Mestre em Engenharia Humana e professor no ensino superior, desenvolve atividades de consultoria na área da prevenção de riscos profissionais e coordenação de segurança, com vários estudos publicados em revistas especializadas. Dada a sua grande paixão pelas Letras e sentido humanista, prefere dedicar o seu tempo à leitura, à escrita e ao trabalho pela causa social. Grande parte da sua obra tem sido doada em benefício de projetos comunitários. Colaborador em vários jornais, tem também participado em palestras e tertúlias prosaicas e poéticas. São ainda muitas as suas participações em coletâneas e antologias, entre as quais: Asas Vivas; Mãos Dadas, volumes I, II, e III; Antologia Poética de Autores Vimaranenses; Poesis I, II, XI e XII; (De) Corrente, Poesia a Onze; Os 30 autores do CD “Assim se Diz”; coautor da Coletânea Poesia a Doze “Resist (ir) Assim”, da coletânea de contos Conta-me Estórias; Tempera (Mental), Poesia a Dezasseis e Verbum, conto & poesia. Participou também nas dez antologias poéticas Poetas de Sempre, publicações de 2000 até 2009. É autor de dez livros: No Conto do Meu Poema (1995); Mensagem no Tempo (1997); Nostalgia entre Angola e o “Puto” (2000); O Problema da Gente São as Pessoas, lançado em 4 de dezembro de 2004; Renascer, apresentado em 23 de abril de 2006, Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor; O Preço da Vitória (2010), romance de sucesso, em 2ª edição; Encontros de Vidas, romance apaixonante, lançado em 17 de março de 2012, na Capital Europeia da Cultura; O Enviado, editado em São Paulo, Brasil, em julho de 2013 e apresentado em Portugal, na Cidade Berço e Patrimônio da Humanidade, no Tribunal da Relação, em 2 de novembro do mesmo ano, porque o romance veio para salvar o reino e a vida; Caminhando com Ela, apresentado na 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, em 2014; e agora Na Guerra se Fez Amor, um romance dos amores na guerra colonial em Angola. Angelino Pereira é membro nº 905 da Associação Portuguesa de Escritores e beneficiário nº 16.251 da Sociedade Portuguesa de Autores. Tem merecido alguns prêmios e distinções desde março de 1985, quando recebeu menção honrosa da Câmara Municipal de Guimarães por um trabalho de pesquisa histórica sobre a nacionalidade portuguesa, com o título “24 de Junho, Dia 1 de Portugal”. Voltou a ser galardoado em 22 de junho de 1985 pela escola secundária Francisco de Holanda em parceria com a Câmara Municipal de Guimarães com o 1º prêmio em Poesia. Pertencem-lhe quatro primeiros prêmios, três segundos, três terceiros, dois quartos e um quinto, nas Competições Culturais do Clube de Pessoal da EDP, entre várias menções honrosas; 1º prêmio em poesia do Instituto Superior da Maia; 1º prêmio em quadras populares no 1º Encontro Nacional de Poetas, em Guimarães, em 2001, entre várias menções honrosas em anos seguintes, na modalidade de quadras populares, alusivas ao Gerês, entre outros... Sua atual paixão, porém, é o romance, para onde pretende transportar as emoções dos seus leitores.
Uma guerra, três gerações e a força do Amor - Diz a lei do Universo que tudo tem sua hora certa. Este décimo romance de Angelino Pereira chega para dizer que depois de 41 anos, e mais 13 anos de guerra colonial em Angola, fica a prova de que na guerra se fez amor. Os combatentes de ambos os países – Portugal e Angola – foram adversários na guerra, mas não são inimigos porque se bateram pela vida em defesa da Pátria que lhes ordenou o combate... E hoje muitos descendentes luso-angolanos são a prova de que apesar de tudo a guerra colonial em Angola não foi apenas para matar, mas também para amar. Um livro interessante para saber como vencer a guerra com amor...
Olá Angelino. É um
prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da
Scortecci do Portal do Escritor.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
Bem como escrito na contra capa do livro: «Uma guerra, três
gerações e a força do Amor». E porque diz a lei do Universo que tudo tem sua
hora certa. Este décimo romance chega para dizer que depois de 45 anos, com 13
anos de guerra colonial em Angola, fica a prova de que na guerra se fez amor.
