Nasceu em 1976 na cidade de Nazaré da Mata/PE, vivendo até os 17 anos de idade em Tracunhaém, cidade do mesmo Estado. É o sétimo de onze filhos de João Francisco da Silva (in memoria) e Maria do Carmo Bezerra da Silva. É casado com Ana Paula Alves Lima Silva e tem dois preciosos filhos: Lukacs Alves Silva (5 anos) e Erich Alves Silva (2 anos). Em 1995 chega no Estado de São Paulo e reside atualmente em São Bernardo do Campo. É Psicanalista, Formado em Filosofia e pós-graduado em Gestão de Segurança Publica. Já publicou três livros: O Segredo de Amar; Demo e Crácia, democracia um presente de grego; Segurança Publica como projeto sócio educacional, a vocação preventiva e comunitária das guardas municipais. É Presidente (2013-2015) da Conferência Nacional das Guardas Municipais do Brasil – CONGM. Professor de Filosofia, e Supervisor da Guarda Civil Municipal de São Bernardo do Campo, onde foi Subcomandante (2010-2011).
O estado de insegurança coloca o Brasil entre as Nações com os maiores indicadores de violência, principalmente o homicídio. A temática da segurança pública está entre as principais demandas e reclamação da sociedade ao poder público. Partindo da compreensão que a criminalidade e a violência são fenômenos sociais de natureza complexa e multicausais, a proposta do livro passa pelo desvelamento das estruturas e culturas subjacentes das polícias brasileiras, destacando suas características, orientação e concepção que determinação entre outras coisas, a atuação das agências da segurança pública. Dentro do contexto da discussão sobre uma nova política de segurança, o esforço é de apresentar caminhos por onde deverá se construir um nono modelo de segurança para o Estado Brasileiro, enfatizando o caráter democrático para corresponder aos exigências da democracia, e cidadã para criar as condições de promoção para o exercício da cidadania, e por último, humana porque os objetivos e desafios do novo milênio passa pela construção de uma segurança humana. Por fim, apresentar proposta para enfrentar e superar esses desafios é um entre os objetivos do autor. Cabe um destaque especial para o capítulo que discorre sobre a vida do policial, suas aflições, crises, dilemas, e as peculiaridades da profissão. Em diversos aspectos o livro nos apresenta elementos bastante originais que serão importantes contribuições nesse nobre projeto de construir uma nova segurança para o Brasil.
Olá Oséias. É um
prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da
Scortecci do Portal do Escritor.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
O livro tem como objeto principal a segurança pública e
parte do pressuposto que essa área do Estado é fundamental para a manutenção e
consolidação da democracia. E nesse sentido, a narrativa se propõe a analisar e
desvelar as principais características do atual paradigma da segurança pública
e suas conexões com a história do País, e a necessidade de reformatar esse
modelo para atender e corresponder ao momento histórico, social e
constitucional presente.
Basicamente a ideia do livro surge a partir da militância
nesse campo e também nos direitos humanos, mas, sobretudo, da experiência, seja
como Presidente de uma entidade representativa de classe e como trabalhador. O
que contribuiu de maneira muito significativa nesse processo foram os Fóruns,
seminários e congressos que participei em diversas cidades e estados. Esse
espaço de diálogo com os trabalhadores e militantes forneceram elementos
importantes para o debate.
O público é bastante heterogêneo porque se trata que uma
discussão de interesse social, acadêmico, dos trabalhadores e gestores
públicos. Pela natureza genérica todos esses atores são contemplados e objetivo
oferecer subsidio para a discussão e para as políticas públicas seja
intersetorial ou a de segurança pública propriamente dita.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Esse é o quarto livro publicado e pretendo continuar
contribuindo com o universo literário, porque escrever, refletir e meditar são
expressões da minha existência e maneira de imprimir um sentido na vida e na
história. Ao contrário de muitos escritores, não costumo escrever por
encomenda, sou afetado pelas coisas, situações, momentos, movimentos e a
própria dinâmica da vida e naturalmente surgem as ideias sempre para dialogar
com demandas reais e históricas. Ou seja, escrevo apenas quando estou imerso ou
abstraído pelo sentimento de empatia com a realidade, uma forma de inspiração.
O que você acha da vida de escritor
em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
É um desafio imenso. Escrever como vocação e também como
profissão são maneiras diferentes com resultados distintos que pode ser
frustrante e satisfatório. Nosso povo foi formatado para não pensar, apenas
para sobreviver, a parcela pensante da sociedade é muito pequena reclusa aos
muros das academias, e às vezes encontramos alguns que fogem dessa lógica e
isso me alegra e estimula. É algo muito parecido ao garimpeiro, muito trabalho,
mas quando encontra uma pedra precisa vem a recompensa.
Acredito que deveria haver maior incentivo principalmente
da parte dos Governos para despertar e alimentar o desejo da população pela
leitura. Democratização da cultura é um ideal a ser perseguido diariamente. Há
nesse país tantas "bolsas" como políticas públicas, e porque não
criar a bolsa livros onde o povo receberia algo como um cartão para comprar os
livros por preços que correspondessem a sua situação sócio-econômica. Entre
tantas ideias, talvez essa ajude a fomentar a leitura, a reflexão e crítica.
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Por meio de pesquisa pela internet. Estava procurando uma
editora que combinasse um preço acessível com uma boa qualidade. Estou
satisfeito tanto que esse já é o terceiro livro publicado pela editora.
O
seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus
leitores?
Merece porque o tema segurança pública é fundamental para a
democracia e principalmente para o exercício da cidadania.
O estado desenfreado da violência e criminalidade no País é
preocupante e só em 2012 foram 56 mil vítimas de homicídios.
A forma como o Estado age e reage diante desse cenário tem
se mostrado insuficiente ou equivocada, onde se busca apenas tratar os sintomas
e não as causas.
A segurança pública é a área do Estado Brasileiro que é
fundamental no processo de consolidação da democracia, e historicamente foi a
área responsável pelas maiores violações aos direitos humanos, portanto se
apropriar, estudar e acima de tudo criar mecanismo de controle social e
estabelece novos marcos para um orientação democrática, cidadã e humana é nosso
foco permanente.
Obrigado
pela sua participação.
Outras obras do autor
Sou admiradora do Oséias Francisco, sua pertinência em chamar atenção para a segurança pública é louvável, haja vista a tamanha importância que tem o tema e a falta de um olhar mais justo por parte das autoridades, pois a criminalidade não se combate apenas com a força policial, dessa forma temos um embate, no qual a linha de frente, no caso os policiais, também são vitimizados. Seria bom que os políticos conhecessem o livro do Oséias Francisco e com isso, ampliasse a visão sobre a segurança pública.
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