16 dezembro, 2015

Entrevista com Adelmo da Silva (colaborador) - Autor de: SIMPLESMENTE JOSEFA, UMA GUERREIRA


Adelmo da Silva é professor efetivo na rede estadual do estado de São Paulo. Graduado em Letras, com licenciatura e bacharelado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM/PR). Nasceu em Presidente Prudente (SP) em 27 de maio de 1960, mas cresceu e foi educado no norte do Paraná, região de Colorado, Uniflor e Nova Esperança, onde concluiu o ensino médio, antigo colegial. Aos 17 anos iniciou sua carreira de professor de ensino infantil na Prefeitura do município de Uniflor e mais tarde, nos anos 80, foi morar em Curitiba (PR) em busca de preparação para o vestibular e novas oportunidades de trabalho. De volta a Maringá, prestou vestibular na UEM, casou-se em 1991, trabalhou também em outras áreas da iniciativa privada, concluiu a faculdade e viveu até 2000, quando se divorciou. No ano seguinte, resolveu mudar-se para Sumaré (SP), onde já moravam alguns parentes. Foi quando ingressou na Rede Estadual de Ensino, primeiramente como temporário e, a partir de 2003, como efetivado por concurso público. Trabalhou também em redes particulares e cursinhos alternativos, na prefeitura de Campinas e de Sumaré, onde também atuou como Conselheiro Tutelar (cargo eletivo). Casou-se novamente em 2004 e hoje vive com a esposa Cristina e o filho Silvio, de 10 anos. Tem como filosofia de vida procurar seguir os princípios cristãos do amor ao próximo, da cidadania e da ética. Como estudioso constante, pesquisador de Linguística e Literatura, tem como frase preferida a seguinte: “A felicidade é encontrada nos momentos de descuido”, do grande Guimarães Rosa.


Marisa Bueno da Silva nasceu em Califórnia (PR), em 22 de novembro de 1961, filha de mineiros que foram para o Paraná ainda jovens e lá constituíram família. Nasceu e cresceu na roça, numa vida muito simples. Aos 12 anos mudou-se para a cidade, onde começou a estudar, tendo concluído a 8ª série em 1977. Em 29 de julho de 1978, casou-se com Alceu, ambos ainda muito jovens, ela com 16 anos e ele com 20. Em junho de 1979, mudou-se para o Parque das Nações, em Sumaré (SP), quando praticamente tudo era ainda mato. Terminou o ensino médio com dificuldade, já com os dois filhos, Fernando e Flávio. Desde fevereiro de 1989 trabalha em uma escola pública estadual, primeiro como Inspetora de Alunos e atualmente como Agente de Organização Escolar. Não possui curso superior. Escreveu este livro iluminada por Deus e por Josefa, que foi sua grande inspiração, e também com a orientação e colaboração de Adelmo da Silva. Agradece a Deus, pois esta obra foi uma experiência maravilhosa e gratificante. Gosta muito de leitura, poesias, músicas – enfim, tudo que envolve a escrita. Sempre acreditou na misericórdia de Deus e bem sabe que em todos os momentos Ele está presente e abençoando cada dia mais. Esta é uma das frases preferidas de Marisa: “Tudo posso Naquele que me fortalece”.

Nascida em uma família humilde, Josefa de Oliveira Pereira, simplesmente Josefa, cresceu e aprendeu a ler, o que na época era quase impossível para as mulheres, mas mesmo assim não desistiu de aprender. Mãe de dez filhos, casou-se ainda jovem e foi viver longe dos familiares. Atualmente, mesmo com a saúde precária, não se deixa abater, cuida de dois filhos especiais, ainda faz orações para as pessoas e sempre tem uma palavra amiga a todos.
É uma grande mãe, mas mãe de muita gente, não só de seus filhos biológicos, mas mãe de todos nós que a conhecemos, e sem dúvida é muito amada. Conheça a trajetória de vida maravilhosa dessa mulher especial. Com certeza você vai se emocionar com sua história, ao ver a fé que essa grande mulher tem e o amor que dedica a todos que a procuram. É uma pessoa abençoada, e muito, por Deus.
Olá Adelmo. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Trata-se da biografia autorizada de uma senhora que foi pioneira do bairro Parque das Nações em Sumaré-SP e que teve uma grande importância para a comunidade. A ideia surgiu em uma conversa que tive com Marisa Bueno sobre a bela história de vida desta mulher e assim me ofereci como co-autor e colaborador.
Conseguimos fazer a homenagem á ela, ainda em vida. Josefa, veio a falecer um mês após o lançamento do livro. O público alvo é o todo aquele leitor que aprecia este gênero: histórias e memórias. Lições de vida.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Sou formado em Letras, sou professor de língua portuguesa e atuo na rede estadual de educação do Estado de São Paulo.
Já publiquei artigos  em livros de autoria coletiva sobre educação ambiental " meio ambiente e a escola "vol. 7, ISBPN 978-85-7035-025-1- Embrapa Informação tecnológica/2012. Publiquei também contos, e teses em circuito universitário e anais de congressos de linguística e literatura. CELLIP. Este último em parceria com Marisa Bueno "Simplesmente Josefa" e estou fazendo revisão e consultoria para uma escritora de Cruzeiro do Sul-PR, que já fez assinou contrato com esta editora por minha indicação. Em breve estarei lançando um romance de minha autoria plena, em carreira solo. Já plantei muitas árvores, tenho filhos e sonho com muito mais de um livro.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
A valorização da leitura está relacionada com o apoio ao surgimento de novos escritores.
A minha experiência como professor de língua portuguesa me deixa otimista com o futuro da produção e consumo de livros no Brasil.
Crianças, jovens e adultos (EJA) leem muito mais do que diz as pesquisas. Há sim outras formas de leitura como os ebooks, os conteúdos de redes sociais, porém o livro no formato tradicional jamais vai acabar. É preciso investir mais em novos escritores, novas ideias e também nos leitores. Somos de uma região carente de recursos, mas com divulgação, esgotou-se 100 unidades em apenas uma tarde de autógrafos. E saímos com mais de 70 pedidos os quais já foram adquiridos numa segunda edição.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Através de pesquisa, na busca por uma editora de qualidade e que também pudesse fornecer um suporte na questão de editoração e dúvidas relacionadas com edição e outros aspectos burocráticos como direitos autorais, etc..
Também venho acompanhando a Bienal do livro de São Paulo e na de 2013, com alunos, lá também tive conhecimento desta editora, através de publicidade.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Sim. Merece e deve ser lido.
Porque é uma viagem na trajetória de vida de uma mulher batalhadora como tantas do país, mas recheado de muitas curiosidades de sua infância  no Ceará, depois no Mato Grosso, Jales, interior do estado até chegar aqui na região. Há muita religiosidade e depoimentos bem interessantes de pessoas que conviveram com a homenageada. Há histórias dela com Zilda Arns e a Pastoral da Criança na região. A mensagem ao leitor é de otimismo, de paz, de perseverança, de fé.
Da vida só levamos o bem que fazemos. O amor às pessoas deve ser nosso principal legado.


Obrigado pela sua participação.

5 comentários:

  1. Respostas
    1. Escrever é desvendar um mundo de possibilidades, é explorar emoções nunca antes vivenciadas.
      Escrever é mais que uma terapia, é um meio de imortalizar uma vida, deixar um legado.

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    2. É isso mesmo:
      Escrever é mais que uma terapia.

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  2. " Escrever é mesmo desvendar um mundo de possibilidades. É dar vida a seres fictícios com alma humana, é brincar de se Deus no sentido de criador e criatura"

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