Diego Kerber Peixoto de Carvalho
Sempre demonstrou, desde muito novo, energia e criatividade da música, artes plásticas e nos diversos tipos de textos que escreve. Sua escrita transita entre contos, poemas e, sua mais recente paixão, aventura com um toque de ficção científica. O gosto pelas letras é portanto antiga, apesar de seus dezoito anos de vida, e é certo que seus textos ainda nos deliciarão por muitos anos.
E se existissem pedras que pudessem controlar desde átomos até estrelas colossais? E se uma instituição de cientistas descobrisse a existência dessas pedras e começasse a estudá-las? E se cinco amigos de escola fossem chamados por essa instituição para coletarem as pedras? É o que acontece com João, Pedro, Carlos, Simão e Emanuel. No ano de 2070, em meio a equipamentos futurísticos, fantásticos treinos em simuladores e viagens em teletransportadores, os garotos embarcam em várias aventuras secretas atrás das Flores de Lwes, numa tentativa de salvar o mundo.
Olá Diego. É um
prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da
Scortecci do Portal do Escritor.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
O livro conta a história de cinco amigos que, no ano de
2070, são convocados a participarem da U.S.S., que é uma instituição científica
que estuda as Flores de Lwes. Essas Flores têm a aparência de pedras lisas e
redondas e cada uma controla algo em todo o Universo, desde átomos a gigantes
estrelas. O resto da comunidade científica, porém, acusa essas pesquisas de
serem falsas e não terem fundamento porque não têm provas, e a maioria da
população concorda com essa visão. isso tudo vai mudar a vida dos garotos para
sempre. Eu tive a ideia do livro a partir de uma brincadeira que fazia com
alguns amigos meus quando eu ainda estava no quarto ano do primário, com 9 para
10 anos de idade, que envolvia coletar as "Flores de Lwes" no chão da
escola e "treinamentos" de agentes secretos da U.S.S., que eu
presidia é claro! Como eu comecei a escrever o livro por volta dos 13 anos,
toda a história se passa no universo infantil, pré-adolescente e início da
adolescência, e é voltada para esse público, entre 9 e 14 anos.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Desde pequeno eu já me interessava pelas artes e por
histórias. meu pai costumava ler livros e contos de fadas para mim e meu irmão
antes de dormir quando éramos crianças e isso me fez gostar de ler e escrever
histórias. No quarto ano do primário eu comecei a escrever meu primeiro ensaio,
uma história sobre um detetive, e a partir daí não parei mais. Esse livro é o
primeiro que eu publico, mas já tenho ideias para continuar essa história e
outras completamente diferentes, desde fantasia e ação a ficção científica e
drama. Além disso, também escrevo contos e poemas, uma das melhores formas que
tenho de me expressar quando estou com raiva, triste ou muito feliz. O meu
sonho é ser escritor e viver de escrever, mas como é difícil contar histórias
no Brasil, então quero viver de escrever pelo menos para jornais como
jornalista. Mas minhas histórias continuarão comigo pelo resto da minha vida.
O que você acha da vida de escritor
em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Eu realmente não sei se fico triste ou irritado com o fato
de, no Brasil, a leitura, as artes e a cultura no geral não serem devidamente
valorizadas. O país pode até estar em crise e livros podem até não pagar as
contas, mas não podem ser considerados apenas supérfluos. Posso até estar
usando uma frase bastante clichê, mas é a verdade: comida, água e dinheiro
podem até fazer uma pessoa sobreviver, mas é a arte que faz o ser humano ser
humano e é ela que faz a vida valer a pena. Outro aspecto é a hegemonia do
livro estrangeiro nas livrarias. O número de leitores no Brasil pode até estar
aumentando, mas o que mais se lê são os best-sellers americanos e europeus,
enquanto se generaliza o autor brasileiro como clássicos, como Machado de Assis
e José de Alencar, com linguagem e temas difíceis de entender, ou os poucos
best-sellers nacionais. O brasileiro tem que entender que não é só o que vem de
fora que é bom, temos vário talentos aqui dentro também.
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
A primeira vez que entrei em contato com a Scortecci
Editora foi quando eu participei da Antologia Palavras Desavisadas de Tudo com
dois poemas autorais e adorei a experiência. Quando minha mãe chegou para mim
com um e-mail da Scortecci falando dessa antologia e perguntou se eu queira
participar, claro que aceitei e não me arrependo. Depois, quando decidi
publicar o U.S.S. e fui rejeitado pelas grandes editoras, a Scortecci foi uma
das primeiras opções que eu tive e também não me decepcionei. Tenho vários
outros projetos na cabeça e com certeza a Scortecci vai ser uma das minhas
opções quando eu for publicá-las.
O
seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus
leitores?
Eu acho que o meu livro não é apenas uma história banal de
agentes secretos missões para salvar o mundo, é mais que isso. Como eu sofri
bullying no colégio na época que eu escrevi o livro e até no primário antes
disso, eu coloquei um pouco disso no livro. Os personagens passam por situações
que abordam temas como a importância da amizade, o próprio bullying,
preconceito e intolerância, auto-confiança e autoestima, entro outros assuntos
que estão muito presentes na faixa etária do público-alvo da minha história. Eu
realmente acredito que o livro pode trazer não apenas diversão a quem ler, mas
também coragem para enfrentar problemas na escola e na vida pessoal e mostrar
que qualquer um pode salvar o mundo do seu jeito. Se algum leitor quiser fazer
alguma crítica ou sugestão, é só mandar um e-mail para mim,
diego_kcarvalho@hotmail.com. O endereço também está no fim do livro.
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