Nascida no Rio de Janeiro (RJ) em 18 de maio de 1961, é casada com Rosemberg Pereira Dias.É membro da Assembléia de Deus do Ministério de Madureira. Fez o Curso Regular de Teologia.
É dona de casa, aluna de curso de inglês, pedagoga formada pela Universidade Federal Fluminense,com especialização em Orientação Educacional. Pós graduada em Metodologia do Ensino Superior e Estudos Adicionais em Alfabetização e Classes Especiais (IERJ), com atuação em colégios da rede pública e privada.
Pós-Graduada em Ciências Navais, pela Escola de Guerra Naval,é Capitão-de Fragata (RRm) da Marinha do Brasil, tendo trabalhado no Centro de Instrução Almirante Alexandrino (RJ), no Gabinete do Comandante da Marinha (Brasília), na Representação Permanente do Brasil junto à Organização Marítima Internacional (Londres) e na Diretoria de Ensino da Marinha (RJ).
Cassia gosta de registra o cotidiano simples de uma mulher de 50 e tantos anos, casada, dona de casa, com pais idosos, profissional e estudante.
Cotidiano com conflitos pessoais, dúvidas, inseguranças, conquistas profissionais, relações familiares, a saúde para cuidar, os fios brancos para serem retocados, recordações da infância, aquela compra que deixei de fazer, a louça na pia, os afazeres domésticos, o cansaço, os projetos pessoais, o casamento aos 44 anos, a ausência de filhos, as aprendizagens no casamento, as derrotas momentâneas, e as vitórias em Cristo Jesus, por exemplo. Cotidiano, às vezes, tomado por irritabilidade, impaciência e até uma pitadinha de mau humor... Mas tudo vencido quando enfrentados com fé, esperança, ternura, sensibilidade e, principalmente, à luz da Palavra de Deus.
Cotidiano cheio de aprendizado diante de circunstâncias e desafios inesperados... Como qualquer outra mulher enfrenta no seu dia a dia. A autora espera que seus relatos de fundo autobiográfico, sejam sementes que possam um dia germinar, florescer e frutificar... Que seja até possível reconhecer a forma linda e cuidadosa, como Deus, que nos amou de tal maneira, nos convida para o descanso, a esperança e a confiança Nele. Simples assim... Afinal somos “menina dos olhos de Deus”!
Olá Cassia. É um
prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da
Scortecci do Portal do Escritor.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
Relata o cotidiano de uma mulher na faixa etária dos 50 e
tantos anos. Uma mulher observadora, que se casou aos 44 anos, sem filhos,
militar, dona de casa. Descrevo como enfrento meus dilemas, inseguranças, os
meus cabelos brancos, a louça na pia, os afazeres domésticos, a unha por fazer,
o cansaço, o mau humor, meus conflitos pessoais e sociais. Para cada relato, de
fundo autobiográfico, compartilho com o leitor como tenho tentado conviver,
reagir e aprender com as diferentes situações. A ideia de escrever o livro,
surgiu à pouco mais de dois anos. Foi quando comecei a publicar minha rotina e
conflitos, na minha página do Facebook. Para minha surpresa, vários colegas
começaram a comentar que passavam situações semelhantes, parecia que mudava
apenas o endereço e a reações. Assim nasceu a ideia. Reuni todos os textos em
um livro, o "Simples assim...". Quanto ao público, percebo que houve
uma boa receptividade por parte de homens e mulheres... Mas sem dúvida, as
mulheres, independente da faixa etária e do estado civil, são as que mais têm
compartilhado seu dia a dia e parecem encontrar ressonância em várias situações
descritas.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Minha rotina é simples. Sou dona de casa, casada há 10 anos,
estudo inglês, ministro palestras, aulas, pratico o pilates e a hidroginástica,
faço comida, apoio os meus pais, estudo e gosto de fotografar. Escrever um livro é prazer, eu diria... A
vida não para, a rotina, as ideias, os afazeres, a vontade de conversar,
dialogar e dividir a vida com o leitor faz bem para qualquer escritor. O
"Simples assim..." está na segunda edição, ele está entrando no mundo
das letras! Estou trabalhando, reunindo e lapidando os textos do segundo livro,
a impressão que tenho, é que você vai ficando mais confiante e abrindo mais o
coração com os seus leitores. É assim que sinto a construção, o bordado do
segundo livro.