Os combatentes de ambos os países – Portugal e Angola – foram adversários na
guerra, mas não são inimigos porque se bateram pela vida em defesa da Pátria
que lhes ordenou o combate... E hoje muitos descendentes luso-angolanos são a
prova de que apesar de tudo a guerra colonial em Angola não foi apenas para
matar, mas também para amar. Este livro tem história de um tempo e destina-se a
todos os leitores que se interessam por saber o que foi a Guerra colonial
portuguesa em África, particularmente em Angola, principalmente os que viveram
a guerra ou seus descendentes que querem saber como seus pais conseguiram
vencer ou sobreviver um período muito difícil de uma geração muito sacrificada.
Quando em 2000, escrevi «Nostalgia entre Angola e o Puto»,
uma narrativa da guerra colonial, logo me surgiu a ideia de escrever um
romance, mas para isso, precisava de voltar a Angola e fazer pesquisa para
criar uma história que pudesse apaixonar os leitores. A oportunidade chegou,
voltei a África e penso que consegui escrever um livro que vai apaixonar todos
os leitores e ficarem percebendo que «Na Guerra Se Fez Amor»
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Falar de mim, como autor, e/ou dos meus livros, é algo
muito difícil pelo número de personagens que tenho criado em meus romances,
porém, posso falar-vos do meu sentir o mundo e das razões porque escrevo.
A minha obra tem como objetivo combater a sociedade
materialista para onde nos empurraram, o caminhar apressado das pessoas, sem
tempo para pensarem. Todos caminham sem tempo para nada… A vontade de chegar,
sem saber onde, na ganância de tudo, atropela e esmaga a esperança de viver…
Este é o meu 10.º livro entre mais de quatro dezenas de participações em
antologias com outros autores…. O meu contributo para uma sociedade mais justa…
Desejava que todos lessem mais livros e outros começassem a
ler, para termos pessoas mais sensíveis e solidárias na partilha, que deve ser
uma constante para que possamos todos viver mais felizes. Mas parece que em
tempo de crise a cultura é um bem supérfluo, quando, na realidade, devia ser um
bem de primeira necessidade. Se plantar uma árvore, ter um filho e escrever um
livro fosse o suficiente para a minha realização pessoal, então, já tinha
conseguido tudo… Mas apesar de tanto escrito, minha obra contínua inacabada,
porque a injustiça permanece e, eu não posso ficar calado… Nem só de pão vive o
homem e para aqueles que devem receber um pão, é preferível dar-lhes metade e
outra parte de cultura, porque de certeza se continuarem no mesmo estado vai
permanecer a necessidade do pão de caridade, ou pior da piedade…
A minha preocupação são os grandes temas da vida: os
verdadeiros valores da humanidade num mundo em risco de se desumanizar. As
grandes interrogações da consciência e os objetivos de cada um que devem
merecer a atenção dos governantes para não perdermos o potencial humano. Todas
as organizações se fazem com as pessoas e todos os objetivos devem ter como fim
as pessoas. Desviar as novas capacidades para fins não humanitários é muito
perigoso, porque pode gerar descontentamentos incontroláveis. Não devemos
menosprezar ninguém, porque ninguém é dono do mundo nem da vida. Graças a Deus.
Por isso vou continuar a escrever na esperança de muitas
pessoas me lerem para a construção de uma nova ordem social.
O que você acha da vida de escritor
em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
O escritor no Brasil sofre dos mesmos males que o escritor
em Portugal. A Literatura não é considerada um bem essencial… As novas
tecnologias da comunicação e a grande quantidade de informação através de meios
audiovisuais que diariamente «bombardeiam» a sociedade colocam a maioria de
pessoas num estado sobrecarregado, mas de fácil acesso, que não exige esforço
intelectual… Por outro lado, o livro exige tempo – predisposição - para o
grande encontro com os seus personagens, porque é preciso um compromisso e
cumplicidade para poder saborear o prazer da partilha dos lugares e das
palavras com o autor… Depois, as mídias tomam a liberdade de classificar os
grandes e «menores» autores e geram logo à partida descriminação que nada tem a
ver com a qualidade da escrita, mas antes impede que novos autores, ou menos
conhecidos do grande público, possam algum vez chegar mais longe. E se é
verdade que os livros podem mudar a vida das pessoas… algumas mensagens não
chegam a produzir efeito porque são impedidas de atingir o seu público-alvo… e,
portanto não chegam a melhorar o mundo, conforme vontade do seu autor.
