É paulistana nascida em meados do século XX.
Escreve historinhas desde os sete anos de idade, quando foi alfabetizada pela professora Geny Hernandes Gebara.
Possui em seu currículo os títulos de “Banana Pintadinha” e “Enciclopédia Ambulante”, obtidos respectivamente na infância e na adolescência devido aos hábitos de brincar ao ar livre sem protetor solar e de ler tudo o que estivesse ao alcance das mãos.
Aos vinte e três anos abandonou uma promissora carreira de secretária júnior e foi estudar Física, tendo feito bacharelado, licenciatura e mestrado em Física Nuclear.
Com quarenta e um anos, constatando que o Prêmio Nobel ia demorar demais, resolveu ser professora. Desde então tem trabalhado em instituições de ensino superior, profissionalizante e médio.
Planeja tirar da gaveta (e do pendrive) uma parte dos seus escritos e acabar de cumprir o prognóstico firmado aos dezesseis anos na seção de “amigos por correspondência” da revista juvenil americana “Teen Life”: “she plans on becoming a nuclear physicist and author”.
Outras informações: http://lattes.cnpq.br/0645411842324396
É um volume de crônicas retratando a vida de crianças que moravam na Rua Beto e seus arredores entre as décadas de 1950 e 1970. São histórias verdadeiras em todos os pormenores, mesmo quando parecem estranhas ou improváveis ou absurdas. Grande número de situações não poderia acontecer atualmente porque os tempos realmente são outros, nisso residindo parte do caráter pitoresco. Essa rua atualmente chama-se Antônio Reis e fica na Vila Diva, zona leste da cidade de São Paulo.
O material do livro foi organizado cronologicamente. Quem ler essas histórias há de notar que as crianças daquela época − e daquela classe social − não recebiam ao nascer um universo pronto, com regras e compromissos estabelecidos a priori, e por isso precisavam inventar a sua própria realidade. Resultava daí uma grande interação com o meio ambiente, onde os brinquedos eram muitas vezes idealizados e construídos por nós mesmos, e onde os cenários naturais − a rua, o córrego, o quintal do vizinho − eram usufruídos com muita intensidade.
Histórias de um tempo em que as crianças brincavam na rua: esta frase resume o espírito do livro. Utilizando uma linguagem leve, fácil de acompanhar, com muitos toques de humor e de reflexão, este livro tem o propósito de resgatar e homenagear momentos de um passado que permanece vivo nos corações de quem esteve lá e se considera muito feliz por isso.
Olá Zulmira. É um
prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da
Scortecci do Portal do Escritor.
Do
que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que
se destina sua obra?
Este meu primeiro livro contém crônicas sobre a vida de
crianças em um bairro da periferia de São Paulo no período entre 1955 e 1975.
São histórias verdadeiras cujos protagonistas são os nossos coleguinhas de
brincadeiras, o meu irmão, e às vezes eu mesma. A ideia de escrevê-lo veio em
1997 tendo na sua origem uma situação difícil: a convalescença do meu irmão
após uma grave cirurgia. Fazê-lo pensar em acontecimentos divertidos da nossa
infância era uma forma de ajudar na sua recuperação. Demos muitas risadas
recordando tanta coisa bizarra e maluca. Ele ia contando e eu escrevendo, e
assim foi composta uma versão preliminar. Os anos se passaram e, embora eu
revisitasse frequentemente o texto fazendo intermináveis aperfeiçoamentos,
outras prioridades exigiram atenção. Por isso só recentemente pude dedicar um
tempo ao propósito de editá-lo. O público-alvo é o juvenil, mas acredito que
pessoas de todas as idades poderão se divertir com a leitura.
Fale de você e de seus projetos no
mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de
plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Espero que seja o primeiro livro - não necessariamente de
muitos - mas de vários. A autocrítica recomenda ler mais e fazer cursos para
aperfeiçoar a escrita, já que não tenho formação em Letras (minha área é a
Física). Enquanto isso, eu continuo a escrever e colecionar contos a fim de
compor um próximo volume, desta vez de ficção. Uma parte desse material tenho
colocado no blog "Inquieto Vagalume" a fim de testar a sua aceitação
pelos leitores. Escrever para crianças é outro sonho que pretendo realizar.
O que você acha da vida de escritor
em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
É fato conhecido que são raros os escritores capazes de se
manter exclusivamente da venda dos seus livros. Então a vida da maioria é
dividida entre o emprego regular (aquele de onde provém o salário mensal) e as
escassas horas disponíveis para o exercício da sua arte. Inteligente foi Lygia
Fagundes Telles, ao planejar ter uma profissão que lhe permitisse horas livres
para o “ofício da escrita”.
Mas as coisas tendem a melhorar. Existem movimentos nas
periferias dedicados à promoção dos escritores locais. Ninguém precisa escrever
como Machado de Assis nem ser autor de “best-sellers”: basta saber falar da sua
realidade e ser entendido pelos seus próximos para fazer literatura. Talvez uma
literatura mais importante - nessas circunstâncias - do que a clássica, já que
consegue falar ao coração de quem lê. E há muita gente fazendo isso.
Como você ficou
sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Quando decidi publicar o livro fiz uma pesquisa sobre as
editoras que ofereciam o serviço, e dentre elas escolhi a Scortecci pela sua
longevidade (ninguém se mantém tanto tempo no ramo se não tiver competência) e
pela qualidade do seu produto. Foi uma escolha acertada porque, além dos
aspectos mencionados, descobri que a atenção dedicada aos autores é especial.
O
seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus
leitores?
O meu livro merece ser lido porque encerra uma visão
otimista da vida sem deixar de lado os seus aspectos sérios. Além disso, é uma
“viagem no tempo” para aqueles que já nasceram nesta era tecnológica e nem
imaginam uma realidade sem telefone e computador. Alguns relatos sobre
incidentes ligados à ditadura militar podem também ser informativos. E, sobre
tudo isso, muita luz do sol, muito açúcar, muita risada, muita alegria de viver
:).
Obrigado
pela sua participação.
Parabéns Zulmira. Sucessoooo!!
ResponderExcluirObrigada, Elianete! Sucesso para você também, sempre! :)
ExcluirZulmira, jamais me esqueço de você,da Cris Cam,do Amâncio,do Nélson,da Melaine...... houve muitas modificações nesta minha vida,inclusive, de nome..... Sou espiritualista holística,e gostaria muito de que você houvesse por bem acessar,aqui na web,pelo google, um trabalho meu, intitulado Hiperespaço,Kosmosofia,Kosmoconsciência, coordenadas do sólido holométrico Vida Eternamente Viva. Outrossim,pelo googel,acesse vídeos you tube ergosons,apresentando um pouco de minha música. Sou autora de livros,teses,monografias,na área ufo-exobiológica e de autoajuda,dentro de uma estilística de abordagem espiritualista holística,sempre,bem como leciono português,hebraico e trabalho,outrossim, com orientações numerológicas. Contato, favor escrever para syntureytt@hotmail.com. Saudações kosmocordiais, inesquecível Zulmira,e parabéns sinceros por todas as suas preciosas realizações intelectuais!!!
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