2013; Invitation chez Hadès, Paris: Editions Persée, 2016. Vive hoje em Montpellier, onde é Maître de Conférences na Université Paul-Valéry.Vive em Montepellier, onde exerce o magistério na Université Paul-Valéry. Publicou: Impossible silence, Invitation chez Hadès, Travessias e Como uma cobra enrolada.
Inventando Maíra
Magistralmente os dois autores preservam um curioso paralelismo entre as duas narrativas, construídas em continentes diferentes, mas operando idas e vindas entre a Europa e o Continente Americano, tal como o eco de suas próprias trajetórias. Assim, a metáfora da viagem é o fio que guia o leitor no périplo trágico da existência das “Maíras” pelo talento de Carlos e Cristina, num tempo imemorial, fora do tempo cronológico, em que se pode interpretar a luta das personagens como a luta de todos nós, aspirando à luz mas irremediavelmente sugados pelas trevas. Uma leitura a consumir sem moderação!!!
Cristina Davoigneau - Université de Toulouse – Jean Jaurès
Uma mulher, uma existência real, duas inventadas histórias de vida. Assim como se a criatura estivesse espiada por dois espelhos planos e defluentes do vértice de um ângulo agudo. Um duplo, porém, que nada tem a ver com aquele em que emparelhadas duas e simultâneas verdades de cada um, tão ao gosto de Machado de Assis. Isto é, a repercutir as contradições que impregnam o mundo interior de cada vivente, contrapondo vícios e virtudes. Nada também a ver, por outra, com um espelho mágico que, não se contentando com refletir as imagens, opinasse sobre as inquietações do objeto refletido. O que se tem aqui é o absurdo de vidas paralelas e contemporaneamente vividas três vezes: a de carne e osso e duas outras segundo versões que se desnovelam em destinos que curiosamente se tocam sem que se misturem. Estas últimas segundo o capricho imaginativo de cada narrador. Aqui vista do Brasil, ali enxergada da França. Uma brincadeira, enfim, em que dois escrevinhadores se metem a artesãos de variantes de uma mesma sina, a partir de um cenário verossímil.
Olá Carlos e Olá Cristina. É um prazer contar com as suas participações no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.
Obrigado pela suas participações.
Inventando Maíra
Magistralmente os dois autores preservam um curioso paralelismo entre as duas narrativas, construídas em continentes diferentes, mas operando idas e vindas entre a Europa e o Continente Americano, tal como o eco de suas próprias trajetórias. Assim, a metáfora da viagem é o fio que guia o leitor no périplo trágico da existência das “Maíras” pelo talento de Carlos e Cristina, num tempo imemorial, fora do tempo cronológico, em que se pode interpretar a luta das personagens como a luta de todos nós, aspirando à luz mas irremediavelmente sugados pelas trevas. Uma leitura a consumir sem moderação!!!
Cristina Davoigneau - Université de Toulouse – Jean Jaurès
Uma mulher, uma existência real, duas inventadas histórias de vida. Assim como se a criatura estivesse espiada por dois espelhos planos e defluentes do vértice de um ângulo agudo. Um duplo, porém, que nada tem a ver com aquele em que emparelhadas duas e simultâneas verdades de cada um, tão ao gosto de Machado de Assis. Isto é, a repercutir as contradições que impregnam o mundo interior de cada vivente, contrapondo vícios e virtudes. Nada também a ver, por outra, com um espelho mágico que, não se contentando com refletir as imagens, opinasse sobre as inquietações do objeto refletido. O que se tem aqui é o absurdo de vidas paralelas e contemporaneamente vividas três vezes: a de carne e osso e duas outras segundo versões que se desnovelam em destinos que curiosamente se tocam sem que se misturem. Estas últimas segundo o capricho imaginativo de cada narrador. Aqui vista do Brasil, ali enxergada da França. Uma brincadeira, enfim, em que dois escrevinhadores se metem a artesãos de variantes de uma mesma sina, a partir de um cenário verossímil.
Olá Carlos e Olá Cristina. É um prazer contar com as suas participações no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
Carlos
O livro compreende duas versões do que poderia ter sido a
vida de Maíra, uma brasileira como outra qualquer, mas que se enrabicha por um
francês e parte com ele à caça da felicidade em Toulouse. Uma única mulher e
duas vidas possíveis, imaginadas segundo óticas diversas: aquela de quem está
no Brasil e aquel'outra de quem olha o mundo a partir da França. Esta a ideia
que impulsionou o projeto: mostrar duas eventuais rotas de um mesmo destino,
sem perder o rumo do verossímil. como qualquer ficção, meros exercícios da
imaginação.
Cristina
Poderíamos dizer que Inventando Maíra é uma
brincadeira literária. Escolhemos e definimos dois personagens
principais, os países nos quais situar a história, e a ação principal. Em
seguida, cada um de nós escreveu uma novela, do seu jeito, no seu próprio
estilo.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Carlos
Este não é o primeiro relato ficcional que ouso publicar,
seja individualmente, seja na companhia da escritora Cristina Duarte-Simões. E
espero que não seja o último. Afinal de contas, isso de dar fuga à imaginação e
contar histórias é coisa que vem não se sabe de onde e se gruda na gente com a
teima de um vício.
Cristina
Venho escrevendo e publicando há vários anos, livros de
contos e de poemas.
O que você acha da vida de escritor
em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Carlos
Penso que tal desinteresse do brasileiro pela literatura,
pelo que se está sugerindo, deve ser tomado como mais um desafio com que se
defronta o escritor. Acredito que um que seja o leitor que porventura possa
conquistar já é uma passada para o redesenho deste cenário. Dizem, até por ser
verdadeiro, que um só passo não faz uma caminhada. Mas a verdade é que sem ele
a marcha nunca será possível.
Cristina
Vivo na França,mas observo que, apesar das dificuldades,
livros ótimos são escritos e publicados no Brasil.
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Carlos
Há mais de dez anos que caminho com a Scortecci. Cheguei a
ela a partir do conhecimento, com algumas leituras, do seu esmero editorial e
da forma como abraça os escritores que dela se valem para os seus projetos.
Cristina
Tive a oportunidade de ler vários livros publicados por
ela.
O
seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus
leitores?
Não enxergo sinceridade em quem diz que produz e publica um
escrito com a convicção de que não merece ser lido. Até o João-De-Barro só constrói
a sua casa quando já tem uma companheira e é animado pela expectativa de que
terá uma ninhada para abrigar. Somente os eventuais leitores poderão dizer da
valia ou não de uma composição poética, ficcional ou técnica.
Cristina
Penso se tratar de um livro original que constrói uma ponte
entre o Brasil e a França, entre personagens brasileiros e franceses; um livro
escrito por dois autores que vivem em países diferentes, mas que estão unidos
pelo amor da literatura.
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