Paranaense natural de Mariópolis, nascido em 1968. Professor da Rede Estadual de Ensino, formado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. É autor dos livros Perdi o Medo da Vida pela Editora Celeiro do livro e Obscenas pela Scortecci Editora.
São 26 contos que transitam entre o possível e o provável. Alguns deles parecem fábulas, outros buscam a reflexão em relação as nossas crenças e costumes e, por vezes, me aventuro nos textos futurísticos onde a imaginação é minha única referência.
os contos que apresento nesta obra são ficcionais, porém, nas minhas andanças pelo mundo e na flagrante falta de memória, não reconheço com exatidão onde acaba a realidade e começa a ficção.
Olá João Carlos. É
um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da
Scortecci do Portal do Escritor.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
São 26 contos que transitam entre o possível e o provável.
Alguns deles parecem fábulas, outros buscam a reflexão em relação as nossas
crenças e costumes e, por vezes, me aventuro nos textos futurísticos onde a
imaginação é minha única referência. Não acredito que o que escrevo tenha um
alvo específico... Apenas escrevo. Talvez devesse me dedicar a um gênero, como
tantos o fizeram, ou me permita experimentar os escritos como experimento a
própria vida.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Sou um Professor de Educação Física encantado pela literatura.
Na mesma medida em que leio outros autores, procuro também externar no papel o
meu olhar sobre o mundo. Escrevo em maior volume do que consigo editar: escrevi
meu primeiro livro (crônicas) há três anos, logo depois um de poesias e agora o
de contos "Até o Próximo Inverno". Estou em fase de correção de um
livro de poemas intitulado "Sangra o Poeta" e paralelamente um
romance que deve estar pronto até o final do ano. Quanto às árvores? Plantei
algumas, filhos tive três e os livros? Não sei quantos mais.
O que você acha da vida de escritor
em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Talvez eu me dedique à literatura muito mais pelo desejo de
escrever do que pela preocupação com os leitores, comercialmente isso é
horrível, pois parece ser uma falta de foco. Mesmo porque, se eu quisesse maior
visibilidade deveria mudar de gênero e começar a escrever livros religiosos ou
de autoajuda... Não faço!
Como você ficou
sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Pela internet, como tudo nos dias de hoje.
O
seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus
leitores?
Entendo que todo o livro mereça ser lido, ainda que, algum
deles, abandonemos pela metade. Seria tão triste para um artista ver o público
se retirando, mesmo antes dos primeiros acordes... Encerro com um poema que estará no meu
próximo livro:
Cachaça literária
Hoje não bebi...
tudo que escrevo fica uma merda.
Talvez devesse repensar minha escrita
ou embriagar os leitores.
Quem sabe escrever para os bêbados,
oferecer meus livros na porta dos bares.
Criar um kit ébrio:
vendê-los acoplados a uma garrafa de 21 talvez bebessem a
cachaça e declamassem aos gritos minha poesia...
ou ainda, vomitassem a bebida vagabunda sobre meus textos e
na truculência da noite
rasgassem as páginas...
seriam perfeitas
na confecção de um
cigarro caiçara.
Eu estaria enfim eternizado
nos dentes e pulmões dos leitores.
E para minha mente libertária
seria curioso, ver os meus versos
pairando como nuvens na penumbra de um botequim.
Marcon.
Obrigado
pela sua participação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário