28 dezembro, 2015

Entrevista com Rafaela Manzo Barreto Queiroz - Autora de: QUEIMEI OS BARCOS

Formada em Comunicação – Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia e com especialização em Comunicação Corporativa, Gestão de Pessoas e Gerenciamento de Crises, Rafaela é baiana e reside em São Paulo desde dezembro de 2006. Trabalhou por 17 anos no mundo corporativo tradicional, alcançando altos cargos de liderança nas empresas de comunicação mais renomadas do País. Decidiu mudar toda a sua jornada, abandonar o mundo que conhecia e onde era reconhecida, para viver o seu sonho de infância: assumir-se escritora. Inspirada por pessoas que também decidiram calçar um sapato onde seus pés caberiam com conforto, inicia agora sua jornada independente. Sempre preferiu a liberdade para se inspirar, criar, viver e contar histórias, mas se acostumou com a limitadora crença de que “só dá dinheiro” o que provoca suor (e lágrima). Aos 34 anos, com o primeiro livro escrito aos nove, ela decidiu não apenas apostar no seu sonho, mas assumi-lo contra tudo e todos que acreditavam que isso era impossível e arriscado. Foi lá e, em sete dias, fez um livro.

Motivação, Inspiração e outras Danças é a materialização de um sonho de uma jornalista que sempre quis ser escritora.

Desde pequena Rafaela queria escrever e sabia que tinha talento para isso, mas não acreditava verdadeiramente que podia “ser alguém na vida” vivendo a sua paixão, fazendo um trabalho com amor. Trabalho, para ela, era sinônimo de luta e sacrifício.

Precisou percorrer caminhos nem sempre fáceis para entender que o chamado do seu coração precisava ser atendido. Para escrever este primeiro livro, usou as histórias que aprendeu em 17 anos de mundo corporativo e as experiências pessoais que serviram de alerta para libertá-la das amarras e crenças limitantes que a impediam de realizar seu desejo de publicar um livro e iniciar uma nova jornada, numa vida mais saudável, com mais propósito e alinhada com sua missão.

Este não é seu primeiro livro escrito, mas o primeiro publicado. De forma independente, ela resolveu que tornaria seu sonho realidade. A prova de que isso deu certo é o livro que tem em suas mãos.

A autora deseja que sua história inspire outras pessoas a buscar uma vida com mais sentido. Para isso, ela já sabia, era preciso trabalhar respeitando e utilizando seus talentos, habilidades e dons para um propósito maior: fazer do mundo um lugar melhor.

Olá Rafaela. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
O livro fala sobre a minha jornada em busca de mim mesma, de um trabalho que estivesse alinhado com minha missão, com uma vida com mais propósito, assumindo os meus dons e talentos. Conto um pouco da trajetória que me fez, durante 17 anos, ir contra a minha própria natureza e tentar me ajustar às regras do mundo corporativo tradicional. As consequências dessa insistência culminaram em processos sintomáticos reveladores (obesidade e síndrome do pânico) que me fizeram repensar essa escolha e assumir o sonho antigo de infância de ser escritora. Narro todo esse caminho no livro.
Inicialmente pensei que o público-alvo seriam pessoas que precisavam de coragem e inspiração para tomar decisões de mudança, tanto em sua vida pessoal quanto profissional, mas após o lançamento entendi que ele é útil para todo ser humano que deseja se conhecer mais e buscar uma vida mais feliz, independente da sua jornada profissional.
Já o tinha em mente há um ano, quando literalmente abandonei o meu emprego antigo formal, mas só o tornei concreto em agosto desse ano de 2015, quando as ideias foram "paridas" e transformadas no livro propriamente dito.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Escrevo desde os nove anos, então não dá pra dizer que esse é um projeto novo. Eu sempre quis ser escritora, mas por diversas razões acabei adiando a concretização desse desejo. O meu primeiro livro escrito ainda está manuscrito. É uma história infantil cheia de aventura e magia, que um dia pretendo publicar. Gosto de escrever muitos tipos de texto, então penso que essa não será minha primeira empreitada nesse caminho. Certamente, porém, ver o livro publicado e ganhando o mundo me dá ânimo de resgatar a escritora e apostar mais nela.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Costumo ser uma pessoa de muita fé e, portanto, otimista. Eu me formei e adquiri muito conhecimento através dos anos pelos livros que consumi, devorei, guardei, emprestei. Acredito que o valor de uma pessoa se dá pelo conhecimento que ela acessa ao longo da vida e, graças a Deus, estou rodeada de gente que ama ler e que efetivamente investe nesse conhecimento. Entendo, porém, que essa não é a realidade global, especialmente em nosso País. Penso que estamos vivendo uma era de múltiplos interesses, excesso de tecnologia e distanciamento (em paradoxo com a conexão exagerada que a internet, por exemplo, proporciona), mas que tem muita gente determinada a resgatar hábitos que valem a pena, como a leitura. Infelizmente não acredito que dá pra viver de livro no Brasil, ainda, mas acho que é possível sim a realização do autor quando as pessoas são impactadas pelas mensagens que ele transmite. Escrever não é apenas uma profissão, é uma escolha e uma missão. O resultado disso (material ou financeiro) é uma consequência que, hoje, eu não espero. Quem sabe um dia. No entanto acho que ele é uma ferramenta fundamental para eu hoje, por exemplo, ter escolhido um caminho profissional diferente do tradicional.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Pesquisei muito na internet, em grupos de escritores, pedi indicações, referências. Como boa jornalista, curiosa, sabia que faria um lançamento independente, mas não tinha como fazer um investimento inicial alto. A proposta da Scortecci para quem deseja lançar um livro físico, que era o meu sonho, pareceu a mais interessante.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Merece sim. É o resultado de uma alma que se desnuda para contar um pedaço da sua jornada em busca de realizar a sua missão. Eu me conto, me exponho, narro episódios práticos e situações que me levaram a escolher um caminho pouco indicado para ser mais feliz. A mensagem do livro é a mesma que desejo que todos saibam: enquanto você não descobre qual é sua missão nesse mundo e não encontra uma razão forte, um motivo que o faça levantar da cama todos os dias para trabalhar, não será feliz. E a satisfação desse desejo, de ser feliz, é algo que todos merecemos e temos à nossa disposição. Basta apenas fazer alguns questionamentos, olhar pra si (pra dentro) e DECIDIR mudar. Mudar não é fácil, mas perfeitamente possível. E, no meu caso, necessário para que eu seguisse vivendo, mais que sobre-vivendo.

Obrigado pela sua participação.

Um comentário:

  1. Nosso cotidiano é um livro, que precisa ser escrito,
    ser lido. Coragem, pois escrever um livro é mais fácil que lê-lo. Giovanni de Paulo. Autor de Um Certo Ser.

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