Caiçara nascido na cidade de Caraguatatuba – SP, em 04 de março de 1962. Após dois dias de vida, passou a viver em Ubatuba. Neto de caiçaras e filho do casal caiçara Isaias Mendes e de Alcina Pereira Mendes. Profissionalmente é professor efetivo da rede pública estadual, com licenciatura em matemática, formado pela UNITAU - Universidade de Taubaté e técnico em Agrimensura pela ETEC Cônego José Bento de Jacareí-SP.
Brincante e amante da arte e da cultura caiçara é criador de grupos folclórico-musicais: Bumba-meu-boi, folia de Reis, blocos carnavalescos. É pintor primitivista (discípulo de João Teixeira Leite), contador e escritor de causos e crônicas (com contribuições em jornais e revistas da cidade e na Enciclopédia Caiçara volume V, organizado pelo antropólogo prof. Antônio Carlos Diegues – USP), compositor, autor de sambas de enredos, marchinhas carnavalescas e musicas de raiz, com CD’s: “Caiçarando” e o “Auto do Boi de Conchas”), é artesão, percussionista (mestre de bateria de Escolas de Samba), ex-presidente do Museu Caiçara, e atual coordenador do grupo musico-cultural "CANTAMAR".
Remexe a cultura caiçara, dentro do que vivenciou o autor em sua praia ubatubana. São causos, melhor dizendo, é um pirão de causos, tendo como ingrediente a farinha “do saber”, a banana “da verdade”, o peixe “da mentira”, o coentro da conscientização ecológica e, principalmente, a pimenta “faz me rir”.
Experimente esse pirão caiçara!
Olá Julinho. É um
prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da
Scortecci do Portal do Escritor.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
Trata-se de lembranças de fatos, causos ocorridos e outros
por mim vivenciados, mesclados com tempero ubatubano (ficção lúdica) da minha
terra caiçara!
A ideia foi de desengavetar e agrupar alguns dos causos já
escritos e levar ao público o conhecimento da cultura caiçara, sendo o alvo,
pessoas de oito à oitenta anos!
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Falar de Julinho Mendes, é falar de alegria, de folclore,
de música, de dança, de arte, de dedicação e preservação à cultura caiçara.
No mundo das letras meus projetos já realizados são
composições (poemas e versos musicalizados) já transformados em CD's; O CAIXARA
que são caixinhas de fósforos personalizadas, que em cada uma aparece um causo,
uma crônica ou uma poesia e, agora esse Livro que é o primeiro de muitos!
O que você acha da vida de escritor
em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Não só a vida de um escritor, mas também de um músico, de
um artesão, de um pintor,... eu acho de difícil e rara sobrevivência, porque a
falha já começa nas escolas, onde essas atividades ficam em terceiro plano, não
tendo maiores incentivos por parte das autoridades e que depois, apesar de ser
um diferencial de conhecimento e de prazer, passa a não ter valor e até mesmo
desprezado pela sociedade.
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Fiquei sabendo e cheguei até a Scortecci, através da
internet!
O
seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus
leitores?
Sim! Porque trás vários aspectos da cultura caiçara,
cultura essa em extinção; trás, em alguns dos textos, uma conscientização
ecológica de preservação dos rios, das árvores e de algumas espécies animais em
extinção; trás à memória, Mazzaropi, que em Ubatuba gravou parte de seu
penúltimo filme "A Banda das Velhas Virgens"!
"Ler é ser passageiro de uma nave viajante, escrever é
ser a nave. Mais que o prazer de Ler é o prazer de escrever."
Obrigado
pela sua participação.
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