Robert Kennedy disse um dia: “Há homens que vêm as coisas
como são e perguntam: Por quê? Eu sonho coisas que nunca existiram e digo:
Porque não?” O objetivo da minha obra é tornar o mundo mais humano já que temos
perdido essa humanidade em favor do material que nos conduz a nada e decerto
resulta no vazio de nós mesmos. Temos desvalorizado o belo do mundo e a
Literatura tem o belo que precisamos para sermos felizes.
A meu ver os governantes não dão atenção ao belo por isso
os livros têm sido desvalorizados em favor de outros interesses que nada
contribuem para a cultura do povo e dessa forma o escritor continua remando
sozinho, mas sempre à espera que tudo melhor… até a cultura dos políticos que
ignoram a arte de escrever.
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Pelas razões já apontadas, as que dificultam a divulgação
da obra, tenho procurado outras formas para dar o conhecer o meu trabalho… Por
isso tenho feito o que é possível para chegar mais longe… Nas visitas que faço
ao Brasil encontrei amigos que me indicaram a Scortecci… E porque colaboro em
vários jornais, regionais e portais na internet e tenho um público muito
especial no Brasil, como resultado de alguns encontros com amigos brasileiros,
quer da minha presença e confraternização em São Paulo e Estado de Santa
Catarina, bem como encontros de vidas, durante viagens à Europa e ainda as
amizades que se têm gerado através da rede social, particularmente no Facebook.
O número de amigos que hoje tenho no Brasil levou-me a publicar mais uma vez em
São Paulo. Por isso contatei a SCORTECCI onde as relações comerciais e de
amizade se têm reforçado desde a primeira publicação «O Enviado», passado por
«Caminhando com ela» e hoje com meu 10.º livro e terceiro editado em São Paulo,
o presente «Na Guerra Se Fez Amor».
O
seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus
leitores?
Meu livro merece ser lido, como todos os livros que
escrevo. Eu sou fruto dos livros que li e cresço nos livros que vou lendo… Os
livros podem mudar a vida das pessoas e eu quero mudar, para melhor, a vida dos
meus leitores.
Muitos esperam
encontrar nos livros caminhos, experiências, ensinamentos... Enfim, algo que
lhes possa mudar a vida, bem como sempre procuro em todos os livros que leio.
Eu acho que o livro pode apontar outra forma de ver a vida e a esperança que
são necessárias para continuar o caminho... Devemos ver a vida sem medo. Acho
até que o medo é um empecilho do desenvolvimento e da felicidade. Os meus
livros mostram crises, econômica e de valores, mas a segunda é a que mais me
incomoda... Mas enquanto não conseguirmos resolver a crise de valores, jamais conseguiremos
resolver a crise econômica. O mundo foi enganado! Os homens prometeram um céu
que eles imaginaram, cheio de tudo e enganaram-se. Puserem as pessoas à procura
entre bens materiais mais sofisticados e anda tudo perdido, procuram e não se
encontram, porque o céu, que os homens prometem, não existe. O céu da
felicidade está dentro de cada um de nós e não vale a pena procurar se o
próprio não se encontra. Por isso a mensagem especial dos meus livros é a
esperança de um mundo melhor. Uma nova ordem social com justiça, solidariedade
e muito amor… O homem nasceu para amar e não para matar… Por isso eu quero
inverter o sentido da desumanização, que está escravizando e que os homens
deixem de amar as coisas e utilizar as pessoas e passem definitivamente a amar
as pessoas mesmo antes de utilizar as coisas.
Quando escrevo dou a alma para alimentar a vida do leitor,
porque também outros autores alimentam a minha. E se cada um dá do que tem, eu,
quanto mais tiver, mais darei, daí a minha procura permanente do saber para
alimentar emoções e produzir ensinamento.
Não temos que copiar ninguém, mas sempre iguais a nós
próprios. Sabemos que temos que viver com as diferenças que geram problemas,
que temos que resolver. É por isso que estamos aqui... Cada um com seu lugar no
mundo, pelo seu próprio direito de estar.
Todos iguais nos direitos, mas diferentes na personalidade
que caracteriza o indivíduo e o torna igual a si próprio, sem ter que ser igual
a ninguém.
Amor: O único caminho para a felicidade.
Obrigado
pela sua participação.
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