O que você acha da vida de escritor
em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
A leitura é parte integrante, eu diria que é um dos
protagonistas do processo de educação, de formação integral. Sim, educação
familiar e acadêmica. O prazer pela leitura precisa ser estimulado, cultivado,
desencadeado desde a infância. Percebo que, professores leitores, contagiam,
mediam, compartilham esse prazer com seus alunos. Especialmente os professores
do Ensino Fundamental. Esse é o melhor momento para plantar essa semente que
germinará por toda vida. Filhos de pais
leitores têm a maior probabilidade de serem leitores. Essa deveria ser
considerada uma herança preciosa, um grande investimento nos filhos. Quanto ao
fato do Brasil ter poucos leitores, eu atribuo ao que mencionei anteriormente,
o ensino formal e a própria família, não investem em literatura. Mas já é
notado, nos últimos anos, uma lenta e progressiva valorização da leitura. Com o
advento das feiras, bienais, bibliotecas públicas, bibliotecas volantes,
livrarias que são verdadeiros shoppings literários, com o café convidativo e
até mesmo, livros e periódicos confeccionados com matéria prima, que embora
mantenham a qualidade, permitem uma pequena redução no preço final ao
consumidor. Há ainda os sebos, espaços maravilhosos para passeios literários e
com preços convidativos. Não tem como desconsiderar que para um trabalhador
assalariado, na sua escala de prioridade, no emprego de sua renda, o livro
provavelmente não terá vez... Ele banca alimento, educação, farmácia,
transporte, aluguel e o mínimo de lazer, tão necessário. Às vezes ainda tem o
fumo, a bebidinha do final de semana, as prestações que alimentam o consumismo
descontrolado, o tênis de marca, o celular "faz tudo", etc. Não sobra
para livro. A educação tem o poder de fazer com que a gente repense essa escala
de prioridade e descubra novos prazeres, novos objetos de consumo, como um bom
livro por exemplo. Quanto à vida de escritor no Brasil, penso nele como um
agricultor, um lavrador de letras, de ideias. Ele vai preparando a terra,
adubando, jogando as sementes ao longo dos terrenos e até de encostas... Faz
isso na esperança de que elas vão germinar, apesar da estiagem, apesar das
pragas, das ervas daninhas, do excesso de chuva e por aí vai. Ele não desiste
de plantar. Ele continua acreditando naquelas sementes, praticamente invisíveis
quando caem na terra. Mas elas estão lá. A meu ver, esses são os escritores com
suas ideias. Eles continuam acreditando nas suas sementes, nas suas letras, nos
livros.
Como você ficou
sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Conheci a Scortecci Editora por intermédio do meu irmão,
Marcos Sant' Anna. Um amigo dele editou um livro e a notícia correu... Notícia
da seriedade do respeito pelo novo escritor.
O
seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus
leitores?
Todo o livro nasce da emoção, da sensibilidade, das ideias,
de alguma pessoa... O meu não é diferente. O “Simples assim...” merece ser
lido, porque saiu da cabeça de uma mulher simples, igual a tantas outras, de 53
anos, que, com ternura, transparência, simplicidade, esperança e lucidez,
descreve a sua rotina de casada, dona de casa, profissional, discípula de
Jesus. É um livro de fundo autobiográfico com a minha trajetória. Compartilho
os meus conflitos, meus relacionamentos interpessoais, limitações e fraquezas
ao enfrentar a vida, à vida a dois, o corpo, a saúde, a menopausa, o apoio aos
pais idosos, o ciúme, o pedófilo, a infância, os medos, as indignações, a
impaciência, as viagens, os projetos, o mau humor, as conquistas, as alegrias, as
derrotas momentâneas, e, é claro, as minhas conversas particulares com Deus
também. Mensagem especial para os meus leitores? Eu não tenho a pretensão de
dar receitas do bem viver. Mas espero que essa coletânea de textos curtos sejam
sementes que possam um dia germinar, florescer e frutificar... O fruto? Reconhecer
e aceitar a forma linda como Deus, que nos amou de tal maneira, nos convida
para o descanso e confiança Nele. Tenho aprendido a confiar naquela promessa
"(...) estou convosco todos os dias (...)"(Mt. 28:20).
Simples, não?!
Obrigado
pela sua participação.
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