Nasceu em junho de 1950 e é natural de Sousa-PB. Filho de agricultores, morou no então distrito de Marizópolis e começou a trabalhar desde menino com seus pais. Entregava leite de manhã, estudava à tarde e depois passou a trabalhar à tarde e estudar à noite. Serviu ao Exercito e aos 22 anos foi para São Paulo. Filho de Espedito Pereira de Sousa e de Maria das Neves de Sousa, se casou com Raimunda Barbosa da Silva que recebeu seu sobre nome e com quem teve dois filhos. Pensava em ser psicanalista, cantor, ator ou escritor. Aos 63 escreveu o primeiro romance, Vidas e Passagens, no qual passou a adotar o pseudônimo ANTHONIO DIAS e realizou um grande sonho. Admirador do estilo das obras de Graciliano Ramos e de Guimarães Rosa, se inspira na cultura do povo sertanejo para criar suas histórias. Além do livro Vidas e Passagens escreveu Coroné Maria.
Aos 7 anos Elaus falava com um menino da sua idade que só ele via, aos 11 gabava-se por se sentir homem feito. Estudou na sombra do pé de juazeiro e foi salvo da fenda pela Mãe de Deus. Apaixonou-se aos 16 anos, foi à casa da luz vermelha e trilhou as vias do prazer com uma mulher de 30. Foi para o Sul, casou-se, foi roubado, agredido e humilhado no metrô. Surpreendido por sua mãe e um menino após uma pedrinha correr o telhado, soube que ela fizera a passagem. Voltou para o Nordeste, reencontrou o avô falecido há décadas e descobriu que seu primo era seu irmão. Quando pedalava bicicleta na estrada cercada de arame, um carcará o acompanhava pulando de uma estaca para a outra e de repente seu amigo menino que não envelhecia surgiu à sua frente. A surpreendentemente transformação da Águia do Sertão fez Elaus desvendar um dos maiores mistérios da sua vida e do seu amigo menino.
Olá Anthônio. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.
Olá Anthônio. É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
Trata-se da história de um jovem que como tantos outros
sertanejos deixa a sua terra natal, seus amigos e principalmente a sua família
a fim de passar um período no Sul e acaba ficando para morar. A ideia de
escrever um livro surgiu quando eu ainda era criança. Achava muito interessante
ouvir a leitura de um livro, imaginava como seria os personagens da sua
história e dizia pra mim mesmo: vou estudar e um dia escrever um livro. Como
Nordestino, inspiro-me na cultura do povo sertanejo para criar minhas histórias,
direcionada ao público jovem e adulto.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Enquanto escrevia esse meu primeiro livro, mesmo já tendo
iniciado com a escolha do titulo, percebi que estava inquieto pensando em
vários outros e diversas histórias reais do meu povo sertanejo que muito aguça
a minha imaginação para criar novas histórias. Como trabalhei na roça até meus
22 anos, naturalmente não sei precisar quantas arvores plantei. Por ser parte
de duas numerosas famílias, Pereira e Dias, ter filho era algo que era visto de
uma forma natural, inclusive precocemente a partir dos 15, 16 anos de idade.
Quanto a escrever um livro, para um menino pobre como eu que cheguei a estudar
a lição e fazer os deveres escolares na hora do almoço e na sombra de um pé de
Juá, escrever e criar histórias era o que eu mais sonhava acordado.
O que você acha da vida de escritor
em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Até o presente, se o escritor iniciante pensar em viver da
renda de suas obras, acho que não conseguirá. Também acho que essa falta
histórica de interesse pela leitura, notoriamente se deve a falta de interesse
político e a reformulação do processo educacional como um todo. À começar pelo
ensino fundamental, escolas boas e seguras, professores com bons salários,
material pedagógico da melhor qualidade e maior participação das famílias.
Como
você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Quando escrevia o Vidas e Passagens comecei a ver vários
sites de editoras que considero boas e famosas. Mas pelo que senti, o escritor
iniciante encontra algumas dificuldades e falta interesse por parte delas para
publicar o seu livro. Então fui à 23ª Bienal Internacional do Livro de São
Paulo em 2014 no Anhembi e fiquei interessado em publicar meu livro pela
Scortecci. Daí entrei no site da editora e tomei a decisão de confiar o meu
trabalho à ela.
O
seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus
leitores?
Sim, claro. Porque acho que é um bom trabalho. Acredito que
adquiri alguns fatores importantes para que ele possa ter uma boa qualidade
literária. Cresci vendo e ouvindo meu pai ler romances e cordéis para seus
irmãos e amigos camponeses que se divertiam com varias anedotas e histórias
inclusive de Trancoso. Aquelas maravilhas aguçaram a minha imaginação, o prazer
em me envolver com a magia das letras e a vontade de fazer com que pessoas que
gostem de ler apreciem minhas obras e possam viajar pelo fantástico mundo
imaginário que construímos e guardamos dentro de nós para que jamais se apaguem
da nossa memória. Cada criança na escola é uma semente que se bem instruída e
cuidada se tornará numa arvore saudável de muitos frutos. Sonhar é preciso.
Obrigado
pela sua participação.
Parabéns meu querido compadre! Sucesso
ResponderExcluirParabéns meu Pai...História mto bacana.. Que de certa forma fui conhecendo aos poucos antes de estar pronto o trabalho, muita dedicação, cada personagem cada vida criada, muito bom... Recomendadíssimo a todos..
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