Nasceu na cidade de São Paulo, em 1953. Passou a melhor infância no Alto do Ipiranga, entre amigos inesquecíveis. Desde muito cedo percebeu que a leitura seria sempre um prazer. Descobriu que através dela poderia melhorar não só a própria vida, mas também a de sua irmã, para a qual lia compulsivamente as histórias fantásticas de uma coleção de livros infantis.
No auge da juventude sentiu necessidade de escrever, e o fez também compulsivamente. Nos anos de chumbo da ditadura era constantemente convocado por amigos para escrever manifestos e ser o orador da turma. A poesia chegou mais forte quando aos dezesseis anos foi ser assistente de redação do jornal A Gazeta da Lapa, onde pôde conviver com o poeta Rubens Jardim, um dos participantes mais importantes do movimento chamado “Catequese Poética”. Entendeu melhor a importância da poesia, da palavra escrita.
Como profissional, dedicou-se ao treinamento para empresas e pessoas, criando um estilo todo seu. Foi convidado para ser palestrante em diversas situações. Chegou a jogar fora mais de seis mil poemas e contos, simplesmente por mudar de fases na vida. Sua poesia nos leva a momentos de reflexão, de paz e entendimento. Valoriza o feminino, a amizade, e nos leva a refletir sobre a evolução espiritual, sem nenhuma religiosidade, sem imposições.
Orelhas são importantes, necessárias. Os livros têm as suas e servem para abrir e fechar o lugar onde estão as palavras e as ideias. Sempre gostei delas, das ideias, palavras e orelhas. Felizmente, sobre as ore-lhas, temos duas (na cabeça e nos livros), para ouvir mais, como diz o ditado popular. É uma honra abrir as portas desta obra, do companheiro e amigo Airton Baptista. Num dos versos que vocês, leitor e leitora, encontrarão aqui, há um recado (ou um desejo, ou ambos): “Não quero mais ser a personagem, quero ser o autor”. Airton conseguiu ser os dois, personagem e autor. Quem o conhece bem, sabe que fala de si em situação de personagem. Um espelha o outro. É mérito e soma.
A condição humana nos traz desejos e sonhos. A publicação de um livro é um deles. Num rompante, seria como perpetuar, tornar crível, partilhar e expandir a própria fala. Nosso Brasil revela autores de muitos matizes, são insistentes por natureza. E Airton é um persistente. Vive o lema que traduz a face dos autores bravos: insistir, persistir e nunca desistir.
Rogério Chaves
Sobre a obra propriamente dita, na construção que chega às suas mãos, os versos do poeta Baptista revelam muitos mundos, planos, tempos passados e presentes, contradições, contraposições, deuses, mitos, anjos, homenagens a pessoas queridas e cenas cheias de vida. E é isso que mais interessa, vida e contentamento. Se eles, autor e personagem, felizes estiverem, nós também felizes ficaremos.
Rogério Chaves
Olá Airton. É um prazer contar com a sua
participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do
Escritor.
Do que trata o seu
Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua
obra?
Meu livro é de poemas, com ênfase na filosofia de vida.
Sempre tive a ideia de poder publicar um livro. Meu público é irrestrito, posso
ser lido por qualquer pessoa, de qualquer idade, de qualquer classe social. A
poesia é sentida e sentir independe de quem seja.
Fale de você e de seus
projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho
realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Sou um "Coaching", faço palestras, atuo na área
comercial. Meu projeto é o de editar um livro por ano. Sinto que preciso ser
mais participativo nos meios literários, embora seja avesso ou tímido. Tenho
uma Fan Page na qual procuro escrever um poema por dia, como compromisso comigo
e com meus seguidores. Esse retorno que eles me propiciam me anima, motiva e me
faz querer ser melhor a cada minuto. Tenho percebido que a simplicidade bem
organizada atrai de verdade os leitores. A poesia rebuscada, cheia de métricas
me parece arrogante, nem todas claro, assim como a mesmice, desviam o leitor do
encanto de ler um poema.
O que você acha da
vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco
valorizada?
Discordo veementemente dessa posição. O Brasil adora ler. O
que o Brasil não gosta é do preço de um livro. Lê-se muito no Brasil sim, mas
por uma característica toda nossa, emprestamos nossos livros e eles andam em
várias mãos. O Brasil tem quase o dobro de títulos que a Itália que é um País
secular. O Brasil quer ler, o empresário do setor revestiu o livro como se
fosse algo para privilegiados, deu no que deu. O privilegiado raramente lê.
Como você ficou
sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Foi através de minha irmã, Vera Lucia, que se empenhou na
publicação de um livro para mim. Ela recebeu boas referências da Scortecci e
assim chegamos. E realmente não nos enganamos, o livro ficou graficamente
lindo, bem acabado. Chama atenção pela capa, enfim, foi muito bom.
O seu livro merece ser lido? Por
quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Claro que merece ser lido, para isso são os livros, certo?
Mas principalmente ele deveria ser lido pela alma que ele carrega. Recebi
ótimas críticas de quem adquiriu o livro, e também de craques como o poeta
Rubens Jardim que diz que quem procura por um "Dèjá vu" não
encontrará em meu livro, como o Prof. Alberico Rodrigues que disse que meus
poemas são quase mediúnicos e alguns leitores que o elogiaram e o recomendaram
a tantos outros. Sou modestamente feliz por isso. Gostaria que meus leitores
tenham uma boa leitura e que divulguem a poesia de um modo geral. A poesia
acalma e alerta, fala e escuta, algumas parecem que foram escritas por quem as
lê. Temos poesia o tempo todo à nossa volta, basta canaliza-la para a alma e
viver melhor.
Obrigado pela sua participação.
Bacana, Airtão! Abraço fraterno!
ResponderExcluirGrato Rogério...
ResponderExcluirMuito boas, resenha e entrevista.Parabéns, Airton. Baita abraço, sempre fraterno.Rubens Jardim
ResponderExcluirObrigado Mestre...
ExcluirMuito bacana esta entrevista, para podermos conhecer um pouco mais do poeta e do homem Airton Batista. Fico feliz em ter sua amizade, ainda que virtual, mas que, em breve, pretendo seja pessoal.
ResponderExcluirParabéns, Airton... Parabéns Portal do Escritor
Muita paz!
Grato Sonia... sempre gentil e generosa.
ResponderExcluirEste livro é uma reunião de momentos de inspiração, amor, dor, perdas, encontros, recordações, homenagens, devaneios, sonhos e emoções tão diversas.
ResponderExcluirAo abrirmos essas portas nos surpreendemos encontrando "lugares" que são conhecidos de todos nós.
Boa Leitura a todos.